segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Banco Alimentar contra a Fome



Decorreu este fim-de-semana um banco alimentar contra a pobreza. Mais uma vez a solidariedade a funcionar. Num país em que governantes cada vez se esquecem mais o significado dessa palavras, que foi remetida para a “Quinta dos infernos”, o povo português teima em manter-se solidário nos momentos de aflição. Ao menos isso, reconhecer que a pobreza, esse inferno que se estende como um manto negro por esse pais fora, onde dificilmente alguma família conseguirá escapar.
E lá está no meio disto tudo, o Portugal solidário, com recolhas de alimentos por esses Supermercados ao longo deste País imensamente solidário.
É certo que muitos destes donativos nem sempre chegam a quem deviam, mas vale a coragem e o empenho nos que nesta recolha participam.
Entre ricos e pobres, todos estão convocados, para este exército, que este sim parece querer ser de Salvação Nacional.
Dos pobres sabemos nós o que os move, dos ricos apenas se espera um gesto de altruísmo. Constituído essencialmente por filantropas senhoras, cujo objectivo é a CARIDADE.
Já que falamos de caridade uma palavra de apreço também à Caritas e todas essas dioceses que têm combatido este flagelo chamado FOME e bem denunciaram que também é necessário.
Mas voltando às humanitárias senhoras que desenvolvem estes projectos, um bem-haja para elas. Fazem recordar as nossas saudosas Rainhas de Portugal, como é o caso de D. Maria I ou mesmo a Rainha D. Amélia, entre outras. Rainhas que pela dupla nobreza se preocuparam com as causas sociais tanto uma no turbilhão da Revolução Francesa como a outra nas lutas pela Implantação da nossa República, levando por diante obras de caridade como foi o caso da “Casa Pia” ou do combate contra a Tuberculose, sanatórios, etc.
Pena que não tenhamos mais Rainhas! Mas há por aí hoje em dia pequenas Rainhas e para todos os gostos, ou melhor há muitas D. Marias, mas certo é que também temos muitas “Amélias”. As Marias, são essas pequenas Rainhazinhas esposas dos ricos da nossa praça que construíram seus feudos económicos e empresariais à conta da exploração da mão-de-obra barata, da fuga engenhosa ao fisco e à justiça e a coberto dos nossos Reis-mandados que nos governam e promovedores da concentração da riqueza.
Essas são as senhoras da Caridade Social dos nossos tempos, as Rainhas da nova era. Pessoas que vivem faustosamente, que são co-proprietárias de grandes grupos económicos, que engordam a olhos vistos enquanto a fome e a miséria prolífera e depois se dedicam a estes pequenos gestos de caridade social, fazendo uma dupla promoção, a do seu ego e da falsa solidariedade.
As Amélias, são aquelas pequenas mas grandes almas, que se entregam as estes projectos, convencidos que é assim que se resolvem os problemas da desgraça daqueles que baixaram os braços esquecidos que a democracia ou este modelo económico lhes daria paz, pão, saúde, habitação e liberdade que tanto se apregoou no 25 de Abril ou na Revolução Francesa como a liberdade, igualdade e fraternidade.
Há que lembrar isto de novo. Porque olhando bem, pouco mudou ainda!
Façam alguma coisa a sério e não andem a brincar às Rainhas e à plebe.
Solidariedade social não é dar o que nos sobra por caridade, é promover a distribuição da riqueza. Isso eu não vejo fazer. Antes pelo contrário.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sindicalismo! Que futuro?


