sábado, 26 de setembro de 2015

A OUTRA CAMPANHA ELEITORAL


Andam por aí os partidos todos em campanha.
Uns apresentam os seus programas, outros tentam não os discutir e outros discutem tudo e ao mesmo tempo nada, para não falarem do que pretendem fazer.
Há ainda outros que não apresentando nada, tentam esconder tudo, até o passado àqueles mais esquecidos.
Resultado de imagem para SONDAGENS eleitoralE por falar de esquecimento há por aí uns outros que não concorrendo a eleições, apostam na amnésia das pessoas e por aí fazem a sua campanha.
É a campanha das sondagens.
Há até um canal de TV, que todos os dias faz sondagens e apresenta resultados.
Esta sim, uma verdadeira campanha. Um embuste disfarçado em sondagens vis e ilusórias com que nos querem trapassar, fazendo passar os perdedores inicias para ganhadores finais ou ao contrário e com isso transformar as opiniões ou falta delas, num alzheimer colectivo, apagando como uma esponja tudo que para trás ficou, fazendo crer que a política começa só agora e tudo para trás não conta.
Jogando com tudo isto e contando com a artimanha das margens estatísticas enleiam os indecisos e mal informados, tornando-os esquecidos e medrosos de um mal maior.
Esses sim os eleitores mais importantes. Aqueles que só gostam de ganhar nem que seja no dia das eleições. Os que gostam de estar com os que ganham para se sentirem vencedores, mesmo que a seguir deitem tudo a perder.
É para este tipo de gente que funcionam as sondagens que com uma margem de erro de cerca de 3,5%, conseguem no início da pré-campanha começar com uns valores e aos poucos aumentando ou diminuindo as margens de erro de uns ou outros partidos, conseguem convencer ou demover, para não dizer constranger os eleitores a seguir um certo sentido para o qual não estavam inicialmente inclinados.
Ilusionismo estatístico, jogando apenas com margens de erros e manipulando opiniões.
Assim à medida que se fazem sondagens eleva-se aos poucos a fasquia do erro estatístico e convence-se mais uns quantos a direccionar o seu voto, e assim se constrói novo resultado, e de um vencedor se faz um perdedor ou ao contrário.
Esses donos das sondagens ligados a certos partidos, esses sim são eles os verdadeiros vencedores nas urnas.
 Eles têm todo o mérito da campanha eleitoral e valem bem mais que muitos debates, muitas entrevistas combinadas, muitos comentadores da mesma cor, muitos outdoors falaciosos, muitos jantares comícios, muitas arruadas com beijinhos abraços, muitas festas comício com cantores famosos, muitas caravanas com boys e viaturas alugadas, muitas canetas ou t-shirts que deixam de se dar por falta de verba e de apoio dos patos-bravos e outros oportunistas que tais, que agora em crise tornam os partidos pobres.
A verdadeira campanha é feita em sondagens que olhando bem, não são para todos os gostos, mas que nos trazem muitos desgostos por conseguinte.
Em muitos países elas são proibidas porque na verdade influenciam o voto e nos limitam numa verdadeira reflexão.
Aqui manipulam muitas pessoas, que não gostam de perder nem que seja a feijões, votando para se sentirem também eles vencedores, tornando tudo cada vez menos democrático.

Esta sim, a verdadeira essência das sondagens atualmente.