quarta-feira, 20 de julho de 2011

O que é uma Agência de Rating?

Uma Agência de Rating é uma espécie de Regedor lá na aldeia.

O padeiro só fia o pão em quem confia. Se não for de confiança e tiver fama de caloteiro o outro passa fome ou vive a pedir.

Mas como por norma lá na aldeia as pessoas têm dignidade e sempre se tem umas oliveiras, uma vinha, ou coisa assim e o padeiro sabe que logo que ele apanhar o azeite a primeira coisa que faz é ir correr pagar a divida, por vergonha.

Mas vieram uns anos que a coisa correu mal para a agricultura, a seca não deu azeite! e vinho “qu’é dele!” E assim se vive à mingua, sempre no fio da navalha.

O regedor que é amigo e conselheiro do padeiro, e sabe de agricultura e de toda a gente, foi-o avisando que a quem ele anda a fiar, já têm uma conta enorme no merceeiro, que já começou e ter medo de fiar e até já lhe cortou na venda de guloseimas e coisas supérfluas, quase só fiando arroz e massas e coisas mesmo necessárias.

Entretanto no talho o pobre agricultor já nem lá entra, tal é já o calote.

Assim o Regedor, vai avisando o padeiro que se ponha a pau, com o possível cão.

O padeiro aí percebe que corre o risco de ficar a “berrar” com o calote pois o vinho e o azeite de sobra, já não estão a dar para pagar nos outros credores. Agradece ao Regedor e até lhe oferece umas bôlas de azeite, para de certa forma agradecer o aviso.

O Regedor arranjou ali um grande amigo, pois ele até é uma pessoa muito importante lá na aldeia e influente além de que dá bons conselhos.

O Regedor ao ver que a coisa corre para o lado dele, vai procurar mais informação sobre a desgraça do pobre agricultor. E descobre que afinal ele já anda a levar as galinhas que cria ao merceeiro para trocar por comida, pois de outra forma o outro já não fia mais nada.

Agora o pobre além de já quase não ter galinhas, fica sem ovos para comer e já come as batatas só com  couves lá da horta e azeite que ainda resta. E enquanto houver galinhas para trocar vai-lhas entregando por uns pacotes de massa e arroz.

O padeiro ao ser informado pelo regedor apressou-se logo a fazer o mesmo e em troca de pão o pobre entregou-lhe o ultimo almude de azeite que ainda tinha.

Assim a passos largos a familia do pobre agricultor caminha para a fome e miséria quando já não tiver mais nada para trocar.

Será que vai hipotecar o vinho e o azeite que ainda tem para apanhar, apesar de ser uma colheita fraquinha? Vai mesmo ficar sem nada este desgraçado e acabará por ficar a mendigar por aí.

É isto que espera a Portugal, vão fugir todos de nós com o medo do calote.

Acho que a maior culpa é do Regedor que assustou os outros e eles com medo… acautelaram-se e deixaram de vender sem fiar às cegas. Mas também já não vendem nem mercearia nem pão e parece que há mais agricultores a ficar assim!
Será que os comerciantes vão fechar a porta, sem clientes? Irá ficar tudo pobre?

Acho que o do talho vai ser o primeiro, já só lá compram aparas a fingir que é para os cães.

Vai virar tudo "lixo"?

Já agora sabem qual era a figura do Regedor no antigo regime?

segunda-feira, 18 de julho de 2011

DA DÍVIDA DA GRÉCIA AO CAOS

A reunião marcada, segundo a Angela Merkel, só acontecerá quando houver certezas. Portanto assim que estiver tudo acertado relativamente à crise Grega, avança a reunião.

Que sairá dali?

