quarta-feira, 24 de julho de 2013

FILHOS DA POTA

Poderíamos estar a falar do polvo, mas ao nível que se encontra o bolso dos portugueses falemos antes da pota, que sendo um produto de segunda categoria, é ao que ainda se consegue chegar.
Tentáculos de pota, quem não os come por polvo ou mesmo lulas?
A pota com os seus tentáculos para reprodução possui ainda os seus múltiplos braços para capturar as suas comedorias e possui ainda as suas ventosas tal como o polvo, muito embora mais pequena, mantém as mesmas características, mudando de cor consoante o ambiente em que se apresentam, de forma a disfarçar-se segundo o seu interesse.
Esta pota que agora se nos apresenta é servida de forma astuta, como que um paloco bem dissimulado num bacalhau com natas. Esse paloco servido como gato por lebre, é assim que se apresenta o governo, com estes novos filhos da pota.
Rui Machete, o filho da pota, a quem não se pode chamar polvo, porque já houve um jornalista que saiu mal com este nome no célebre caso “Emaudio Soares”.
A pota é mãe de toda esta teia chamada SLN, que pariu o BPN com todo o seu veneno. Sim porque as potas têm veneno. E não falo dos tais 4 ou 5 mil milhões, de roubo à nação, nem no que o Mira Amaral reclama da pota “madrinha”  para o BIC.
Falo da pota do Rui Machete, ex-presidente do Conselho Superior da Sociedade Lusa de Negócios Valor, principal accionista da SLN SGPS que, por sua vez, detinha o BPN, que se veio agora juntar no governo como Franquelim Alves, filho também da pota.
Agora que este governo, está a aumentar os ministérios, será que ainda vai recrutar Oliveira e Costa, Dias Loureiro ou mesmo Duarte Lima?
Afinal também são filhos da pota!
Será que são estas potas instaladas no poder e nos centros de decisão, que estão a fazer desaparecer a sardinha que era o símbolo da pobreza e já nem a ela podemos chegar?

Eh carapau! Cuidado com esses tentáculos.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

CAVACO SALVOU AS SELVAGENS


Cavaco Silva, o Presidente da República, salvou as Selvagens.

A mais Alta Entidade da Nação salvou ou fugiu para as selvagens?
Fugiu não se sabe bem! Até porque as rochas e montanhas que ali estão, já tinham prometida esta dormida, fazia algum tempo. E não se justificava agora alterar a data desta tão auspiciosa viagem. Pois até poderia sair mais caro o adiamento, que já ia em 160 mil euros, que sai do bolso de todos nós.
Cavaco que após se ter encantado com o sorriso das Vacas nos Açores, foi agora dormir nas Selvagens com as Cagarras, naqueles rochedos. Esta espécie ornitológica, que dorme e nidifica nas fendas das rochas, teve por uma noite uma companhia ao mais alto nível.

As selvagens são neste momento um local excepcional para o Presidente, dada as suas características. Estarem desertas de pessoas a afugentá-lo em contestação e rodeadas por mar, que é por excelência o melhor local de refúgio para ele, em alternativa à clausura que tem vivido no Palácio da Nação. Sendo que a única que esperneou foi a pobre Cagarra que levou com o alicate.
Se não se pode andar pelo meio do povo, anda-se pelas rochas no meio das aves.
E foi assim que ele acompanhou a crise política.
Depois da renuncia e falhanço de Gaspar. Depois da birra de Portas, Cavaco fugiu para meio dos animais. Pensei eu.
Mas não! Afinal tudo era fácil. Eu a pensar que Cavaco tinha dado mais um golpe de misericórdia em si mesmo, afinal deu foi um golpe de mestre.
Com um governo esfrangalhado, ele tinha que mostrar que tomava uma grande posição.
Esquecendo que existiam os partidos de esquerda, representados na Assembleia da República e que o povo contestava esta governação, decidiu encostar às cordas o líder do PS.
Seguro bem se entusiasmou com o cheiro a poder. Aliás são assim os políticos desta geração. Os tais “Jotas” que nasceram e cresceram nos partidos.
Solicitado a uma abertura à esquerda com o Bloco, logo após uma reunião de circunstância disse não, entusiasmado que estava com a direita.
Mas as pressões foram muitas e depois de ameaças de cisões, num partido que sempre se virou para a direita, no discurso de rotura afirmou-se com uma narrativa assertiva, como que em plena pré-campanha eleitoral, apesar de se ter deixado enganar com o cenário de eleições antecipadas.
Mas eis que Cavaco dá o dito por não dito e depois de encenada uma verdadeira tragédia, foram só gritos e algazarras para distrair a multidão.
Tudo continua na mesma, a não ser o líder do PS que cada vez fica mais (in)Seguro.
Portas, comportou-se silencioso a tentar fazer esquecer as suas acrobacias irrevogáveis.
E Cavaco protegeu a velha politica que nos empobrece cada vez mais, como que a fazerem esquecer o passado quase que a parecer que temos um governo novo.
Por uns tempinhos, que isto não vai durar!
Aguardemos próximos capítulos.
No fundo o que Cavaco fez, foi dizer aos seus mordomos do governo; entretenham-se aí com este “fait divers”, que eu vou ali às Selvagens anilhar uma Cagarra, que quando voltar "tudo como dantes no Quartel de Abrantes", ficará igual e fazemos crer que tudo se resolveu. Elogiamos o comportamento dos partidos e pronto!
P.S. Na primeira linha, onde se lê as selvagens, devia ler-se os  

