terça-feira, 18 de dezembro de 2012

FIM DO MUNDO A 21 DEZEMBRO 2012?



Conhecendo a teoria do calendário Maia, uma em cada sete pessoas receia que o mundo acabe nesse dia. Outros pensam que pode não finalizar, mas alguma coisa pode acontecer aí, e pelo sim pelo não o melhor é estar prevenido.
Eu sinceramente estou convencido que tudo continuará mais ou menos igual, mas nada garanto a mim mesmo. Assumo que estou expectante. Mas expectante já estou há alguns tempos, pois até em previsões que outrora aqui fiz, alertei que as desgraças e as catástrofes naturais eram para continuar. O que é certo é que continuaram e agravaram-se. Portanto é de aceitar que estaremos numa fase de fim de ciclo em que a NASA não pode negar. Agora o que acontecerá? Acho que nada de especial! Talvez a inversão dos pólos pelo menos do sol é certo, devido ao alinhamento, mas de resto sinceramente acho que tudo continuará na mesma.
Claro está que tudo isto tem sempre uma dose pessoal indissociável, mas fui pedir ajuda às minhas cartas e eis o que interpretei no essencial:

  A assunção de uma maior consciência planetária, com um grande salto no plano espiritual, quer individualmente quer associados a grupos, onde acabamos por fazer parte de um todo, o tal uno a que pertencemos fazendo deste modo elevar a consciência da terra a um outro nível superior, no qual vamos agora entrar.
E neste momento por a situação politica e social se apresentar confusa, esta nova rede a que estamos ligados com a ajuda também das novas tecnologias, desperta-nos para a reflexão que nos dará a capacidade sensorial necessária para a tomada de consciência.
Por o mundo se encontrar de pernas para o ar, teremos de despertar as consciências e expulsar todas as ilusões e expectativas que nos criaram e continuam a criar. Teremos de perceber de uma vez por todas que nos andaram a iludir e continuam a enganar, e perceber que este modelo de sociedade já não serve, tendo que corrigir os erros do sistema e encontrar um modelo mais justo.
Este é o momento do acordar para a reflexão que se impõe.
É a oportunidade da aparição de novos pensamentos, ideais, de uma nova intelectualidade.

Porque se atingiu o limite do tolerável, por parte das pessoas, da falta de valores, onde passaram a imperar a ganância a cobiça a inveja e o desprezo pelo próximo e pela natureza, que nos empurrou para a desgraça em que vivemos, cada vez pior e que nos transforma a vida num tormento, quando o que se devia impor era a alegria, o amor, a felicidade e acima de tudo a solidariedade.
Tudo isto que nos está a acontecer é muito negativo, viver em plena imoralidade e inversão de valores, onde o dinheiro se sobrepõe a tudo e cada um apenas conta como número e que os vários números interessam como negócios corruptos e lucrativos.
As pessoas começam a aperceber-se disso e interrogam-se, mas a maioria não reage. Embrenhadas numa apatia displicente, nada fazendo para alterar o estado de coisas, como que embebedadas por um sistema que só lhe criou ilusões e sonhos, segurando-os no comodismo, convencidos que a sua participação na mudança não é necessário e delegando nos serviçais do poder económico, que os iludem a cada eleição ou crise por que passam. E assim continuam numa alienação da própria consciência como se estivessem dopados.
Mas as pessoas vão ter que encontrar novamente o seu destino como povos e humanidade e saírem desta apatia hipnótica, senão todas as politicas tomadas pelos que capturam os nossos destinos farão de nós escravos das suas intenções.
Por isso este é o momento de reagir veementemente a toda este sofrimento, obrigando-nos a cada vez mais sacrifícios, quando o valor mais alto para eles e a quem servem, é o dinheiro e o lucro fácil.
Este é o momento que temos que perceber que este modelo social acabou. Que é o fim de um ciclo na história da humanidade e que o 21 de Dezembro de 2012, é o que verdadeiramente significa. Uma linha que marca a mudança. Um ciclo que se fecha, mas um novo ciclo que começa e que o devemos encarar como uma esperança para o futuro mesmo que longínquo ainda para a humanidade.
Eles andam às voltas a remediar o irremediável, mas não encontrarão solução, assim como nunca será solução, as soluções como a que encontraram que para evitar uma grande bacarrota que levava à falência dos bancos e seus accionistas e o fim de um sistema. Mas, acabaram por sustentar as excentricidades dos poderosos, suportando em nós contribuintes, arrastando-nos para a completa penosidade de condição social.
Por isso este é o momento dos povos reagirem numa unicidade de consciência elevada a uma nova dimensão e criando verdadeiras referencias de vida.
O solstício de inverno do dia 21 representa a viragem, que se sentirá ao longo das próximas gerações que nos cabe a nós iniciar. Uma nova era, contida num novo ciclo para a terra e para a humanidade, num uno a caminho de uma luz e de uma nova consciência planetária que saberemos elevar, com mais plenitude e maior harmonia.
Este é o momento de combater o que já não serve, o que nos conduziu à desgraça e que alguns teimam em manter, como os que nos governam e outros velhos do Restelo. Esses são o nosso entrave e é por eles que devemos começar.
Toda esta situação conduziu-nos à pobreza inaceitável, mas servirá como alavanca para um novo amanhecer nos nossos destinos, que marcará uma mudança que já começámos a vivenciar.
A partir de agora assistiremos a essa viragem.
Toda esta embrulhada terminará e a tomada de consciências dos vários povos por esse mundo fora eleva-se e tomam-se atitudes necessárias à mudança. O solstício de 21 de Dezembro, iniciará em termos de calendário um ciclo, e termina outro, mas não um fim para a humanidade. Significará um outro início porque este velho sistema está podre, e neste novo inicio novas perspectivas para a humanidade se abrirão.
Basta que sejamos determinados e que entendamos que é realmente necessário uma mudança séria. Porque este modelo está podre, essa é a razão da mudança, e foi isto que colhi na minha leitura.
Vamos ter fé.