O que no essencial me parece é que este tempo todo de demora na solução foi o tempo suficiente para aqueles bancos que estavam carregados de divida grega, se livrarem em boa parte dela a fim de evitar maiores perdas, sendo depois ajudados pelo BCE e pelos governos de cada país, a fim de suportar as perdas sofridas, se não eles manipulando ameaçarão falir e criar o caos no mercado, coisa assustadora demais para poder ser aceite,
Entretanto neste espaço de tempo em que se livraram das obrigações gregas, outros aproveitaram para comprar essa dívida a forte desconto apostando ou sabendo que a Europa não vai deixar cair a Grécia sobre pena de descalabro da EU e do Euro, pelo que ao comprarem a dívida com a imparidade causada, estão a fazer chorudos negócios e a construir verdadeiras fortunas à conta da desgraça dos planos de austeridade sofrida pelo povo. À priori é assim que pensam.
Em suma ficam a ganhar os bancos que serão financiados e reforçados com garantias do estado e ganham os especuladores que compram dívida grega “a preço da uva mijona ”.
Quem paga é o povo grego, seremos nós a seguir e será a maior parte dos países periféricos da Europa visto que a Alemanha, França, Holanda e outros acabam é por ganhar nos juros que nos cobram. Contas feitas os países com deficit orçamental e dívida elevada é que sofrem.
Mas há quem não enxergue e se vire só para a Moody’s, que de resto é bem culpada, pelas avaliações que nos fazem baixando o rating e desta forma impedindo o financiamento a juros aceitáveis por forma a recuperar. A extrangulação do euro usando-nos a nós os desgraçados.

Com a situação de momento resolvida, ao que parece com a criação de uma Taxa Bancária segundo se fala (que acabaremos nós por pagar em fim de linha), os mercados bolsistas disparam no mês de Agosto como convém (é costume para enganar distraidos) e depois a partir de Setembro começa a descida para o caos. Mas lá para Outubro veremos o desenrolar.

Quanto às euro-bond´s claro que a ideia não singra, pois não estão a imaginar a EU emitir obrigações em conjunto e depois “pagarem todos por um”. Eles não são parvos!

Entretanto a China começa a derrapar com sinais de inflação (para começar) e os EUA estão à beira de entrar em Default, o que não acredito. Acredito mais o perigo das Quantitative Easing que já vai no plano II mas a precisar urgentemente do III, que é nem mais nem menos, continuação da inundação de grandes quantidades de dólares no mercado para tentar segurar a crise que já está novamente em recessão técnica acerca de mês e meio, ameaçando toda a economia e estabilidade mundial e ninguém refere. O chamado W (double dip que é uma treta), pois será mais um Y.

Conclusão, a crise de 2008 dizem muitos que se repete. Ela não se repete, só deu um sinal! Não foi resolvida sequer e foi uma amostra do que aí vem, porque agora é que começa a ser a sério.

Vamos esperar pelo 2012.

Esta gente não entende! O capital só funciona com dinheiro nas mãos de quem trabalha, mas em vez de dar nos ordenados emprestaram através dos bancos, endividando as pessoas só precipitaram mais o seu fim. Isto tinha que acontecer.

Outra coisa que o mundo só vai entender agora, é que andámos anos e anos a viver e a crescer à conta dos países mais pobres (usurpando-lhes a sua riqueza) e agora vamos pagar-lhes a factura devido ao fosso criado.

Mas calma que a maior parte deles também serão agarrados quando isto implodir, pois estão a investir e especular nas dívidas ocidentais essencialmente os países asiáticos.

Pois a crise geral será inevitável, está tudo entrelaçado.

Começando na bancária devido à falta de crédito externo que estrangulará as nossas economias por falta de dinheiro.

Haverá a falência por dívidas das muitas famílias e empresas e portanto o caos devido ao incumprimento.

Os produtos de 1ª necessidade dispararão assim como petróleo, trigo, etc, elevando a inflação a números insuportáveis.

O  dinheiro a existir de nada valerá.

O proteccionismo e barreiras alfandegárias aumentarão.

Ordenados por receber ou reduzidos ao máximo.

A imposição de medidas drásticas a nível fiscal e circulação monetária.

A necessária privatização da banca, com uma fase de emissão de nova moeda (o velho escudo, etc) com sucessivas desvalorizações e descrédito.

O crescimento perigoso de ideais nacionalistas que até defenderão as nacionalizações de sectores chave da economia.

