sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Roma a nova Detroit?

Matteo Renzi, o novo primeiro ministro italiano deixou cair o resgate projectado para a cidade de Roma no valor de  € 860 000 000.
Em Março não haverá dinheiro para pagar a 25 mil funcionários da capital italiana, nem para combustíveis dos transportes da cidade, bem como para manter as creches abertas, nem para recolha de lixo, entre outras, como a organização da canonização dos papas João Paulo II e João XXII, segundo Ignazio Marino que governa a cidade.
Este promete mesmo um braço de ferro com o governo se o impasse não for resolvido entretanto.
Renzi, apoiado por Berlusconi, contra  o ex-primeiro ministro Letta, prepara-se para reduzir a democracia, excluindo os pequenos partidos, deixando caminho aberto aos partidos do arco da governação para fazerem as reformas que entenderem.

A Itália está com uma divida do PIB de mais de 130%, sendo a segunda maior da Zona Euro, a seguir à Grécia, com Portugal na cola, apesar de ser a segunda maior economia.

Estou em crer que tudo se resolverá para já, pelo menos para a capital italiana, que não pode ficar sem solução. Quanto ao resto é deixar arrastar até um dia não poder mais.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

OS NOVOS PORCOS

Antigamente o banho era considerado prejudicial se em excesso. Por norma tomava-se banho nas festas e quando o rei fazia anos, mas não podia ser no Inverno.


Por alguma razão os casamentos eram em Maio e Junho, porque as mulheres nessa altura já tomavam banho e sempre cheiravam menos mal da dita “boca do corpo” e o bouquet de flores também dissimulava o cheiro.

Por distinção hierárquica quando se tomava banho começava-se pelo pai, que era o chefe de família, depois a mãe e os últimos eram as crianças que quando chegava a sua vez já água do banho parecia uma pocilga.

As pessoas viviam assim todas porcas a cheirar mal e os locais onde viviam eram uma nojeira.

Nas cortes os nobres disfarçavam o mau cheiro com os primeiros perfumes que foram criados para mascarar essencialmente o mau odor das ditas partes, na gíria chamado “o cheiro a bacalhau”.

As poucas roupas que usavam tinham que ser poupadas, daí que só as lavassem no tempo quente porque secavam mais depressa e além de mais poucos tinham dinheiro para o sabão.

Como os cuidados de higiene não existiam, as pessoas viviam impregnadas de pulgas, piolhos e percevejos, animais que se alimentavam do nosso sangue como carraças.

Os percevejos que emitiam um cheiro igual ao fedor das pessoas, viviam nas camas feitas de palha de trigo ou folhelho. Muitas delas além do cheirete dos corpos e das muitas coisas que lá se faziam, pois não havia televisão, algumas ainda emitiam aquela fetidez quando as crianças incontinentes caldeavam mais o cheiro.

As moscas e os ratos eram ainda mais atraídos. Os animais domésticos vivam por ali por casa a ajudar a imundice.

Por essa razão as pestes aconteciam.

As pessoas quando se amontoavam por exemplo nas igrejas era um suplício, tal era o mau cheiro quer da boca com dentes podres, quer das partes ou do suor do corpo.

Nos locais mais aristocráticos usava-se abanos ou leques para afastar os maus cheiros.

De manhã quando as pessoas se levantavam, lá se viam elas a correr de tamancos ou  de “pata-descalça” para os arrabaldes donde moravam a "despejar a tripa". Tudo ali à volta era uma nojeira, as pessoas quase não tinham já espaço para defecar e no verão eram cheiros insuportáveis, além do cuidado a ter para não pisar os ditos "poilos"

Os que faziam de noite, de manhã abriam a porta ou a janela e viravam o balde ou o penico para o olho da rua para entreter as moscas, que depois iriam pousar nas suas comidas, no corpo deles e dos animais, provocando inúmeras doenças e epidemias mortais.

A título de exemplo, o carbúnculo que os moscardos nos transmitiam dos solípedes mataram muitas pessoas.