As novas situações que se apresentam exigem acções e respostas dos sindicatos.
Deve-se rever os métodos e arranjar novas motivações. Redefinir a actividade sindical, uma vez que se deparam novos paradigmas sociais e económicos que inclui o fim do “el dourado” tempo do dinheiro fácil e crédito hipotecário.
Vai-se passar por uma fase de declínio social, arrastando os sindicatos, daí que se torna necessário um novo impulso, como que um acto de rebeldia, para colocar os sindicalistas na linha da frente das preocupações sociais. Será necessário criatividade e uma nova reflexão. É necessário uma sapatada, tanto por forma a demonstrar uma separação dos que governam, bem como criar estratégias para chegar aos trabalhadores e conduzi-los nas suas duras lutas futuramente.
É necessário uma reorientação dos sindicatos, por de forma a maior mobilização e consciencialização. Este caminho já não serve. Começa a saber a pouco. Tem que se ganhar novo saber, aprender, ter imaginação e MEMÓRIA, para contrariar estas desculpas para a crise (um modelo económico e social a caminho do abismo). Tem que se saber escolher, ou ao lado dos que sofrem e trabalham, ou então eles voltam-se para outras soluções. E a história sabe disso!
O nacionalismo está à espreita e já se conhecem sinais. Se o povo passar mal os sindicatos têm que estar na linha da frente, ao lado de quem trabalha e precisa solidariedade acima de tudo.
Este é o momento de viragem, nada mais será como dantes (não tenham ilusões), acabou-se a “época das vacas gordas”, pelo que é necessário demonstrar às pessoas porque se chegou aqui, mostrando que o erro não está em quem trabalha mas sim em quem dirige, apontando as setas nessa direcção. Percebamos de uma vez por todos, que estamos falidos, que o povo está sem dinheiro, em vias de ficar faminto e que este modelo de sociedade caminha a passos largos do seu fim. Mas não os podemos deixar reinventá-lo, correndo o risco de maior concentração de riqueza e maior dependência dos povos.
Chegou a altura de despertar consciências. O mundo avança com pequenos recuos, é certo, mas as revoluções acontecem quando se perde a esperança. Estamos quase lá!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Portugal. Um País de doidos!


Dois em cada dez portugueses sofrem de perturbações psiquiátricas e o país revela "um padrão atípico, em termos europeus", de prevalência destas doenças, com números que se aproximam dos Estados Unidos, o país com a maior taxa de população com doenças mentais no mundo.

As conclusões são do primeiro estudo que faz o retrato da saúde mental em Portugal e que se insere na iniciativa mundial dos estudos epidemiológicos da Organização Mundial de Saúde (OMS), coordenada pela universidade norte-americana de Harvard e que envolve outros 23 países. Os seus autores descrevem-na como a "maior base de dados do mundo" na área, com mais de 100 mil pessoas entrevistadas.

O estudo português, cujos resultados preliminares tinham já sido apresentados em Março mas sem incluírem a comparação com todo o universo dos países observados, revelou que 22,9 por cento dos 3849 entrevistados sofrem de perturbações psiquiátricas, aproximando-se dos 26,3 por cento dos EUA.

Países do Sul da Europa com os quais Portugal normalmente se compara têm taxas bem mais baixas - Espanha fica-se pelos 9,2 por cento e Itália pelos 8,2 por cento - e mesmo os países nórdicos, onde a prevalência destas doenças é elevada, estão abaixo dos números nacionais.

Segundo o coordenador do estudo português, Caldas de Almeida, no topo dos problemas estão as perturbações de ansiedade, com 16,5 por cento, as perturbações depressivas, com 7,9 por cento, as perturbações de controlo dos impulsos (3,5) e as perturbações relacionadas com o álcool (1,6). Os mais afectados são as mulheres e os jovens dos 18 aos 24 anos e, dentro destes dois grupos, especialmente aqueles que estejam separados, viúvos e divorciados ou tenham níveis de literacia baixos e médios.

Ao nível do acesso aos serviços de saúde, o estudo constatou que existem "coisas boas e más". Segundo Caldas de Almeida, "os cuidados primários e de clínica geral têm uma acessibilidade muito boa em termos europeus, enquanto os serviços especializados já não têm uma performance tão boa", disse em declarações à agência Lusa.