Veja na integra as profecias Maias que vai valer a pena  em:

http://www.teoriasderua.blogspot.pt/2010/09/profecias-maias.html

21 dezembro 2012



 A subida da consciência colectiva desta nossa humanidade, levou a um salto quântico com as consciências das pessoas e voltarem-se para as questões espirituais.
Também relacionado com as questões do quotidiano ou as materiais, todos nós sabemos que temos vivido tempos de grandes transformações nos últimos tempos e após termos vivido estes cerca de últimos 20 anos, em espécie de período de euforia a nível financeiro, tudo agora se transformou e de um momento para o outro, entrámos num processo de penúria, por culpa de um sistema que nos permitiu superar mesmo até o espectável. E quando tudo parecia correr bem a desgraça bate-nos à porta e instalou-se assim uma grande depressão a que eles começaram por chamar crise do subprime, que é bem mais profunda do que parece.
E deparados com esta crise todos nós num colectivo de uma grande elevação de consciência, estaremos unidos para combater tamanha tentativa por parte do poder instituído, no sentido de nos empobrecer e de nos tornar mais subservientes e dependentes de uma certa autoridade imposta pelo poder, que quer aplicar regras da submissão.
 Este momento vivido é o tempo da transformação e do ganho de consciências colectivas. Esta nova ordem que o capital quer impor sobre nós, vai a partir desta crise que será a crise de mudança, em que todos mais unidos a uma nova dimensão de consciência mundial ligada a uma certa espiritualidade mental, que vai criar um grande conflito com o poder, em que necessariamente teremos que vencer para o tal salto quântico em que a humanidade se prepara par entrar numa nova era para a humanidade. 
Este sim conjuntamente com outros factores será o verdadeiro marco. A mudança que é um fim de uma era e que dará inicio a uma nova era, que se prepara para começar a ser vivida e na qual seremos os primeiros motores dessa transformação que se verificará neste novo ciclo da humanidade. Isto é efectivamente a evidência de um fim  e um novo ciclo que começa.
Este momento que iniciamos agora a partir de um marco que é o solstício de inverno do dia 21 de Dezembro é apenas o despertar das consciências mundiais, que devido a essa elevação dessa consciência  colectiva para a qual efectivamente as redes sociais tiveram um imenso contributo, que facilitou essa consciência e indignação contra este sistema financeiro que nos conduziu a um maior empobrecimento, mas que nos trouxe uma dinâmica de consciência contra o mal que um modelo económico social, praticamente falido mas que quer ressuscitar à conta de nos empurrar para um retrocesso esclavagista inaceitável para as consciências actuais. Esta forma selvagem da ganância e do lucro perdendo-se o respeito pelas pessoas, pelos países e pelos povos, levou a um empobrecimento global e a uma crise sem precedentes que é na essência a razão desta viragem a que chamamos fim de ciclo. O ciclo do despertar contra o sistema que acabou por se destruir querendo expiar a humanidade por causa desse monstro que nos engole a nós e a si próprio.
Bem haja esta nova era.

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

AS POLÉMICAS DA MANIFESTAÇÃO DE 14 NOVEMBRO

Quando após conhecimento do sucedido na Assembleia da República e visto aquelas imagens, muitos comentámos aquilo. Uma das coisas que me foi dito e perguntado a opinião, foi a demora de cerca de hora e meia da PSP para intervir e pôr termo aquela selvajaria. Eu respondi, que se demoraram esse tempo é porque algum trabalho estavam (PSP) a fazer. Pensava eu que no meio dessa gentalha estariam dissimulados profissionais com o intuito de fazer a respectiva recolha de informação. Pois comenta-se que existe na PSP e não só especialista para esses e outros fins. Portanto essa demora teria esse propósito de assinalar os desordeiros.

Mas pronto, isso passou e a maioria esmagadora elogiou a actuação da PSP e tudo parecia resolvido, apesar das contestações de que os desordeiros teriam acabado por encobrir as razões e objectivos de tamanha manifestação. O que é certo é que se acontecesse só a manifestação sem mais nada, ela já se tinha esquecido e assim mantêm-se na baila. Protestou-se que foi intencional, mas vejamos que a culpa além de muitas vezes ser das televisões ou mesmo de alguns governos que controlam a informação, eu penso que na essência o problema reside nas pessoas, que só ligam a revelações mediáticas e aparatosas esquecendo de ver na sua ignorância a essência do que os deve preocupar.

Mas voltando à carga, não a “carga policial” mas sim à força de expressão, tentei entender o que realmente se passou, já que no rescaldo muito se diz relativamente às imagens em bruto cedidas pela RTP e pedidas a outras televisões, que já levou à demissão do director de informação e vai levar a um inquérito para apurar resultados, esperando-se por mais desenvolvimentos.

Assim o que alcancei, foi que a PSP usou da devida prudência relativamente aos contestatários, que ali ficaram após a manifestação e que realmente foi louvável tal contenção, suportando no que as imagens relatam bem.

Uma potência controlada, administrando a situação, com bom senso, e intervindo por ser necessário evitar destruição e danos materiais na via pública e a terceiros, que se poderiam tornar mais graves se assim não se procedesse.

Deixaram-se guiar pela intuição, mas as imagens, estas sim as da polémica a tais em bruto, ajudam a analisar o que se passou e o que falhou quanto à actuação e comportamento dos contestatários e seu reconhecimento, assinalá-los e identificá-los. Porque falhou-se aí, e todos sabem das polémicas às detenções entre outras coisas.

Essas imagens que agora se falam que foram pedidas, tem a ver com a vontade de controlar e assinalar os contestatários ali presentes, para ter tudo nas mãos. Para que se tenha controlo e sucesso quanto a essa gente e saber quem são essencialmente.

Naturalmente que por aqui passa o sucesso das polícias, mas agora a pergunta que se coloca é! Não haverá um certo défice de princípios ou algum abuso de autoridade? Um contornar a legalidade instituída pela Constituição da República e demais leis do Estado e arriscarem-se a suportar uma vergonha, receber más notícias e sofrer desilusões? Tornarem-se o bode expiatório? Porque as pessoas vão querer saber disso!

Cada vez é mais difícil esconder as coisas e mal se faz, mais rápido se divulga o que se faz e sobressai logo o erro, esquecendo-se tudo o resto. Parece que foi o que aqui aconteceu e agora basta esperar pelas averiguações, porque isto vai ter responsáveis.

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Greve dos Estivadores

Diz o representante dos estivadores, que não recuaram nas conversações e para abdicar, mais vale tudo continuar como está. E assim continua este braço de ferro entre entidades e sindicatos. E o Governo de braços cruzados entre o sem saber o que fazer e o nada fazer, apesar de já se pedir a requisição civil.


Será que se fosse outro sindicato ligado a uma Central Sindical o Governo já teria feito alguma coisa?

Ora os vencimentos são chorudos destes senhores, ao que dizem são dos mais bem pagos no País, e contra eles pouco ou nada se diz a não ser, tentar e esperar a que se chegue a algum acordo. E entretanto a greve continua.