A aplicação do ouro nos fundamentais da moeda recuando ao valor fiduciário e a discussão à volta de uma moeda única mundial como possivel solução.

A falta de crédito e desconfiança dos países exportadores que imporá grande restrição a certos produtos, só vendendo com dinheiro à vista.

Muita gente sem trabalho e ter que se voltar novamente para a terra se quiser sobreviver, etc.

Cada país no “salve-se quem puder”, devido à pressão dos eleitores, deixando cair o Euro.

Claro que ainda não falando da crise americana que é mais assustadora e parece ser tabú.

  Por isso “Nostradamus” dizia nas suas profecias, que haverá um tempo em que só o ouro valerá, que a erva crescerá nas grandes cidades e a fome arrancará as raizes à terra. Mas diz muitas mais coisas que um dia tentaremos entender, como a guerra que se adivinha.


Para já deixo a análise e interpretação económica funcionar.

Desculpem se me alonguei mas entusiasmo-me com a escrita e a leitura torna-se enfadonha.


"Aquele que não prevê as coisas longínquas expõe-se a desgraças próximas."
Confúcio

terça-feira, 12 de julho de 2011

DO MILAGRE DAS ROSAS AO MILAGRE DOS LARANJAS








"São rosas meu senhor são rosas!"
Ainda se lembra do milagre das rosas da Rainha Santa Isabel?
Quando El Rei D. Dinis lhe perguntou que levava escondido por baixo do manto, ela respondeu que eram rosas. Pois andava a distribuir pão aos pobres e ele temia que lhe fizesse gastos quando lhe faziam falta. Ela mostrou-lhe o regaço e o pão transformou-se em rosas. Esse é o milagre conhecido na nossa história de Portugal. Pois o Rei “lavrador” precisava de dinheiro para o inicio da indústria naval e dos descobrimentos e não se podia esbanjar dinheiro com pobres. Foi por isso que mandou construir o Pinhal de Leiria, lembram-se?
Será que alguém vai perguntar a Passos Coelho se vai ele dar esmolas aos pobres? Ou se vai fazer milagres?
Milagres não faz, só se o milagre da subtracção, nos impostos como o do subsídio de natal. Agora que vai dar esmolas aos pobres vai, já o disse e consta no programa do governo! Cortar nos vários subsídios e depois dedicar-se à caridade, para o povo se sentir eternamente agradecido. Estende a mão à caridade e se calhar ainda recebe uma vénia e um beijo na mão como no tempo das dinastias. Apesar de eu achar que para isso Paulo Portas tinha mais jeito; Mas preferiu os negócios estrangeiros e desta forma foge lá para fora onde não verá a miséria que vai por cá e assim ignorar a realidade e alimentar a ideia de ser um dia Primeiro-Ministro, visto não se ter querido chamuscar em nenhum ministério polémico e desta forma eliminar os seus potenciais concorrente no interior do partido e assim manter-se o politico com mais tempo nestas andanças, com as velhas promessas mas sem nada cumprido.

Cada politico gosta de fazer obras na sua época (a não ser a venda ao desbarato do que resta do País), Passos e Portas já não vão a tempo de fazer acções emblemáticas, como fez Cavaco Silva no Centro Cultural de Belém, à semelhança do D. João V o "Magnânimo", com grandes construções como Convento de Mafra e Aqueduto das Águas Livres.


Um com o ouro e diamantes das colónias e outro com o dinheiro da União Europeia, cada um à sua maneira delapidaram o erário público com derrapagens e exageros sucessivos que levaram o País a uma grave crise económica.


É isto que ficará na nossa história. Falta saber quem será o novo Marquês de Pombal para endireitar novamente isto.
O D. João V desbaratou o ouro das colónias em festanças, luxos e embaixadas exuberantes. Já Cavaco Silva, enquanto Primeiro-Ministro foi o responsável do desaparecimento de várias toneladas de ouro do Banco de Portugal que terão sido negligentemente aplicadas numa empresa americana falida, ficando o País a arder sem o ouro ali colocado. Mas não satisfeito ainda ajudou a criar o BPN. E nada! Estava tudo deslumbrado com as auto-estradas e os dinheiros de CEE de então, que ainda o levaram a Presidente.