As crianças que nasciam ainda sem defesas, a maioria acabavam por sucumbir a infeções nos primeiros anos de vida.

A peste negra que matou um terço das pessoas era transmitida por estes animais já falados.

A cólera era transmitida por água contaminada e por dejetos fecais.

As doenças curavam-se com mezinhas e chás caseiros.

A assim se vivia na profunda miséria e ignorância.

Se agora víssemos uma pessoa assim chamávamos-lhe porco.

Há poucos dias li que no Iraque, há um homem que não toma banho há 60 anos e que fuma excrementos secos de cavalo. Foi notícia pelo mundo inteiro.

E agora é notícia os sem-abrigo que vagueiam por essas ruas de Lisboa e outros lados, sem se lavarem, sempre com a mesma roupa e sujos, a obrigar as pessoas a fugir deles, quer por medo ou pudor.

E os novos sem-abrigo, olharão para eles como vadios, toxicodependentes, ou alcoólicos, e que estes me perdoem que também são gente como nós, quando muitos tiraram cursos superiores.

Pelo que foi agora notícia parece que assim é. Este governo conseguiu destruir lares e ilusões a muita boa gente e muitos deles a tirar cursos com empréstimos bancários. Para quê?

Para irem mendigar um banho frio às instituições sociais?

E se eles tiverem vergonha ou demasiado orgulho, vão ser os novos "porcos"?

E o preço a que está o gás, a água e a eletricidade, quem vai poder tomar banho se muitos já nem isso pagam?

Vão criar balneários públicos para essa gente, ou vão também eles ser os novos "porcos".

Vamos sentir muito cheirinho a fedor de muitos corpos lá para o verão dentro desses transportes públicos e locais onde se apinhe muita gente.

Uns, porque tem que se poupar nos gastos dos banhos, outros na lavagem de roupa, outros sem dinheiros para perfumes ou desodorizantes, o que é certo é que prevejo a nova vaga de "porcos".

Também eu vou ter que começar por tomar menos vezes banho e fazer como antigamente, senão algum dia ainda me dá algum ataque ao ver a fartura do gás e eletricidade. E ainda não privatizaram a água, porque aí sim vou mesmo cheirar a porco.

Regrediremos assim só porque o dinheiro já não chega para nada?

Vamos andar de garrafões ou cântaros de água e de velas ou candeias?

Faremos fogueiras para aquecer a água do banho e cozinhar?

Seremos mesmo nós os novos "porcos"?


quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

O velho o rapaz e os burros

O velho e o rapaz decidiram ir à feira, como de costume, a fim de se aviarem por uns dias até à próxima ida.
Entre a compra de umas peúgas para aquecer os pés, que o tempo não está de modos e de um bom sombreiro para se abrigar da água, enquanto anda por lá no campo com os animais, as compras estão mais ou menos feitas. Não fosse a tentação de se deslocar a uma daquelas carrinhas modernas de venda que se abre de lado e fica pronta para o negócio, que sempre é mais prática que andar a montar aquelas barracas, a estender toldes, espetar ferros no chão e esticar cordas.
Ficou-se indeciso entre uma boa entremeada bem rosadinha e umas boas costelas bem salgadas também.
Decidiu-se pela entremeada e juntou-lhe mais umas postas de bacalhau, a contar ainda com o que tinha lá na arca para mais uns dias.
-Quanto é? Perguntou o velho.
-25 euros. Respondeu o feirante!
-Mas com iba, se quiser sem iba facho-lhe mais barato.
-Oh diabo! Respondeu o velho.
-Antão facha lá o mais barato que eu não como do iba.
Eis que intercedeu o rapaz no meio da conversa, guardando no bolso o brinquedo, conforme o velho lhe chamava ao inseparável telemóvel.
-Não pacha factura?
-Passo mas tem que pagar o iba. Respondeu o feirante.
-Então pache que é pra jogar no carro. Diz o rapaz.
-Então são os 25 euros, sendo assim. Diz o vendedor
-Eh rapaz! Chega-te pra lá que o dinheiro é meu. Diz o velho.
-Mas podemos ganhar um carro. Diz o neto.
-Na próxima vez ficas a guardar as obelhas que ficas mais barato! Tens que pedir sempre qualquer coisa. Mais balia jogar na raspadinha e biamos logo o que daba. Diz o velho.
Mas pronto por sorte até trazia os documentos das finanças para ir tratar de se registar na actividade por causa de vender uns borregos e os queijos de vez em quando, que isto agora é obrigatório pagar por tudo, dizem eles.
Deve ser para compensar os roubos dos graúdos.
E lá foram os dois no meio de reclamações do velho com mais umas bananas no saco, a juntar ao IVA, das compras da feira.
No dia de andar a roda, lá estava o rapaz colado à televisão à espera que os nossos governantes lhe sorteassem o carro.
Era uma euforia tudo andava atrás do carro, mesmo os pobres e de barriga vazia. E quando havia dinheiro para uma sêmea e uma entremeada pra juntar às batatas que havia lá em casa, lá vinham a pedir a factura que agora é quase religioso.
Com tudo isto arranjaram maneira de perder clientela, os que não passavam factura que acabavam por fechar as portas do negócio e os que passavam factura acabavam por fechar na mesma, porque os impostos eram muitos.
Contas feitas, poucos se safavam lá na província que até ali era contas à moda do Porto, como se diz lá na terra.
Bem, mas quem lucrava eram as Finanças que metia tudo na linha, pelo menos no que toca a comprar pequenas coisas. Ainda por cima à conta das facturas para o sorteio, sempre havia quem acabasse por gastar mais do que precisava, só para ter mais uns números. É um incremento à economia, gastando o que não se deve e pode.