Consta-se que em tempos de reivindicação encontraram abrigo junto de um certo ministro, pertencente a um partido do governo Nessa altura conseguiram a troco de apoios e contrapartidas as regalias que possuem hoje. E como possivelmente esses laços ainda se mantêm, e nunca se sabe onde “há gato”, a greve "nem ata nem desata". E quem perde com isso são alguns empresários que precisam mesmo de exportar ou importar, dependendo da situação, enquanto estes senhores, uma meia dúzia de "gatos pingados", a forma de se tentarem fazer ouvir é juntarem-se a outras manifestações e irem à boleia, acabando na sua maioria por mostrar a sua ordinarice como a de baixar as calças na Assembleia da República.

Mas no meio disto, aquilo que mais me intriga é que realmente depois de tantas queixas dos empresários, é como o governo vai gerindo esta situação! Será que lhe dá um jeitão argumentarem que as exportações baixaram por causa da greve dos estivadores? Será que esse é o fundamento que vão continuar a usar? Será que os estivadores andam a fazer um jeito ao governo para disfarçar a grande queda nas exportações, que era a única bandeira deste governo que agora caiu?

Já parece uma greve combinada! Pelo menos, desculpas já tem para a crise, cada vez maior e sem solução.

Sendo assim viva a greve dos estivadores, e salve-se o governo.