O Rei era absolutista e não reunia as cortes sequer! O Presidente não faz falta nenhuma, e fica caro ao País.
Mas nessa altura só gastava quem tinha. Fizeram-se palacetes e solares por todo o lado. Nestes tempos os amigos do governo criaram bancos e hotéis. Os pobres tiveram acesso ao crédito fácil para sua desgraça e sonharam que um dia podiam ser ricos e vão acabar na miséria.


Tenho esperança que quando Passos Coelho vir as filas intermináveis e menos envergonhadas, nas instituições de caridade como as Uniões de Misericórdia e Caritas ainda se lembre de criar uma lei para perseguir os corruptos e enriquecimentos ilícitos.
Mas isso quando eles já andarem amedrontados e vergonhosamente disfarçados de pobres e a lei já não os puder agarrar de prescrição.
Até lá ainda nos vão tirar tudo e mais alguma coisa que se lembrem.
Nesse altura vestirão a pele do cordeiro até tudo acalmar de novo.
É sempre assim.

domingo, 10 de julho de 2011

A porca da Moody's



Sabemos que um Euro forte tira o domínio aos EUA, que aquilo que neste momento sabe fazer é guerras para criar instabilidades, vendendo depois as armas e exportando Dólares e dívida pública para lhes comprarem essas armas. Um círculo vicioso.
Sabemos que as guerras no médio oriente se fizeram também por causa do Euro que ameaçava o domínio da moeda americana essencialmente na troca de petróleo com a Europa.
Sabemos também que a crise do sub-prime, não recompõe a economia americana e mais que isso, abalou essencialmente países europeus enganados com produtos financeiros “gato por lebre”, acarretando muitos prejuízos na Europa.
Também sabemos que estrategicamente se os EUA tentam recompor-se à custa de esquemas especulativos e ataques sucessivos a países mais vulneráveis da Europa de forma a destruir a zona euro e fazer também a Europa pagar os prejuízos das guerras americanas como no Iraque e Afeganistão.
Há quem diga que é a vingança americana sobre a Europa. Eu acredito mais que este modelo económico está a estrangular-se e que todos os movimentos que se façam a favor ou contra seja quem for só acelera esse processo.
Agora acusar a Moody´s da culpa disto tudo que nos está a acontecer? Que somos lixo!
Esta agência apenas é um dos muitos instrumentos americanos que controlam o sistema, tentando governar-se num salve-se quem puder.
E quando nos avaliaram a níveis elevados e faziam referencia às suas avaliações de muito credibilizadas e que tínhamos que aprender como funcionavam essas empresas, num blá, blá blá.
As agências de rating trabalham em função de expectativas económicas, fazendo claro, outlook’s e analises dando tendências aos mercados. São uma espécie de farol, muitas vezes cheios trapaças e engodos onde os pequenos acabam por cair com avultadas perdas.
Já a congénere Standard & poor's, afastou-se da posição da Moody’s, porque não quer sofrer das mesmas represálias e beneficiar com isto tudo, conquistando mais mercado, mesmo correndo o risco de fazer más avaliações.

As agências de rating ao mesmo tempo que aconselham não podem fazer avaliações, previsões e certificações, porque isso é altamente promíscuo. Uma agência de notação financeira ou rating, ser investidora e ao mesmo tempo certificar o rating num negócio em que está envolvida, logo perde a credibilidade.
Mas só viram isso agora?
Estas agências foram responsáveis pelas falsas avaliações nos EUA em empresas como a ”Enron” na crise de 2001 ou em 2008 na crise do subprime como a Lehman and brother.
Agora querem criar uma nova agências europeia! Para quê? Para que digam o que eles querem? Afinal somos todos iguais? O melhor é acabar com elas todas!

Estas empresas ao avaliarem os activos europeus em baixo sustentam o dólar e a economia americana destruindo a europeia e descredibilizando o euro.
Bem, eles já ameaçaram os americanos de lhe baixar o rating, vamos ver! Já ontem era tarde.