Para além de medir a prevalência das doenças mentais, o estudo também tem como objectivo medir "o impacto destas doenças na produtividade de um país, em termos de incapacidade, de faltas ao trabalho e de doenças físicas".
“ in Publico”

O autismo dos nossos governantes e o constante optimismo completamente desfasado da realidade continua a dar bons frutos, pelo menos a nível de psiquiatria, que está a criar um país de doidos.
Parece também que em Portugal algumas pessoas reconhecem que estão com perturbações psiquiátricas e depressivas, mas aflitivo é os que estando mais doentes a esse nível, escondem disfarçando até não poder mais. Só quem lida com o problema é que sente isso. Uma coisa posso garantir, nunca vi tamanha epidemia a alastrar por este país fora.
Reparando no comportamento a nível de condutores nas estradas.
A brutalidade com que se digladiam, só por falta de civismo. E nas repartições públicas e estabelecimentos comerciais? Aí as reclamações dispararam! Mas mais engraçado é que não se reclama mais porque a esmagadora maioria não sabe escrever duas linhas no “Livro de Reclamações” senão bem podiam vir livros. Tudo isto são sintomas. Mas deixem aumentar mais os desempregados e vão ver a cambada de doidos que nos tornamos.
Não se esqueçam é que muitas queixas de doenças variadas não as conseguem associar com doenças psiquiátricas, infelizmente.
Tudo isto somado acho que poucos serão os que não estão loucos.
Isto sim uma verdadeira epidemia silenciosa e sofrida!
Anda tudo doido afinal? Ninguém quer saber!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Morreu o Sr.do Adeus



Coitado, do Senhor e eu que nem o conheci. Pois nem passava pelo Saldanha àquela hora. Mas agora percebo que era uma personagem famosa. Parece que toda a gente gostava dele! E quem não gosta do Adeus. Toda a gente gosta de um ADEUS e se fosse uma certa personagem a faze-lo então tantos ficariam sorridentes. Já imaginaram o que seria o Sr. Primeiro-ministro a dizer adeus às portas de são Bento? Acho que todo o povo iria querer assistir. Uns todos desconsoladíssimos a ainda com expressões de “coitado” teve azar, levou logo com um cenário de crise. Outros comentariam as expressões da Praxe “Vai-te embora seu malandro”, entre outras coisas desagradáveis para o comum do mortal. Mas eu a propósito desta morte lembraria apenas de Antero de Quental.
Lembram-se?
Pois mas eu lembro-vos.
“Morra o Dantas, morra! - PIM! “ Ah! pois o MANIFESTO ANTI-DANTAS