sexta-feira, 19 de outubro de 2012

SINDICALISMO – HISTÓRIA E REFLEXÕES

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Em Inglaterra vivia-se o ano de 1640, quando Cromwel dirige a 1ª revolução burguesa, que aos poucos se instalou no poder e acumulando capital veio a formar a 1ª revolução industrial no Sec. XVIII. A partir daí o Capitalismo suplantou o Feudalismo, virando a sistema central e a sociedade de então libertou-se do esclavagismo das terras e com a introdução das máquinas suplantou-se a indústria manufactureira. Absorve-se a força de trabalho que advém do burgo criando-se o proletariado. Palavra que vem do latim “prole”, que eram os cidadãos que não tinham mais nada para dar a não ser os seus braços de trabalho, vivendo na miséria porque o patrão só lhes pagava o mínimo para sobreviver. Daí se conjugam dois factores adversos que ainda hoje perduram como é bem visível, proletariado e burguesia, agora suavizado em entidade patronal e colaboradores, embora a relação de exploração continue bem evidente, com as mesmas duas classes bem visíveis.
Desta luta entre a miséria e o lucro, nascem os esforços dos operários para diminuir a exploração e organizam-se naquilo que mais tarde se vem chamar Sindicato. Vindo do francês “Syndic”, que significa representante de uma determinada comunidade.
Tornam-se o foco de resistência à exploração Capitalista, que mais tarde imporá nas suas grandes fábricas de Inglaterra, as jornadas de 16 horas de trabalho diário. Os salários serão ainda mais reduzidos e as condições mais precárias.
            Promove-se os cercos aos campos, expulsando os servos da gleba (servidor/escravo que embora não sendo totalmente livre, tinha direito a permanecer na terra do seu senhorio), para torná-los homens livres, aptos para o trabalho assalariado, atraindo às fábricas mão-de-obra barata.
Com a industrialização a função deixou de ser especializado por artesãos vindos do "burgo" e explorou-se o trabalho de mulheres e crianças, rebaixando ainda mais o trabalho e condições.
Como resultado da maior exploração e com o passar dos anos encontram-se formas de luta como o “Luddismo”, que viu nas máquinas e seus inventores o seu principal inimigo, partindo-as em oposição à industrialização, influenciados pelo operário têxtil de uma oficina de Nottingan, chamado Ned Ludd, que partiu os teares mecânicos. Rapidamente o fenómeno alastrou-se a outras cidades inglesas espalhando-se até França.
Assustaram a burguesia em 1811/12, que logo aprovaram uma lei, com pena de morte a essa gente, mas cedendo na aprovação de sindicatos. Quatro anos volvidos, tornaram a destruir as máquinas e aos poucos o “Luddismo”, foi substituído por jovens operários que aí sim consideraram que o inimigo era o patrão burguês, que fazia uso das máquinas.
Dois séculos depois assistimos a nova revolução industrial/tecnológica. Mas a culpa não é do avanço informático, nem dos Gutenberg’s do nosso tempo. Continua a ser dos mesmos, os donos do capital!
Na altura nasceu o “boicote”, derivado a Sir Boycott, que usava métodos brutais contra os empregados, recusando-se a negociar com eles, acabando por recusarem consumir os seus produtos, o que lhe acarretou enormes prejuízos.
 A partir de França usou-se uma sabotagem, que consistia no uso de tamancos que emperravam as máquinas. Avançou-se de seguida para a greve (place de greve - local onde os operários de Paris, se reunião para a luta maior), que acabou por se espalhar a todo o mundo.
Criaram-se as “trade-unions”, que são obrigadas a agir na clandestinidade, numa espécie de braço armado, para amedrontar os traidores que os denunciavam a polícias e pistoleiros pagos pelos patrões. Dessa forma organizam-se, aumentam os protestos e greves que acarretam muitos prejuízos, obrigando o parlamento inglês em 1824 a aprovar a primeira lei sobre organização sindical.
Em 1830 é fundada a Associação Nacional para a Protecção no Trabalho, em Inglaterra, que reúne as várias profissões. Em 1866 realiza-se o 1º. Congresso Internacional dos Trabalhadores, de vários países, criando-se a AIT – Associação internacional de Trabalhadores. Mas mesmo assim os patrões continuam a obrigar os seus empregados à renúncia sindical, como forma de garantir o emprego. As forças policiais continuam a ser accionadas, deixando um rasto de sangue no movimento sindical. A legislação criada deu rosto aos seus líderes, que são perseguidos, e alguns acabam por ser corrompidos, conforme ainda acontece.
Em 1837/38 reivindica-se o direito a voto. Só em 1875 se substitui na legislação inglesa os termos "amo e servo" para passar a denominar-se "patrão e trabalhador", sendo o primeiro país a faze-lo.
Em Paris o proletariado participa em acções políticas e chega a alcançar o poder, na célebre Comuna de Paris em 1871, que durou apenas cerca de 40 dias de carácter Socialista, tombada pela burguesia, com a ajuda das tropas de Bismarck, que esmagaram o movimento operário, fuzilando-os sumariamente. Durante esses dias de governo pelos sindicalistas, fez-se mais que nos 200 anos antecedentes e entre muitas coisas, aboliu-se o trabalho nocturno, chegou-se a propor jornadas de 8 horas, instituiu-se a igualdade entre sexos, os casamentos passaram a ser grátis e simplificados, aboliu-se a pena de morte, separou-se a igreja do estado, tornou-se a educação gratuita, etc.
O sindicalismo por todo o Sec. XIX, espalhou-se aos vários países do mundo, como Itália, Espanha, EUA e com a legislação e a sua aceitação apareceram as várias correntes sindicais, entre elas a socialista, a anarquista, a reformistas que defendiam a greve como ultimo recurso por serem moderados, que em Inglaterra deram origem ao Partido Trabalhista.
Ainda a referência aos sindicatos ligados ao Comunismo de Marx e Lenine, defendendo as directrizes do mundo operário, o internacionalismo sindical que advogava a participação dos trabalhadores na gestão das empresas e dos seus benefícios. Os católicos ligados às ditaduras fascistas da Europa do Sec. XX, que defendiam os valores cristãos e renegavam o direito à greve, preconizando a harmonia com o patrão, entre outros.
Em Portugal os movimentos sindicais, estiveram sempre ligados àquilo que se passava no resto do mundo.
Em 1822, com a Constituição Liberal e a reforma legislativa de Mouzinho da Silveira, foram extintas as Corporações de Ofícios, e com o Código Penal de 1852, sancionou-se as coligações e as greves.
Com a difusão das ideias do Socialismo, intensificam-se os movimentos associativos, e em 1879 foi criada a Voz do Operário, na luta pelas conquistas do sufrágio universal de então. Instituição que ainda hoje existe, prosseguindo a instrução popular.
Só com a República, em 1910, é que as greves foram consagradas como direitos dos trabalhadores, e em 1911 a Constituição consagrou o direito à associação. Em 1914, reuniu-se o Congresso Operário de Tomar, de onde saiu a União Operária Nacional, transformada no congresso de Coimbra, em 1919 na Confederação Geral do Trabalho. Contrapondo este movimento, de seguida cria-se a Organização do Congresso Patronal, de onde saíram os primeiros sindicatos patronais.
Em 1926, com a instauração da ditadura, o movimento sindical opôs-se, sendo dissolvido consequentemente em 1927. Com a Constituição de 1933 do Estado Novo de Salazar, entregou-se o sindicalismo às estruturas corporativistas da ditadura e perseguiu-se o verdadeiro sindicalismo.
Com o 25 de Abril de 1974, foram restabelecidos os direitos, liberdades e garantias dos trabalhadores e dos sindicatos. Na Constituição da República de 1976 ficou consagrado o direito à greve. A partir daqui a história já é nossa conhecida. A CGTP-IN, reorganizou novamente o sindicalismo a partir dos resistentes à ditadura, e uma outra corrente sindical é criada que ainda hoje difere na sua forma de actuação, que é a UGT.
Quanto ao sindicalismo na PSP, entre 1979 e 1981, é tempo da clandestinidade, com encontros secretos e comunicados. Mas a ASPP/PSP teve o seu verdadeiro inicio numa tarde de Fevereiro de 1982, num prédio desabitado, em Lisboa quando cinco polícias à paisana (guardas António Maurício e José Esteves, subchefes Lapa da Silva e José Carvalho e comissário Joaquim Santinhos) saíram dali assumidos como Comissão Pró-Associação Sindical da PSP (ASP/PSP), na defesa dos direitos dos Polícias. E vem-me à lembrança os comentários ao facto de o Comissário Joaquim Santinhos, ter sido como que deportado para o Comando de Bragança e colocado ao cimo de uma escadaria fria, mais fria que as consciências, sentado à frente de uma secretária sem nada para fazer. A ele a nossa homenagem assim como ao Subchefe José Careira, símbolo da nossa luta, que teve como auge o 21 de Abril de 1989 (os secos e molhados).
A partir desta data, a luta dos polícias pelos direitos ao sindicalismo, não mais pôde ser escondida. A ASP/PSP, era uma realidade incontornável e com ela conquistaram-se o direito à folga semanal, os horários de 36 horas, entre outros. Com a vontade férrea trazida da clandestinidade e com o apoio do sindicalismo nacional e internacional, a CESP, da qual passámos a fazer parte, a ASPP/PSP então só aceite como Associação, legalizou-se inevitavelmente.
Só em Março de 2002, após tantas perseguições, demissões, transferências e processos disciplinares é aprovada a nossa Lei Sindical, sem direito à greve, mas já com outras tendências sindicais formadas que acabaram por se multiplicar nos nossos tempos.
Agora que os tempos voltam a ser difíceis cabe-nos a nós, polícias e não só, ganhar consciência que é necessário prosseguir a luta. Ao lerem este texto verificaram o paralelismo de outrora com os tempos que correm, porque novamente há fome em Portugal, porque a cada 12 segundos morre uma criança com fome no mundo e porque cada vez mais o fosso entre ricos e pobres se agiganta, colocando-nos no limiar da pobreza e pondo em causa a dignidade humana como naquela época aconteceu.
Este é um sinal que o actual modelo económico e social nos conduz à exploração e perda de direitos conquistados, mas a nós cabe-nos alterar este paradigma. Aos sindicatos ainda organizados e com capacidades de intervenção social pede-se que lutem, e que sejam o motor de uma reestruturação no mundo laboral e não só, criando cordilheiras de solidariedade e aliança, que tenham grande potencial mobilizador e reivindicativo, que apoiem as novas formas de contestação a este modelo económico que nos leva para o abismo.
É altura de sermos solidários, e conforme compromisso de honra sob a Bandeira Nacional, entendamos o que ela representa, nos símbolo e valores patrióticos, consagrados na Constituição, onde a soberania nacional impere no povo a quem devemos lealdade democrática.
No momento actual é preciso estar também atento e saber distinguir quais os interesses gerais da sociedade, em contraponto aos interesses particulares da alta finança internacional comandados pela Goldman Sachs, que moldam os políticos actuais, a partir da escola de Chicago e os corrompem ao serviço da concentração do poder financeiro.
O progresso da ciência e do desenvolvimento tecnológico, determina o avanço político, social e económico, por isso este momento de grande salto para a humanidade não se pode tornar num retrocesso civilizacional, e basta que lutemos, organizando-nos. Daí a necessidade da força dos sindicatos para travar este recuo quando a lógica é o progresso social. Sempre que a economia treme o capital tenta o retrocesso, e o movimento sindical deve inverter essa regressão em direcção a maior justiça social, impedindo que sejamos despojados de direitos, e tratados apenas como peças descartáveis nesta engrenagem do lucro que já nem assenta na produção.
A globalização, não nasceu só agora. Apareceu com a máquina a vapor e com as linhas de comunicação transnacionais criadas com a Revolução Industrial, e por isso não podemos deixar que os sistemas informáticos aliados à industrialização e produção, os dot.com, os e.comerce ou e.mail, sirvam de pretexto para nova exploração social, como aconteceu naquele tempo, daí a mesma razão dos sindicatos actuais, aliás ainda maior porque o factor de produção aumentou exponencialmente.
E como vivemos momentos difíceis de aumento desmesurado do desemprego e de mão-de-obra barata, não deixemos que sejamos os novos servos da gleba. Não deixemos que façam orçamentos de estado à base da calculadora, tornando-nos simples números, deixando cair o Estado Social, como se já não fossemos Cidadãos dos direitos conquistados pela Revolução Francesa, rasgando-se tratados sociais como se o Estado já não fossemos afinal nós.
Não deixemos que a economia seja alicerçada de gráficos, de especuladores bolsistas, com base no fibonacci, elliot waves, cdf ou cfd´s, cujo objectivo é manter o lucro numa economia suportada no lodo e não na verdadeira produção, esquecendo as reais necessidades das populações.
Nunca a humanidade deu um salto tão grande como estes últimos 20/30 anos, com novas tecnologias, programas informáticos e científicos. Com isto permitiu-se acumular por um lado fortunas, para as multinacionais, por outro assiste-se ao desemprego e aumento da miséria, quando a riqueza disparou.
Não se deixem enganar por comentadores pagos pelo sistema com argumentos de dívidas públicas colossais, dizendo que se viveu acima das nossas possibilidades e que é necessário baixar ordenados e retirar direitos laborais.
Sem dinheiro nas mãos das pessoas a economia definha. Por isso os ricos não podem continuar a acumular riqueza, porque tudo morre.
Já agora o 1º de Maio, dia do trabalhador é comemorado, porque em 1886, em Chicago, quinhentos mil trabalhadores saíram à rua numa manifestação pacífica, para exigir o trabalho de 8 horas, quando era de 16/17 horas por dia. A polícia à má fé reprimiu os manifestantes ferindo e matando dezenas de trabalhadores.
Mas a luta não parou e agora mais que nunca terá é que continuar.