Depois temos os especuladores financeiros e os hedge funds que estão ligados a tudo isto e recebem informações privilegiadas através de canais corrompidos, fazendo fortunas à custa destas agências de rating e assim se destrói se for necessário um País ou uma empresa ou vice-versa.
É sabido também que a forma como está escalonada a divida portuguesa não é previsível conseguir-se pagar, por isso ela devia ser renegociada antes que aconteça a desgraça como na Grécia e depois veremos que afinal a Mody’s tinha razão.
A agravar tudo isto apesar do aperto de cinto, a nossa economia estará sempre em défices orçamentais sucessivos por isso nunca terão salvação. Sabíamos que com deficits sempre a aumentar acabaria por dar nisto, mas agora com juros tão altos acabamos por ruir mais depressa.
Deu-se o fenómeno da globalização, onde as desigualdades tão evidentes o fizeram acontecer. É lógico que se torna impossível competir com a mão-de-obra como a chinesa e sua moeda, quando por cima temos grandes diferenças a nível de direitos laborais. Só pode dar em perdas e muitas infelizmente!
Como é possível também no mundo ocidental gerir empresas que a cada trimestre se tem que apresentar resultados sempre melhores que os anteriores. Claro está que à custa do trabalhador, das deslocalização, do comprador e à custa de benefícios fiscais, que acabam por sobrecarregar em impostos a quem trabalha, mirrando mais a economia numa espiral sem fim.
Agora chamam-lhe aves de rapina, mas o capital não é assim que funciona? Ou querem agora pô-lo em causa, depois de tanto o apregoarem?
Foi em nome disto que os mercados cresceram e acreditaram, a liberalização da economia.


Criaram e alimentaram o monstro que agora os engole.


Ou melhor; A porca fartou-se de dar bácoros e agora que a teta secou… esses porcalhões querem matar a mãe! Ainda acabam por morrem todos.
Ai morrem, morrem! Mas ainda vai haver muita porca para morrer, vão ver a matança que para aí vem!

segunda-feira, 4 de julho de 2011

José António Saraiva, o Marciano!






É Sabido que avistaram óvnis por Inglaterra a semana passada, mas o verdadeiro marciano foi deixado aqui. E ocupou um lugar de destaque na sociedade portuguesa. Ele como muitos comentadores de “interesses” o director do Jornal “Sol” é um como sempre achei que devia ser, de outro mundo. Agora entendo a razão do nome do jornal, mas se calhar é o outro Sol, o Sol de Marte? Quem sabe!
Diz angelicalmente no jornal do qual é director e convido desde já a ler, não vão pensar que eu é que sou doutro planeta, em, http://sol.sapo.pt/inicio/Opiniao/interior.aspx?content_id=22108&opiniao=Pol%EDtica%20a%20S%E9rio.

Os pobres não podem mais ser sobrecarregados”, mas continuam a ser e ele não vê isso nas medidas dos sucessivos governos. “Tem de ser pois a classe média a pagar a crise.” -Mas essa classe ainda existe?
As empresas têm de ser aliviadas, porque criam emprego” -Concordo mas que não “puxe a brasa à sua sardinha”.



A esquerda está sempre a falar nas grandes fortunas, na banca, nos lucros das grandes empresas – como se aí estivesse a salvação do país.” -A salvação do País afinal está na aplicação de impostos a quem já não pode mais que são os pobres trabalhadores?



Os patrões já não são aqueles seres ignóbeis e gordos que apareciam nas caricaturas e que só se preocupavam em encher os bolsos e enriquecer à custa do trabalho dos explorados.” -Ora aqui está uma afronta a quem trabalha, que sabe o que mudou, foi que agora os patrões são frequentadores de “health club’s” e se preocupam essencialmente com a aparência além de fazer fortuna em “offshores”, são na sua essência corruptos.
Esse tempo, se chegou a existir, passou”; Mais um que daqui a pouco está a dizer que o Holocausto não existiu.