Estas coisas pegam-se e nisto os portugueses são bons, para jogos e sorteios, de resto pouco importa o pagar mais por isto ou aquilo.
Venha lá o carro que se faz uma festa.
E não que era o bruto de um AUDI!
Ao rapaz até brilhavam os olhos com a ânsia de ver o sorteio.
Assim foi, saiu o sorteio e com os olhos esbugalhados a olhar para o número sorteado e a senha que lhe foi atribuída pelas finanças sonhava com aquele avião. Um Audi.
É certo que as hipóteses são poucas, pois há quem todas as semanas tenha direito a centenas e centenas de números, os ricos que compram o que querem. Esses sim têm mais hipóteses pois podem comprar muitos Audis e muitas carnes e bacalhaus para o sorteio.  
Agora ele só com aquele número não tinha muita chance. Mas ele continuava a rezar.
Nisto quando sai o número sorteado não é que lhe calhou mesmo a ele.
O rapaz nem queria acreditar, mas pela algazarra lá na taberna onde viu o sorteio, com toda a gente a deitá-lo ao ar e a fazer-lhe uma festa já começava a crer.
Até parecia que o carro tinha saído àquela gente toda e mais não eram muitos que na aldeia a gente é pouca, mas chegou para a festa.
Foram com ele em ombros, levar a novidade ao avô.
O Velho nem queria admitir.
-Saiu-te um carro com a compra na feira?
E a festa prosseguiu, agora faltava vir o carro.
Esperaram, esperaram, e por entre tantas dificuldades lá veio o carro carregado num reboque. Pois não tinham carta nem o velho que já era velho para a tirar, nem o novo que ainda era novo para isso.
Quanto ao pai lá emigrado em Angola, também só tinha carta de mota, e mesmo quando vinha era a correr.
Gastaram uma pipa de dinheiro, só para levarem o carro para a aldeia. Ficou o velho sem a parca poupança que foi amealhando para a velhice.
O carro ali estava prostrado à porta, no meio do curral a conviver com as ovelhas. Tinha uns cobertores por cima para não se estragar.
Entretanto o rapaz de quando em vez lá o ia destapando e sonhando com a carta.
E assim continuaram a ir para feira a pé, porque carta não havia.
Sempre que iam à feira eram criticados, por uns e por outros.
-Agora que têm um carro tão bom vão a pé para a feira, lá tão longe.
Outros diziam.
-Tens o carro guardado para relíquia?
Outros gozavam.
-Não tens dinheiro para a gasolina?
O que era certo é que não tinha mesmo dinheiro. Nem para a gasolina nem para pagar o imposto e já o tinham avisado que ainda lhe penhoravam as ovelhas ou o palheiro para pagar o Imposto sobre veículos.
Imaginava lá ele que era preciso pagar tal coisa.
E o seguro? Onde iria arranjar dinheiro. E as revisões que já lhe disseram que eram caríssimas naquela marca?
E tirar a carta quando pudesse? Tinha que ir para a vila, gastar mais dinheiro.
Era só despesas e ainda nem tinha tirado proveito do carro.
Bem que o avô tinha razão em o querer vender.
Andava pensativo, sem saber que fazer.
Esperar pela idade de tirar a carta ou vender o carro e livrar-se de tanta despesa.
Pensou, pensou e deu razão ao avô.
Estava decidido em vender o bruto BMW, afinal estava ali a estragar-se e a desvalorizar.
Mas primeiro queria ter o prazer de dar ali uma voltinha.
Já tinha estado dentro dele muitas vezes e punha-o a trabalhar. Chegava-o à frente ou atrás de vez em quando, mas nada de sair dali.
Mas agora que estava decidido a vende-lo tinha que dar uma volta na aldeia, que ali não havia autoridades.
Saiu do curral, atravessou a aldeia devagarinho e com cuidado, para espanto dos que o observaram.
Já com alguma confiança fez-se à estrada, meteu mais uma mudança e acelerou, mas na primeira curva a atrapalhação tomou conta de si. Sem saber bem o que fazer quando se deu conta estava a sair a direito voando para cima do poço do ti Manel Reco-Reco.
Não bastou afogar aqueles cavalos todos que ainda se ia afogado ele também.
Salvou-se preso ao cinto e entalado pelo airbag.
Quanto ao carro, ficou possivelmente sem conserto.
Lá se foi uma ilusão.

Moral da história.

Podemos não ser burros, mas se nos acenam com uma cenoura, lá vamos todos a correr e esquecemos todo o resto atrás de uma ilusão.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