sexta-feira, 19 de julho de 2013

DETROIT O SIMBOLO DO CAPITALISMO RUIU



A cidade de Detroit, a quarta maior cidade dos EUA e a cidade símbolo da esplendorosa industria do capitalismo, de tempos promissores em que se julgava que este modelo era o máximo, entrou em bancarrota. 
Mesmo com vestígios vindos de todo o lado, agora temos inequivocamente  mais um sinal do passo para o abismo. Infelizmente claro.
Cada dia que passa vemos o sistema a desmoronar-se.  Cidade atrás de cidade a promissora América, terra de oportunidades está a tornar-se a terra do infortúnio.
Com o passar do tempo os Estados declaram-se falidos, deixando um rasto de miséria e destruição caótica, onde restam os desventurados que não tiveram para onde fugir e se resignaram ao convívio com a marginalidade, após tantos suicídios envergonhados e rastos de crueldade laboral das empresas deslocadas e falidas também.
E os governantes que em nada se determinaram a resolver a não ser tentar salvar a industria automóvel, deixando um rasto de destruição social pairando pelos que foram obrigados a ficar empurrados para o abandono a que foram votados, pelo sempre venerado progresso capitalista.
Esta é bem a montra do que se espera de um modelo económico e social falhado, que apesar de tentar salvar-se pela emissão desenfreada de notas verdes, um dia conhecerá o seu desastroso resultado, perante um mundo em crise, provocado por um modelo cuja referência é o lucro a qualquer preço e com isso criar fossos sociais cada vez mais fundos.
Com uma dívida impagável assim se continua a apregoar os proveitos do capital e dos mercados que tudo fazem para fabricar meia dúzia de ricos a troco de destruição de estados sociais e da criação de um número cada vez mais infindável de pobres, especialmente à custa de falências bancárias resultantes de apostas em investimentos ousados e falhados, em detrimento de fundos especulativos nas mãos de ditos investidores, perigosos mas privilegiados.
Detroit apresenta-se como montra de um resultado falhado, que nos pode ajudar a imaginar o futuro das grandes cidades industriais e cosmopolitas onde o terror e o medo se instalarão.
Com serviços sociais destruídos, quase sem ambulâncias e polícias, com transportes públicos  como que inexistentes, ruas sem iluminação, desemprego e marginalidade, numa magnitude de destruições, com edifícios completamente esventrados, entregues a delinquentes, dos quais se apoderam como se estivessem tomar terreno numa guerrilha urbana. Tudo isto à mercê de umas autoridades incapazes de lidar com essa nova realidade, as futuras grandes cidades serão assim.
Um inferno para viver, onde os que ali restarem farão parte de gang’s criminosos a ameaçar os medrosos enjaulados dentro de torres de tijolos a vacilar entre a sobrevivência aterrorizada ou o suicídio sem remédio.
Detroit  mostra aquilo que foi um sonho e naquilo que se tornará o mundo. Um autentico pesadelo.
As entranhas do inferno começam a abrir-se. 
Não se iludam, que aos poucos e poucos vai acabar por acontecer. A não ser que tenham coragem de enxergar o evidente, mas aí acho que já não irão a tempo. Pois tudo estará perdido.

quinta-feira, 11 de julho de 2013

VIOLÊNCIA DOMÉSTICA EM PORTUGAL

Quando um casal decide dar os laços, ambos estão de acordo, porque a maior ilusão é estarem juntos um com o outro. 



Mas com o passar do tempo as ilusões desvanecem, ou por razão de um, ou desilusão do outro, ou muitas vezes falta de dinheiro a relação deteriora-se. Muitas vezes por novos amores e novas ilusões.

O certo é que Portugal assistiu a um casamento há cerca de dois anos e parecia que os noivos iam ser felizes para sempre.

Com o correr do tempo, como em qualquer casal, começaram as desconfianças e o ambiente familiar degradou-se.

O casal começou a andar de costas voltadas, um a fazer mais picardias que o outro e a partir daí começou a sentir-se dentro da família e mais tarde com desconfiança da vizinhança, que a alegria entre ambos já não era a mesma.

O casal quase não aparecia em conjunto socialmente e ninguém os via sequer conversar o que quer que fosse. 