quarta-feira, 5 de setembro de 2012

OS BURLÕES DO NOSSO PIB

Sabemos que Portugal tem registado, baixa de salários, perda de poder de compra e aumento de desemprego essencialmente jovem, que é a força de trabalho de um país. Mas para Passos Coelho isso tem que ser assim, para melhorar a economia.
Pois a nossa balança de transacções está a melhorar consideravelmente. E isso é bom para o 1º ministro. Significa também que estão a ser criados os alicerces para que a partir de 2013 as coisas se comecem a compor visto já ter sido tudo cumprido que foi ordenado pela “Troika” e a partir de agora os resultados vão aparecer.
Portanto espera-nos um futuro risonho, segundo ele.
A política de baixar salários e de facilidade de despedimentos vai permitir o aumento de competitividade.
Vamos lá analisar então!
Se Portugal está a perder competitividade segundo as noticias, a ser ultrapassado por países como o Azerbaijão, ou mesmo a Turquia aqui ao lado, como pode então recuperar? 
Se as portas dos bancos se fecham ao financiamento das empresas, se as empresas estrangeiras colocadas em Portugal já estão a retirar o seu lucro de investimentos para os países de origem, secando a economia de provisões financeiras, como poderá Portugal sair da crise sem dinheiro?
Com a deterioração das condições económicas em Portugal, quem se vai lembrar de nós se caminhamos no sentido da Grécia, que mal o dinheiro dos empréstimos ali chega desaparece logo de circulação sem ser investido na economia real?
Assim é impossível haver melhoras!
Sem dinheiro para investir, com pesados juros de dívidas para pagar, com salários cada vez mais indignos, claro está que Portugal não equilibra a balança comercial. 
Sem dinheiro a circular qualquer economia morre.
 E o PIB? E o Défice Orçamental? Que é o que realmente importa!
Como é possível haver um 1º ministro que pense que estrangulando os salários, fomentando o desemprego, e evaporando o dinheiro da economia real consegue equilibrar as contas e fazer um ajustamento comercial?
Conseguir consegue inicialmente, mas destrói o investimento produtivo, e tudo definha ainda mais. Quanto mais definha menos dinheiro se tem, menos se consome, menos se produz e entramos num ciclo em que já nada teremos para comer, nem nada produziremos . 
Chegaremos a um ponto em que teremos de comprar tudo lá fora. E aí sim, sem dinheiro e sem produzirmos nada, não teremos dinheiro para comprar nada, porque entretanto esta politica ruinosa levou-nos à fome e à miséria.
Aí seremos uma espécie de Haiti da Europa, onde nada se produzirá e o pouco que se conseguirá será das ONG’s internacionais, que lá vão dando uns sacos de farinha para sobreviverem, se houver para dar porque o mal vai ser geral.
Uma coisa eu percebi. É fácil equilibrar a balança comercial num país, basta tirar dinheiro ao povo e eles deixam de comprar e como o que consumimos vem tudo lá de fora…está feito. Não se consome, não se importa.
Brutal esta inteligência dos nossos governantes!
O que ninguém entende é que se um país não tem dinheiro, todos fogem de lá, principalmente as empresas estrangeiras. As pessoas perdem os empregos e se alguma coisa era produzido deixa de o ser. 
Deixar de importar artigos supérfluos, carros, ou mesmo aqueles que realmente precisamos, não resolve tudo. Também se deixa de importar maquinarias necessárias e até mesmo novas tecnologias mais competitivas e basta perdermos o nosso “ganha pão”, para não haver salvação.
Seremos um bando de farrapilhas envergonhados, pois então! Por termos acreditado em contadores de histórias. Os burlões de fato e gravata todos bem falantes que acabam por nos levar sempre no conto do vigário.
Não é assim que se apresentam?

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

NEGAÇÃO


     Nos EUA seguram-se as pontas para garantir as eleições de Novembro, e estuda-se novas medidas para 2013.
Reestrutura-se a colossal dívida americana, transformando toda ela em longo prazo, evitando a bancarrota, com taxas de juro mais baixas.
Estuda-se a baixa de juros até próximo dos zero, e lançar um terceiro programa de flexibilização quantitativa (QE3) inundando o mercado com mais uns triliões de dólares (contra a perigosa vontade da China).