Os empresários são quase sempre pessoas que subiram a pulso, que trabalharam no duro, que tiveram a coragem de arriscar e investir, que criam emprego, que sofrem quando se aproxima o dia de pagar aos trabalhadores e aos fornecedores.” -Pois, recebem apoios e subsídios ao investimento dos amigos do Governo, que exploram o dito “colaborador” até ao tutano, fecham empresas sem querer saber se os trabalhadores têm dinheiro para comer e fogem como toupeiras. Ai sofrem… sofrem! eu até já vi o Belmiro e o Amorim a chorar, coitados! Mas se calhar foi dor de pulso por tantos murros nas secretárias a mandar cortar nos empregos que é o que eles querem; mão-de-obra barata e lucros fabulosos.
É esta gente que cria riqueza” -Nós vemos isso, pena é que não nos toque nada aos pobres!



Significa isto que, quanto mais lucros as empresas tiverem, mais rendimentos terá o Estado. Mas para as empresas terem lucros terão de ser aliviadas de diversos encargos. O que uma empresa paga hoje por um trabalhador, além do que este recebe, é uma enormidade. Para o leitor ter uma ideia, numa empresa como o SOL, por cada empregado que leva para casa 1.390 euros, a empresa tem de desembolsar 2.300. Ora, com este regime, quem é que quer investir e contratar gente?”
-Falavam em vinda da “Besta” e seus acólitos, será este um deles? Ou é só mais um a pensar à patrão, que só vê o lucro e se está nas tintas para o Estado e seus deveres sociais?



facilitar a vida aos que investem.” -Pois não podia ser outro pensamento o desta criatura.
Sucede que na classe média há muita gente que pode gastar metade do dinheiro que hoje gasta e fazer quase a mesma vida.” -Sim se não estivessem com a corda na garganta com os juros das dívidas a subir.



-Olhem só o que por aí vem mais a seguir.
Na classe média esbanjam-se dinheiro e recursos de uma forma às vezes chocante. Nos restaurantes desperdiça-se comida.” -Quais restaurantes? A classe média já só vai aos centros comerciais onde há "fast food" e pratos a €5 para fingir que vão almoçar fora. O resto vai às misericórdias e à caritas mendigar comida.
Nos mais pequenos pormenores é possível poupar. Um dia destes, com o café, trouxeram-me um pacote de açúcar branco, outro de açúcar escuro, outro de adoçante e um pau de canela! Eu só usei parte de um dos pacotes de açúcar e tudo o resto foi para o lixo.” -Isso pensa ele, que vai para o lixo, pergunte a quem lá trabalha? Pois ele não fala com essa gente! Nem disse quanto pagou pelo café assim servido.



Ainda no campo da alimentação, mas noutra vertente, há que dizer que em muitos casos não existe motivo para consumir produtos estrangeiros, pois há produtos nacionais equivalentes. Por que se bebe água Vittel, Vichy ou Voss, e não água do Luso, do Vimeiro, das Pedras ou do Castelo?” -Mais um patriota a pensar que nos supermercados que ele não frequenta se compram produtos nacionais. Vá ver os rótulos! Vem tudo de fora porque é mais barato. Que os produtos nacionais já são considerados produtos “gourmet” de alta selecção e só para os ricos que é quem pode. Os pobres comem produtos cheios de insecticidas, fosfatos e venenos, criados à força e sem qualidade nenhuma que só arranjam doenças”. Vittel, Vichy ou Voss”, mas isto è água? Nunca ouvi falar! Eu não digo que é Marciano? Eu nem agua do “Luso” bebo que é cara. Ele deve pensar que os portugueses não bebem água da torneira carregada de cloro, claro está! Santo Senhor.

“É possível beber um óptimo vinho português cinco vezes mais barato do que um vinho francês. E nas ocasiões festivas por que não optar por um honesto espumante Raposeira ou Cabriz em vez de champanhe Cristal ou Moët & Chandon?” -Deste ultimo já ouvi falar, agora beber bebo vinho em “pack” que é barato e quando posso.
E nos vícios como o tabaco…” -Deixei de gastar dinheiro nisso que foi o melhor remédio, o dinheiro não estica.