Vamos ler então, sei que há coisas agora que não estão bem conformes àquela época, pelo menos à forma de vestir de determinadas pessoas, que até por assim dizer ganham fama lá fora.
BASTA PUM BASTA
Uma organização, que consente deixar-se representar por um Dantas é uma organização que nunca o foi! É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!
Abaixo essa organização!
Morra o Dantas, morra! - PIM!
Uma organização com um Dantas a cavalo é um burro impotente!
Uma organização com um Dantas à prôa é uma canoa em seco!
O Dantas é um cigano! O Dantas é meio cigano!
O Dantas saberá ler (?), saberá gatafunhar, saberá direito, saberá fazer ceias para cardeais, saberá escovar sapatos, saberá esmurrar o pobre e dar esmola ao rico, saberá tudo menos administrar que é a única coisa que ele pensa que faz!
O Dantas pesca tanto de administração que até faz organogramas com fluxos de duquesas! O Dantas é habilidoso!
O Dantas veste-se mal!
O Dantas usa ceroulas de malha e cuecas de 33 botões!
O Dantas tem gravatas feias e casacos amarelos!
A sexta-feira o Dantas usa a gravata regimental para fazer a continência à bandeira!
No resto da semana o Dantas cospe-lhe. O Dantas especula e inócula os concubinos!
O Dantas é Dantas!
O Dantas é Zé!
O Dantas é um Sebedolas.
Morra o Dantas, morra! - PIM!
O Dantas fez uma sorôr Mariana que tanto o podia ser como a sorôr Inez, ou a Ignez de Castro, ou a Leonor de Telles, ou o Mestre d'Aviz, ou a Dona Constança, ou a Nau Catrineta, ou a Maria Rapaz!
E o Dantas teve cláque!
E o Dantas teve palmas!
E o Dantas agradeceu!
O Dantas é um ciganão!
Não é preciso ir para o Rossio p'ra se ser pantomineiro, basta ser-se pantomineiro!
Não é preciso disfarçar-se p'ra se ser salteador, basta administrar como o Dantas!
Basta não ter escrúpulos nem morais, nem artísticos, nem humanos!
Basta andar com as modas, com as políticas e com as opiniões!
Basta usar o tal sorrisinho, basta ser muito delicado, e usar barba e olhos meigos!
Basta ser Judas! Basta ser Dantas!
O Dantas é um varredor a quem puseram gravata e se convenceu que era administrador!
Morra o Dantas, morra! - PIM!
O Dantas nasceu para provar que nem todos os que administram sabem administrar!
O Dantas é um autómato que deita p'ra fóra o que a gente já sabe que vai sair... mas é preciso deitar dinheiro!
O Dantas é um soneto d'elle-próprio!
O Dantas em génio nem chega a pólvora seca e em talento é pim-pam-pum!
O Dantas nú é horroroso!
O Dantas cheira mal da boca!
O Dantas é seboso!
Morra o Dantas, morra! - PIM! O Dantas é o escárneo da consciência!
Se o Dantas é português eu quero ser espanhol!
O Dantas é a vergonha da intelectualidade portuguesa!
O Dantas é a meta da decadência mental!
E ainda há quem não córe quando diz admirar o Dantas!
E ainda há quem lhe estenda a mão!
E quem lhe lave a roupa!
E quem tem dó do Dantas!
E ainda há quem duvide de que o Dantas não vale nada, e que não sabe nada, e que nem é inteligente, nem decente, nem zero!
O Dantas gosta de se travestir!
O Dantas sonha ser jurista!
O Dantas sonha ser carpinteiro e fazer mesas e pombais!
Mas o Dantas é carpinteiro. Ele faz muitas cadeiras principalmente em Espanha!
O Dantas não sabe o que é porque não é nada!
Ora parece um jardineiro com a pêra de um administrador, ora um administrador sem a delicadeza e a sensibilidade de um jardineiro!
O Dantas só é Administrador do parque das laranjeiras.
Como o Dantas, só o Dantas!
O Dantas é um conjunto composto de um único indivíduo: o Dantas!
O Dantas é um pavão desossado!
Continua o Senhor Dantas a portar-se assim e um dia ainda acordará enfeitado com um par de murros na testa!
E fique sabendo o Dantas que se todos fossem como eu haveria tais munições de manguitos que levariam dois séculos a gastar. Morra o Dantas, morra! - PIM!

JOSÉ DE ALMADA NEGREIROS

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

DA GUERRA DO DINHEIRO À GUERRA DAS ARMAS


Os EUA ou seja a Reserva Federal Americana, vai inundar o mercado com mais 600 biliões de dólares. Este intento desvaloriza o dólar obrigando a valorizar as restantes moedas, provocando um aumento de exportações dos EUA mas diminuindo nos outros países.
As reacções já se fizeram sentir, principalmente da China, da Rússia, da Alemanha e do Brasil.