   






      Na Europa promete-se fazer tudo para salvar o Euro. Mas negam-se os métodos e medidas para o salvar. Cada país aos poucos vai negando que está falido, mas acabando uns atrás dos outros por o vir a reconhecer.
Mais tarde admitirão que a Europa está falida, para gáudio da (Moodys & Goldman Sachs, etc). Estaremos todos falidos de certa forma, apesar de uns mais que outros. Alguém regozijará com a queda do Euro. Mas também eles negarão que era esse o seu propósito.


    


     O que me incomoda mais no meio deste desmoronamento social e económico é a desfaçatez com que ditos lideres mundiais negam as evidências de cada vez que aparece mais um sinal de fim de linha.

    

segunda-feira, 30 de abril de 2012

SUGAM-NOS O SANGUE COMO $VAMPIROS$




Cavaco Silva convidou todos os cidadãos a participar neste desígnio, de um país de inúmeros aspectos positivos, e que juntem a sua voz na defesa da imagem de Portugal no exterior e criem riqueza e emprego em Portugal. Dito isto na Assembleia do povo, dia 25 de Abril.
Esta é a imagem que temos que dar ao mundo, digamos que, “vão-se os anéis mas ficam os dedos”.
Temos o dever de mostrar que somos um país credível, que ainda temos sol, por enquanto grátis, que a água é pouca, passando a ser um privilégio de alguns, após a privatização. De resto que podemos mostrar mais?
Ah, uma pobreza envergonhada, muitas instituições de Solidariedade Social e claro está, as praias que ainda não pensaram em privatizar, por enquanto.
Tirando isto, Cavaco tem razão, resta-nos a imagem um povo, pronto a trabalhar por umas “cascas de alho”, houvesse ele trabalho, e que devemos mostrar que  tudo toleramos, entre pobres e asnáticos.
Eu até acho que podíamos fazer como já uma empresa sugeriu em Espanha, vender sangue. 
A multinacional de venda de sangue e plasma, de Grifols, quer que se liberalize a venda de sangue em Espanha, permitindo aos desempregados aumento do rendimento, como se faz nos EUA e em muitos países terceiro-mundistas.
Genial! ou Bárbaro? Genial para a ganância do lucro. Bárbaro é matar a fome com ideias miserentas. Com o sangue ou o plasma que a ser vendido a €60 a recolha, uma vez por semana., tipo, vou ali a dar um “Shot”, neste caso de sangue e receber uma senha para uma refeição e uns trocos.
E quando os problemas financeiros forem muitos, em vez de €60 em sangue, pode dar-se um pulmão, um rim, ou outra coisa qualquer. E pronto dá-se por exemplo um braço, pois ele já nem é preciso para trabalhar e ainda se fica com o outro para dar sangue e assim consegue-se pagar a prestação ao banco da hipoteca da casa, e aí evita ir para debaixo da ponte com a família.
Deve dar muito dinheiro um órgão. Até já vi em países muito pobres a fazerem isso e resolvem-se alguns problemas financeiros. E quando já não houver órgãos para dar, dá-se os filhos a adoptar aos donos do dinheiro, como também já se faz agora com o tráfico de crianças. Comer não, não comam os filhotes para matar a fome, porque alem de ser canibalismo a venda de criancinhas rende mais. É assim nos países pobres. Será nisso que nos tornaremos?
Acredito que não! basta dar sangue a €60 e pronto, come-se mal, arrisca-se a alguma doença tipo anemia, mas pronto mata-se a fome na família. Pior é se morre o doador e se acaba a fonte. Ao menos antes de morrer vampire-se o sangue todo e o plasma, que eles pagam, e sempre se aguenta uns tempos até os filhos crescerem para poderem ser eles a vender o seu sangue.
Quando entrámos para a CEE, era uma alegria, receber por cada burro (animal asinino) €55 ao ano de subsidio, agora por dar sangue nós os outros animais já podemos valer €60 à semana. Sempre valemos mais €5 do que qualquer outro burro.
Mas não é isso que devemos mostrar ao mundo, mas sim uma boa imagem e devemos todos participar nesse desígnio nacional, a pedido de Cavaco Silva.
Mostrar que ainda somos um povo com muito para dar, mesmo depois de nos tirarem tudo.
 Bem-haja Sr. Presidente de todos os portugueses.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

Polícia em Portugal que futuro?


 A Polícia está em rotura e já ninguém sabe como resolver tanto problema com a falta de dinheiro.
Pior é que isto se vai perpetuar, se não piorar ainda mais, e o Governo sem orçamento que ajude.
Quanto aos Polícias, vão nos próximos tempos ver os seus problemas salariais ser corrigidos a nível de posicionamento nos índices, eliminando uma boa parte das injustiças a esse nível.
Promover-se-ão alguns, por arrastamento na promoção dos Oficiais, mas eles não ficarão a gostar muito das promoções e colocações nos escalões devidos. É que a seguir vão levar com “ajustes salariais” devido à continuação da crise, com o governo a apertar mais ainda o cinto à função pública. Reduções salariais que poderão ir aos 14%, quando até o FMI veio já (ajudando o Governo) dizer que é preciso novos índices remuneratórios em Portugal.
Contas feitas, os Polícias depois das promoções e colocações nos devidos índices, vão levar com ordenados mais baixos por tabela. Aí os Sindicatos, por não terem seguido o rumo certo, vão ter dificuldades e falta de ideias para fazer face a esta contrariedade sem soluções e sem iniciativas para os polícias, cada vez mais descontentes, a exigir mudança de rumo e desacreditados.
Uma gravidade profunda que pode ser o fim de um governo, de uma época, e com um modelo posto em causa.
Algo de novo vai acontecer, mas claro, sempre com tormentos para as pessoas.
Em crise já se está, mas romper com tudo isto, acrescentará mais sofrimento ao sofrido. Mas um novo começo trás sempre muita dor. As situações irão suceder-se umas às outras, pois nada afinal é eterno. Vai ser difícil mas acabará por se vencer as adversidades causadas.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

UNIÃO EUROPEIA UM DIA A CASA VAI ABAIXO


  


Espanha falhou ontem a colocação de divida num leilão, com apenas 74% do pretendido e a juros mais altos. Arrastou os juros da dívida da Itália e só não acontece com Portugal, porque o BCE com a politica de empréstimo de dinheiro (injecção de liquidez) a juros baixíssimos para compra de divida portuguesa, garante aos investidores lucros chorudos porque se financiam com dinheiro do Banco Central para comprar divida portuguesa que lhe dá lucros avultados sem correr grandes riscos, porque o dinheiro lhe é emprestado para artificialmente manter a colocação da dívida portuguesa a juros mais baixos e desta forma acalma os ânimos especulativos. E se um dia a coisa correr mal, eles recapitalizam  novamente os bancos e o povo que pague, como foi até aqui. Por isso vistas as coisas parece um negócio garantido. Vamos lá ver se será bem assim.
Em Portugal há bancos que inteligentemente não compraram divida Grega e já não estão comprar a portuguesa.