Era um casamento disfarçado. A fazer lembrar um certo casamento real de um país vizinho.

Assim funcionava o matrimónio. Mal se falavam, tais eram as traições entre eles, que só fingiam estar tudo bem para calar a família e amigos. Mas no fundo no fundo só aspiravam era a separação onde nenhum queria ficar a perder com o casamento, como normalmente acontece.

Os seus herdeiros inocentezinhos, começavam a sofrer com isto e cada um tentava convence-los da sua razão, coisa que eles tinham dificuldades a entender.

Certo dia a traição foi tão clara aos olhos de todos que a notícia rapidamente se espalhou pelo povo, tal foi o alarido.

Não havia mais nada a fazer, como qualquer pessoa honrada, só já restava pedir o divórcio, perante o escândalo nacional. “Afinal havia outra”.

Andava nas bocas do mundo e por isso só tinha como alternativa o divórcio.

Uma decisão irrevogável, perante tamanha traição.

Em sua opinião deveria aproveitar o deslize do seu par e sair deste casamento com alguma dignidade e tirar partido do escândalo. Já lhe bastava a vergonha da traição. Não se importando com as desculpas do cônjuge de que os financiadores dos seus negócios,  lhe impuseram aquela subalterna como gerente das contas lá de casa e que ali não havia traição mas sim imposição e nada mais além disso.  E tudo o resto era teatro.




Havia um colega de ofício que já lhe assediou, desde que começou a frequentar as festas e passadeiras, por onde eles têm andado, tendo eles até já passado um fim-de-semana juntos, com pessoas muito importantes e poderosas que garantiram apadrinhar o novo enlace quando o divórcio acontecesse. 

Sabendo da sentença esperada do seu casamento era uma boa aposta, manter acesa a chama.

Com a canseira dos maus tratos psicológicos e da indiferença do cônjuge, porque não aceder ao assédio de um bom partido?

 Afinal é a possibilidade da continuação na ribalta, que é tão bom!


Mas só lhe restava perante o escândalo sair de forma vitoriosa mesmo queixando-se da traição adúltera.

Pois agora era conhecido que ele escolheu outra, para lhe governar a casa.

Perante isto só restava a saída sublime que escondendo-se por detrás de um crime público, sairia ainda com estatuto de vítima.

Procurar um novo companheiro e deixá-lo a ele agarrado à senhora que ele agora escolheu para enfrentar um novo futuro. Sabendo que sem o seu apoio mesmo que a sua família estivesse contra si seria mais fácil demonstrar alguma honra.

Mas a família assim que soube reuniu-se logo a prometeu tira-lo de cabeça de casal e da frente dos negócios familiares. 

Aí começaram os seus problemas. Sem apoio da família e após conhecimento do pai do cônjuge, da desavença irrevogável o chefe do clã zangou-se e furiosamente parece ter obrigado o casamento a manter as aparências, mesmo que para isso seja necessário aguentar qualquer adultério ou se necessário arranjar um casamento moderno. De resto é preferível fingir, mesmo sendo um casamento podre, mas os seus amigos e parceiros de longa data e de grande prestígio irão ter isso em consideração, o não arriscar a perder os seus parceiros de negociatas nos mercados, tão essenciais no momento.  

Assim perante as evidências tiveram que se entender frente a frente, e como que” animal ferido” a sua exigência foi, ser a dona da casa e sendo que os gastos, gestão do dinheiro e dividas, passariam pela sua mão, esvaziando os poderes machistas daquele que se julgava ser a sua cara metade.

Sem alternativa, um e outro com um prejuízo somado de cerca de 7 mil milhões com a crise casamenteira, tudo se resolveu para já, pelo menos até se pagar a dívida contraída com as inerências do casamento, tal é a irrevogável vontade de poder de um e outro, sujeitando-se o primeiro às vontades do segundo com as exigências do velho patriarca.

A população exposta a este lamentável espectáculo assiste a um cônjuge “chifrado” mas a ganhar poderes perante o outro e a tornar-se governanta geral, tudo isto porque o patriarca quer a salvação do casamento, mantendo os seus interesses nos investimentos e negócios, mesmo que para isso seja necessário amantizarem-se com mais alguém, numa espécie de “menage à trois”, mantendo-se os interesses da família e não permitindo concorrência de outros que já espreitam, e até lá ganhar tempo para restabelecer as parcerias de interesses agora abalados.

Vamos ver o que acontece, se vamos ter um bordel político, para salvar algumas paranóias e cautelas do patriarca, ou o povo vai pedir um Tribunal que condene pelo sufrágio este casamento promíscuo, que muito prejuízo já deu a tantas famílias onde já causou verdadeiros divórcios e vitimas de violência doméstica, dentro de sérios casamentos por causa destes arranjinhos e casamentos de interesse em nome de uma salvação que já ninguém entende depois de tantos sacrifícios.