Finalmente, quando vamos ao supermercado ou à praça, há que ter em mente que sai mais barato e é mais saudável comprar legumes e fruta de origem nacional, e na respectiva época, do que produtos estrangeiros.” -Lá está ele! já alguma vez foi ao supermercado ver como é fazer compras? Se foi, não deve ter sido nestes últimos tempos com tudo a aumentar e se foi, foi ao supermercado do “el corte inglês” que dizem que aí há muita variedade, mas tudo caro! Para ricos.
“Estes princípios aplicam-se também ao vestuário. Se em lugar de um fato Hugo Boss ou Armani comprarmos um Dielmar ou Do Homem, ficaremos igualmente bem servidos e o preço será metade ou um terço". -"Dielmar" é mais barato? Mas um colega meu diz que a mãe dele trabalha lá e que por sinal ganha o ordenado mínimo, mas que os fatos custam quase mil euros, quanto custarão os "Armani" então? Não nego que já comprei um fatito ou dois mas é marca “in extenso” do Hipermercado que me fica pelos módicos 60 a 70 euros e já é uma festa, além de achar que faço um figurão, quando tem que ser.



“80 contos”, -Custaram-lhe uns sapatos no tempo do escudo? Uns três meses de ordenado mínimo nessa altura! E depois comia sapatos? Como digo, é Marciano!
“não fazer férias no estrangeiro, evitando ainda por cima aqueles horríveis tempos mortos nos aeroportos e o risco da perda de bagagens. Faça férias cá dentro” -Pois se tiver um irmão ou um tio em Lisboa aproveito para fazer férias, aliás foi assim que vim a 1ª vez a Lisboa. Para casa da minha irmã. Ainda me lembro da água fria que eu não contava nem as ondas e marés que eu não conhecia. Na coragem de tentar entrar na frieza da água, demorei muito e quando voltei as ondas tinham-me arrastado a toalha e a roupita. Inocências de um provinciano que nunca tinha visto o mar. Mas ainda há por aí muitos por esse interior que nunca viram o mar nem sabem o que é férias mas vão pagar esta crise sem nunca terem andado de avião.

“A propósito de carro, por que não escolher sempre um modelo abaixo daquele que ‘normalmente’ iríamos comprar. Em vez de um Mercedes E, um Mercedes C; em vez de um Audi 6, um Audi 4;” -Esta tem piada, nem merece comentários ao Marciano, porque é uma afronta.



“Se formos para o hotel, por que não experimentar um de três ou quatro estrelas em vez de escolher às cegas um de cinco?” -Oh senhor, abra os olhos para a realidade, seu cegueta! Nem sabíamos usar essas mariquices, nós não sabemos o que é o luxo!
“E, se teimarmos em ir de avião, não custará nada viajar em turística em vez de 1.ª ou Executiva, pelo menos nos voos de duração inferior a três horas. Chega-se ao mesmo tempo e paga-se metade.” -Eheheh, um verdadeiro tratado de riso este artigo, perdoem-me a onomatopeia.
E por aí continua mas já sabe que pode ir ao link e aproveitar para se rir e esquecer dívidas e desgraças com este artigo patético, que manda poupar em muita coisa mas não manda poupar no seu pasquim, que nós pobres não temos dinheiro para comprar.
Bem haja quem se lembrou de alertar sobre isto senão não tinha lido tamanha barbaridade intelectual.
Como é possível tanta bacorada junta, definitivamente ele não é deste mundo.
Parece que este senhor não sabe que a classe média já não existe em Portugal. Tenha juízo e venha um dia dar uma volta comigo que eu mostro-lhe a realidade do nosso País e não brinque à classe média que isso já é uma miragem.


-E o artigo dele termina assim "Como vê, a crise pode contribuir para vivermos melhor – com menos. Não é necessariamente um problema – é uma grande oportunidade para mudarmos alguns hábitos." -A crise não é um problema é uma oportunidade para vivermos melhor? Afinal viva a crise e a fome segundo o Marciano! Até é melhor...


Vá ler sff