O que é certo é que quando eles andavam a anunciar que a Europa tinha passado por um grande susto e já estava praticamente equilibrada, conforme afirmou o nosso “Gasparzinho”, homem muito estimado na alta finança mundial, vem agora a Espanha a pregar mais um susto.
Até parece que não era esperado!

Com a Espanha em grandes dificuldades e com previsão da divida a 80% do PIB, bem longe dos 60% recomendado, com Portugal já nos 107% a 13% de ser considerado falido (os 120%) se nada for feito (como na Grécia que atingiu mais de165%) e com outros países a seguir este caminho nada de bom nos augura. Até porque não haverá dinheiro para socorrer tanta aflição.
Mas eles é que são os sabichões!


A economia Americana precisa de mais um “Quantitive Easing” (QE 3), que nesta ultima reunião, Ben Bernank recusou, levando os mercados a um primeiro sinal de afundanço que se confirmará nos próximos tempos mal faça um duplo ou triplo topo deste ultimo rally de subida que durou desde a crise do “subprime” e que agora se iniciará na maior onda de “bear market”  da história que atirará os mercados americanos para valores jamais vistos com o S & P a chegar a cerca de 850 pontos, para não falar dos outros mercados.

A desvalorização do Euro que sofreu a maior quebra dos últimos tempos, nestes dois meses, foi já motivo de preocupação do Brasil, manifestado por Dilma Russef e o mesmo com a China à beira da recessão por diminuição de produção e consequentes exportações e credora do Ocidente.

Os Juros da divida pública a 10 anos quase tocaram a 18% em Janeiro em Portugal. Um ano depois da intervenção da TROIKA, continuamos a ter o PIB a diminuir, com reformas destruidoras do tecido produtivo nacional, com o desemprego a disparar e todo um país mais desequilibrado, com redução de salários, aumento de impostos, corte nos subsídios (13º e 14º mês), e genericamente a falência da economia desde as famílias às empresas, a precisar de uma nova renegociação conforme a Grécia. Só falta disparar a inflação.
Grécia esta, que ontem teve mais um novo ponto alto, com o reformado que se suicidou carregado de dívidas recusando viver uma vida de mendigo, incendiando ainda mais os ânimos naquele povo que já vêm o homem como um mártir.
Vamos ver até onde vai agora a Espanha e depois Itália e outros países que se seguirão, mas com certeza que isso a acontecer… adeus Europa, não há dinheiro que aguente.


Vão lá passar a Páscoa e que o Senhor vos acompanhe. Apesar de que nesta ressurreição vamos perguntar muitas vezes por onde anda Deus… cada vez mais ausente. E até lá para o Natal acho que nos vai abandonar mesmo. Quem sabe se aí não nasce um Jesus Cristo novo, a ver se salva esta humanidade, que bem precisa.

Ah! sempre ouvi dizer que Deus não quer nada com dinheiros. Sendo assim será a falência total, da Banca e do dinheiro!

terça-feira, 27 de março de 2012

Congresso do PSD, congresso da desfaçatez


Passos Coelho e seus correligionários, apoderaram-se dos poemas do Zeca Afonso, no seu congresso.
O memorável Zeca tem o seu espaço histórico, nas conquistas da democracia de Portugal. 
Esse vulto está a ressuscitar de novo com as suas canções, devido ao momento que se atravessa que trará nos próximos anos uma nova identidade musical que nascerá a par da crise que começamos a viver. Enquanto isso vai surgindo, vamos revivendo Zeca Afonso.
O Zeca  é símbolo de liberdade, de luta e resistência.
O PSD e seus responsáveis nunca simbolizaram isso, nem antes nem depois de Abril. 
Zeca Afonso nunca antes se cruzou com esta gente e o PSD esteve sempre do lado oposto dos seus ideias.
Por esta razão como se apropriam daqueles versos, que são o símbolo da luta contra o fascismo e ressurgindo agora de novo no combate à politica neo-liberal de Passos Coelho, contra a qual Zeca lutaria se estivesse vivo.
Alem do atrevimento do PSD, esta atitude é insultuosa à sua memória e a tudo que as suas letras simbolizam.
Esta apropriação indevida não deixa de ser inocente.
Nós povo sofredor com todas as medidas de austeridade deste governo, sabemos que os vampiros a pretexto da crise, como que pela calada da noite nos vão tirando tudo o que conquistámos ao som das canções de Zeca e agora nos querem tirar, onde por fim temo, nos restará só a alma e a moral de Zeca Afonso.

Se o PSD não tem identidade nem valores progressistas, então que roube a musica ao Iran Costa “ É o bicho é o Bicho vou-te devorar, crocodilo eu sou” e que a meta nos seus congressos e não tente iludir nem o povo nem seus congressistas com poemas que eles nem defendem. Sejam de uma vez por todas verdadeiros e não iludam ninguém nem adulterem a realidade social.
Se não defendem os princípios de Zeca não embarquem nos seus poemas só porque estão na moda devido ao momento difícil que estes senhores nos colocaram e não sejam oportunistas nem cínicos.
Já agora e em vez de passarem o congresso a bater no governo anterior, porque se abraçou Passos Coelho a João Jardim? pior ainda que Sócrates! Para não falar dos outros do seu partido. Venha o diabo e escolha, estão ligados todos a esquemas ardilosos que levaram o País à desgraça. Ou porque não falou da loja maçónica Universalis de Miguel Relvas?
São todos iguais. … ELES COMEM TUDO E NÃO DEIXAM NADA

VAMPIROS
 
 








No céu cinzento sob o astro mudo
Batendo as asas Pela noite calada
Vêm em bandos Com pés veludo
Chupar o sangue Fresco da manada
Se alguém se engana com seu ar sisudo
E lhes franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada [Bis]
A toda a parte Chegam os vampiros
Poisam nos prédios Poisam nas calçadas
Trazem no ventre Despojos antigos
Mas nada os prende Às vidas acabadas
São os mordomos Do universo todo
Senhores à força Mandadores sem lei
Enchem as tulhas Bebem vinho novo
Dançam a ronda No pinhal do rei
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
No chão do medo Tombam os vencidos
Ouvem-se os gritos Na noite abafada
Jazem nos fossos Vítimas dum credo
E não se esgota O sangue da manada
Se alguém se engana Com seu ar sisudo
E lhe franqueia As portas à chegada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada
Eles comem tudo Eles comem tudo
Eles comem tudo E não deixam nada


quinta-feira, 22 de março de 2012

TGV o Erro Histórico


Tudo isto me faz lembrar “O Príncipe com Orelhas de Burro”.



