domingo, 10 de julho de 2011

A porca da Moody's



Sabemos que um Euro forte tira o domínio aos EUA, que aquilo que neste momento sabe fazer é guerras para criar instabilidades, vendendo depois as armas e exportando Dólares e dívida pública para lhes comprarem essas armas. Um círculo vicioso.
Sabemos que as guerras no médio oriente se fizeram também por causa do Euro que ameaçava o domínio da moeda americana essencialmente na troca de petróleo com a Europa.
Sabemos também que a crise do sub-prime, não recompõe a economia americana e mais que isso, abalou essencialmente países europeus enganados com produtos financeiros “gato por lebre”, acarretando muitos prejuízos na Europa.
Também sabemos que estrategicamente se os EUA tentam recompor-se à custa de esquemas especulativos e ataques sucessivos a países mais vulneráveis da Europa de forma a destruir a zona euro e fazer também a Europa pagar os prejuízos das guerras americanas como no Iraque e Afeganistão.
Há quem diga que é a vingança americana sobre a Europa. Eu acredito mais que este modelo económico está a estrangular-se e que todos os movimentos que se façam a favor ou contra seja quem for só acelera esse processo.
Agora acusar a Moody´s da culpa disto tudo que nos está a acontecer? Que somos lixo!
Esta agência apenas é um dos muitos instrumentos americanos que controlam o sistema, tentando governar-se num salve-se quem puder.
E quando nos avaliaram a níveis elevados e faziam referencia às suas avaliações de muito credibilizadas e que tínhamos que aprender como funcionavam essas empresas, num blá, blá blá.
As agências de rating trabalham em função de expectativas económicas, fazendo claro, outlook’s e analises dando tendências aos mercados. São uma espécie de farol, muitas vezes cheios trapaças e engodos onde os pequenos acabam por cair com avultadas perdas.
Já a congénere Standard & poor's, afastou-se da posição da Moody’s, porque não quer sofrer das mesmas represálias e beneficiar com isto tudo, conquistando mais mercado, mesmo correndo o risco de fazer más avaliações.

As agências de rating ao mesmo tempo que aconselham não podem fazer avaliações, previsões e certificações, porque isso é altamente promíscuo. Uma agência de notação financeira ou rating, ser investidora e ao mesmo tempo certificar o rating num negócio em que está envolvida, logo perde a credibilidade.
Mas só viram isso agora?
Estas agências foram responsáveis pelas falsas avaliações nos EUA em empresas como a ”Enron” na crise de 2001 ou em 2008 na crise do subprime como a Lehman and brother.
Agora querem criar uma nova agências europeia! Para quê? Para que digam o que eles querem? Afinal somos todos iguais? O melhor é acabar com elas todas!

Estas empresas ao avaliarem os activos europeus em baixo sustentam o dólar e a economia americana destruindo a europeia e descredibilizando o euro.
Bem, eles já ameaçaram os americanos de lhe baixar o rating, vamos ver! Já ontem era tarde.



Depois temos os especuladores financeiros e os hedge funds que estão ligados a tudo isto e recebem informações privilegiadas através de canais corrompidos, fazendo fortunas à custa destas agências de rating e assim se destrói se for necessário um País ou uma empresa ou vice-versa.
É sabido também que a forma como está escalonada a divida portuguesa não é previsível conseguir-se pagar, por isso ela devia ser renegociada antes que aconteça a desgraça como na Grécia e depois veremos que afinal a Mody’s tinha razão.
A agravar tudo isto apesar do aperto de cinto, a nossa economia estará sempre em défices orçamentais sucessivos por isso nunca terão salvação. Sabíamos que com deficits sempre a aumentar acabaria por dar nisto, mas agora com juros tão altos acabamos por ruir mais depressa.
Deu-se o fenómeno da globalização, onde as desigualdades tão evidentes o fizeram acontecer. É lógico que se torna impossível competir com a mão-de-obra como a chinesa e sua moeda, quando por cima temos grandes diferenças a nível de direitos laborais. Só pode dar em perdas e muitas infelizmente!
Como é possível também no mundo ocidental gerir empresas que a cada trimestre se tem que apresentar resultados sempre melhores que os anteriores. Claro está que à custa do trabalhador, das deslocalização, do comprador e à custa de benefícios fiscais, que acabam por sobrecarregar em impostos a quem trabalha, mirrando mais a economia numa espiral sem fim.
Agora chamam-lhe aves de rapina, mas o capital não é assim que funciona? Ou querem agora pô-lo em causa, depois de tanto o apregoarem?
Foi em nome disto que os mercados cresceram e acreditaram, a liberalização da economia.


Criaram e alimentaram o monstro que agora os engole.


Ou melhor; A porca fartou-se de dar bácoros e agora que a teta secou… esses porcalhões querem matar a mãe! Ainda acabam por morrem todos.
Ai morrem, morrem! Mas ainda vai haver muita porca para morrer, vão ver a matança que para aí vem!

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