AGORA A CULPA É DA CRISE ASIÁTICA E DOS EMERGENTES

A economia dos países ocidentais já estava em crise bem antes da crise de 2007.
Os desequilíbrios globais eram evidentes. Com a economia mundial a desenvolver-se a três velocidades. Era espectável que isto iria acontecer.
Com um sistema financeiro apostado na especulação e não na produção e realização de investimentos, só podia trazer estes resultados.
A culpa não foi só da bolha do subprime imobiliário. A culpa foi de um neoliberalismo desenfreado, que só se interessou com o lucro e formas de o obter.
Não se preocupando com a criação de postos de trabalho alternativos ao crescente aumento de desemprego e à substituição de mão de obra humana pelas novas tecnologias, robótica e desenvolvimento cientifico, os especuladores só viram o lucro e os empresários igual. Canalizando os seus investimentos para países onde o lucro era mais proveitoso, como os países asiáticos, deixando um rasto desemprego que possibilitou tabelar ao nível dos países mais pobres os salários dos países em crise no ocidente.
 Com um pensamento mercantilista do Estado, não regulamentando nada e permitindo que se fizesse tudo de forma absurda, como os investimentos em bolsa e mercados completamente desprotegidos por lei. Tudo foi permitido fazer e continuando tudo na mesma.
As medidas adoptados pela Reserva Federal Americana lançando abundantes somas de dólares no mercado, serve essencialmente para facilitar aos especuladores como os maiores bancos, a diluição e livrarem-se de investimentos chamados lixo tóxico que de outra forma teriam que ser declarados quebras e lhes acarretaria grandes prejuízos e algumas falências.
A diluição dos produtos tóxicos dos bancos faz suportar esses prejuízos pelas pessoas, quer através de abaixamento de salários, quer a impingirem produtos financeiros aos particulares, ou mesmo através de investimentos bolsistas onde acabarão por perder grande parte das aplicações, uma vez que o PER das empresas está muito elevado. Isto é, o valor observado essencialmente em acções, não corresponde ao seu real valor.
Por fim, o aumento do défice global (publico e privado) dos países que decidiram segurar estes investimentos imprudentes, levará porventura à falência de alguns estados, com dívidas impagáveis como é o nosso caso.
O colapso do PIB dos países desenvolvidos deve-se essencialmente ao um desenvolvimento mundial desigual ao longo da história, que se ressentiu com a globalização, em que as grandes empresas multinacionais se deslocalizaram para obter mais lucros.
Os Estados desenvolvidos foram suportando com um PIB cada vez mais baixo e um défice cada vez maior, enquanto o estado social for segurando as pontas.
A culpa assenta no desenvolvimento desigual nos vários pontos do mundo e com o novo fenómeno da globalização, arreganhou tamanhas brechas. Naturalmente que para este modelo económico e social, é mais fácil tabelar por baixo do que nivelar por cima, daí este ataque cerrado a direitos laborais e sociais e com um brutal abaixamento de salários e aumento da precariedade laboral.
Claro está que enquanto esta politica não for demonstrada que é um verdadeiro fracasso, eles irão persistir em salários cada vez mais baixos.
Faltará saber se novamente não virão defender a regra da oferta e da procura, como acontecia há dois ou três séculos atrás. Então aí sim, assistiremos a trabalho à troca de comida e com as crianças a ter que começar a trabalhar de novos.
Claro está que é difícil admitir que com salários mais elevados aumenta o consumo e provoca o desenvolvimento, suportado no ocidente enquanto pode à custa de mão de obra barata desses países mais pobres sustidos apenas nas produção exportadora das grandes multinacionais aí instaladas que acabaram por esvaziar financeiramente os países desenvolvidos.
Exemplo disto, é o que se passa no Japão desde os anos 90, agora com uma dívida astronómica e só suportada porque os japoneses ainda a conseguem segurar.
A economia nunca poderá recuperar com salários baixos, não sustentando poder de compra das pessoas.
Com esta crise as trocas comerciais entre países agrava-se, os países fecham-se em si mesmo, impedindo os fluxos comercias de mercadorias e de pessoas.
Os países radicalizam-se (com fenómenos de novas extremas – direita) e protegem as suas economias provocando maiores crises.
Estas crises levam ao aumento de desigualdades sociais e novas manchas de pobreza, não permitindo um verdadeiro desenvolvimento.
Isto leva a que os países que estavam com crescimento económico e com superávits à conta do aumento de exportações para países desenvolvidos, entrem também eles em recessão, devido à falta de escoamentos da produção, porque não apostam no verdadeiro desenvolvimento desses países.
Este fenómeno que se verificou há poucos dias com a crise da fuga de dinheiros dos países em vias de desenvolvimento (asiáticos), é nada mais nada menos o regresso do dinheiro feito em apostas na economia daqueles países quando a crise rebentou aqui.
O dinheiro transfere-se de um canto do mundo para o outro com um click e ele vai andar a rodar de um lado para o outro, sempre à procura do lucro.
Conforme agora voltou de lá, para lá pode voltar quando a crise se instalar novamente na Europa e EUA, e assim andará a destruir economias e empurrar para a miséria famílias, até que um dia não vai ter país nenhum para fugir, porque a depressão será global, com a pobreza a ser aceite por todos nós.
A não ser que nos oponhamos.
Se pegassem nesse dinheiro infindável apostado na especulação, retribuíssem salários justos e apostassem no desenvolvimento e bem-estar dos povos acabariam com a crise e a economia crescia.

Mas vá lá dizer isso a um rico.