Ou este governo é um governo de gente brilhante, vinda das altas esferas celestiais ou então são mesmo uns anjinhos “papudos”, vindos descarnados do submundo das trevas.
A bandeira de campanha eleitoral deste governo “não ao TGV”, ditou para que se tivesse tomado a decisão histórica de não levar por diante um projecto tão necessário e estruturante para o País.
Tudo isto a olhar para o eleitorado e o medo de perder apoio social e votos nas eleições. É desta forma que os governos se orientam. Juntam a incompetência ao medo de perder votos e o País que se dane e os Portugueses que paguem o erro histórico de não desenvolver o país e paguem essencialmente a factura de cerca de 300 milhões que vai cobrar o consórcio pela indemnização, imputandos a Passos Coelho.

Parece que a prioridade do Governo é a aposta no relançamento económico, por isso o desinteresse no TGV.
Mas como podem estas criaturas relançar a economia, se estão a destruir a actividade económica e essencialmente o emprego. A história do desenvolvimento industrial fez-se com o comboio, desde a Inglaterra passando pelos Estados Unidos e Portugal mais tarde (sempre atrasados) em 1856.
O futuro dos transportes será inevitavelmente os comboios modernos por razões económicas e ambientais, contrariando os transportes rodoviários que foi a aposta errada das últimas décadas, começando-se a sentir já os resultados.
Das duas uma, ou estes senhores sabem fazer muito bem as contas e querem por o povo a pagar o erro da construção das auto-estradas, não nos dando alternativas sérias financeiramente ou então são mesmo anjinhos. Porque ao preço que está a gasolina e as auto-estradas, só pode ser para pagar as PPP.

Depois de terem pedido às empresas do Consórcio, para criar um projecto  “low-cost” para o TGV e de encontrarem alternativas para a não construção de uma nova ponte, apresentando alternativas através da ponte 25 de Abril, para entrar em Lisboa.
Depois de encomendado o tal projecto alternativo que eles pediam em linha de bitola europeia para que servisse o transporte tão necessário em mercadorias, eis que estes brilhantes pensadores vindos das altas esferas celestiais em conluio com o Tribunal de Contas (que exigiu tantas alterações ao projecto adiando sempre o visto durante quase 4 anos) na véspera de reunirem com os ministros, francês, espanhol e responsáveis da União Europeia, fazendo assim a “panelinha” combinada pelos dois, o Tribunal de Contas dita a sentença «A adjudicação a essa proposta foi um acto ilegal». E pronto fica o Governo aliviado da pressão dos seus parceiros europeus, da opinião pública em Portugal e dos partidos de esquerda, que como eles dizem, este projecto era dos partidos de esquerda daí o estar condenado.

E assim se permitem que a Soares da Costa faça despedimentos que podem ir até 1.000 trabalhadores conforme já autorizado pelo Governo. A Edifer já entregue aos seus credores, acabe por falir também por o projecto não ir para a frente, mandando para o desemprego 2.500 trabalhadores, para não falar de outras empresas do consórcio como  o Grupo Lena (a Brisa que tombou na Bolsa) e outras empresas da construção que se seguravam enquanto mantinham a esperança neste projecto para poderem continuar a sobreviver.
Desperdiça-se o aval e garantias dos bancos que em tempos assinaram e apoiaram na sua construção que nunca mais se poderão obter, quer pelas condições de juros na altura contratadas quer pela conjuntura económica que nem eles nem o estado voltarão a ter.
E por falar em conjuntura digamos que as condições dadas, era de financiamento a 95% do projecto a fundo perdido neste quadro comunitário, coisa que nunca mais vão poder ter. Sabendo também que destes 78 mil milhões de euros financiados para o projecto só pagaríamos apenas 5%, cujo dinheiro investido seria recuperado em valor superior em pagamentos para a Segurança Social (que bem precisa) pelos trabalhadores e empresas ligadas só ao projecto. Isto é! Um projecto que se pagava por si próprio, criava milhares de postos de trabalho directos, fora os indirectos, que ajudaria toda a economia da região por onde passaria e dinamizaria o país.
Para não falar nos  10.000 milhões que a Siemens podia financiar no TGV, dito por eles.
Ficaremos mais uma vez a “ver passar o comboio”  e mais uma vez a ver passar o futuro por seu turno a “alta velocidade” do TGV.

Portugal pode perder quase 1.200 milhões abandonando o TGV e vai ter que pagar ao consórcio cerca de 300 milhões (116,1 milhões de euros até 2010  do governo Sócrates e o restante 183,9 milhões da suspensão de prazos e modificações  do governo Passos Coelho)   que é quanto eles no mínimo vão exigir.
Este governo pelo menos em contas está aprovado. Já só me faz lembrar o BPN.
Como foi dito pela comissão dos transportes do Parlamento Europeu, "seria não apenas uma pena mas um desastre perder quase mil milhões de euros disponíveis" no âmbito do Fundo de Coesão.

Contas feitas, Portugal, desperdiça 78.000 milhões em fundos vai pagar 300 milhões de indemnização. E fica sem nada. Fica a ver passar os comboios dos “nuestros hermanos” 
O consórcio é que já deve estar a fazer contas ao dinheiro. 
O PSD concebeu o TGV e quando se preparava para o parir cometeu um aborto.
 Pagos por nós, entre 2001 e 2010, o projecto recebeu cerca de 115,9 milhões de euros de subsídios ao investimento, dos quais cerca de 36 milhões provenientes da União Europeia.
É de abortos que falamos.
E como dizem os “Homens da Luta” (e o povo é que paga).

É mesmo para dizer: “Estás a precisar de umas orelhas de burro, amigo” acaba assim a fábula do Príncipe.