A idéia de Obama é fazer a economia americana crescer.
Parece que a estratégia de Obama é dividir os países emergentes, separando desde já a Índia, oferecendo-lhe lugar no Conselho de Segurança das Nações Unidas, revoltando já os brasileiros que queriam esse lugar.
A China mantém a sua moeda, o iuan, artificialmente desvalorizada para garantir as suas exportações que estão a provocar uma guerra cambial que deixará mortos e feridos pelo mundo fora.
A União Européia também está muito preocupada uma vez que o dólar está muito desvalorizado em relação a euro, que dificulta a sua recuperação econômica e acusando já os americanos de egoístas e que o valor da moeda deve refletir os fundamentais da economia.
Ora a guerra está lançada, para já uma guerra cambial, com os Chineses a temer a subida da sua moeda, que se subir 5%, leva a crise à própria China, empurrando-a para o turbilhão da recessão que da qual não se conseguirá salvar. Segundo eles se isto acontecer as exportações descem e o desemprego instala-se levando a fortes contestações sociais naquele imenso País, que tem um enorme superávit que o leva a investir nos vários países do mundo, onde já possui 2/3 da dívida Americana, assim como outros países como na Europa, África e mesmo o Brasil, não deixando esquecer que se preparam para comprar o divida de Portugal. Claro está que tudo isto tem um troco, interesses econômicos estratégicos, essencialmente manter os países seus importadores estáveis, por forma a não beliscar as suas exportações, penso eu.
Mas a China, não se esqueçam que financia os EUA em troca das suas exportações. E se isso deixa de acontecer? Com os dólares que recebe dos EUA, os chineses compram ativos reais em todo o mundo, inundando, principalmente os países emergentes, entre eles o Brasil, da moeda norte-americana.
Já imaginaram de repente o dólar deixa de ter um determinado valor, por força da emissão de moeda pela Reserva Federal Americana, isto é, inundam o mercado de dólares, o dólar desvaloriza o as restantes moedas valorizam assim como o iuan. A China entre em recessão e deixa de ter um determinado valor em ativos (divida e moeda) por força da desvalorização da moeda americana . Esses 2/3, perdem valor considerável.
Os Chineses sentem que foram enganados “que compraram Gato por Lebre”. A divida Americana já não tem o valor que eles investiram. Os dólares que eles têm de reserva já não valem o que valiam e ainda por cima levam com a crise provocada pelos americanos.
Vai ser uma Guerra de divisas, cada País a tentar defender-se, isto leva uma inflação descontrolada e proteccionismo de estado em que só o ouro se salvará.
Será que foi para isso que os Chineses se andaram a armar?
Para passar de uma guerra económica a uma guerra de armas?

Está a tornar-se perigoso!

Irlanda à beira da bancarrota


Hoje no dia em que Portugal ultrapassou os 7% nos juros de emissão de dívida pública, sabe-se também que a Grécia não vai conseguir atingir as metas do seu orçamento que era de 7,8 fugindo para muito mais de 9% do PIB. Grécia que já pediu apoio ao Fundo de Estabilização Europeu e ao FMI, mas que continua cheia de buracos nas contas. Assim como Portugal, como é o caso das parcerias público-privadas, entre outros.
Sinceramente sinto que não será possível sair desta, pelo menos só à conta de quem trabalha, como tem sido o caso. Como se consegue baixar o défice com 7% de juros (por enquanto) da divida pública. Sim são mais estes aproximados 7%, claro que por enquanto será menos um pouco, mas também virá a aumentar, visto que a Grécia já vai nos 11%. Juntem-lhe agora os compromissos das Auto-Estradas com cada vez menos carros a circular, etc. Isto são dois pequenos exemplos, que afinal são é grandes demais para arruinar o país.
Mas falemos da Irlanda, que está quase falida. A pagar juros recorde agora arrisca-se a ver alguns bancos falidos e o Pais sem Capital para os segurar, já. E ainda a procissão nem chegou ao adro! O governo garantiu que não haveria mais surpresas e que todos os buracos estavam identificados, mas foi necessário tapar mais buracos e gastar mais dinheiro, mas afinal a surpresa maior ainda estava para vir. Depois de se terem arrastado quase à beira da falência pelas más opções no sub-prime e imobiliário comercial, agora chegou a vez dos empréstimos à habitação. (Lembrei-me logo de Portugal, o grande tombo que nos espera). Calcula-se que uma em cada quatro casas compradas nessa altura da bolha especulativa valha menos do que aquilo que o proprietário ainda tem de pagar ao banco. Com o desemprego a disparar, faz com que o malparado esteja a aumentar a um nível assustador ameaçando a falência dos bancos. (Eu bem disse que era má altura para comprar casas há uns dez anos a esta parte, mas ninguém me ouviu, claro!)
Quando as pessoas deixarem de pagar as suas casinhas, já não vai haver dinheiro para salvar nada.
Onde é que eu já vaticinei isto há uns tempos? Deve ter sido num desses meus artigos. Pois ninguém se lembra, mas eu escrevi sobre a falência dos Estados Soberanos. Com o tempo lá chegaremos.

A ver vamos! Como diz o outro.