Pois a nossa balança de
transacções está a melhorar consideravelmente. E isso é bom para o 1º ministro.
Significa também que estão a ser criados os alicerces para que a partir de 2013
as coisas se comecem a compor visto já ter sido tudo cumprido que foi ordenado
pela “Troika” e a partir de agora os resultados vão aparecer.
Portanto espera-nos um
futuro risonho, segundo ele.
A política de baixar
salários e de facilidade de despedimentos vai permitir o aumento de
competitividade.
Vamos lá analisar
então!
Se Portugal está a perder
competitividade segundo as noticias, a ser ultrapassado por países como o Azerbaijão,
ou mesmo a Turquia aqui ao lado, como pode então recuperar?
Se as portas dos
bancos se fecham ao financiamento das empresas, se as empresas estrangeiras
colocadas em Portugal já estão a retirar o seu lucro de investimentos para os
países de origem, secando a economia de provisões financeiras, como poderá
Portugal sair da crise sem dinheiro?
Com a deterioração das
condições económicas em Portugal, quem se vai lembrar de nós se
caminhamos no sentido da Grécia, que mal o dinheiro dos empréstimos ali chega
desaparece logo de circulação sem ser investido na economia real?
Assim é impossível haver
melhoras!
Sem dinheiro para
investir, com pesados juros de dívidas para pagar, com salários cada vez mais
indignos, claro está que Portugal não equilibra a balança comercial.
Sem dinheiro a circular qualquer economia morre.
Sem dinheiro a circular qualquer economia morre.
E o PIB? E o Défice Orçamental? Que é o que realmente
importa!
Como é possível haver
um 1º ministro que pense que estrangulando os salários, fomentando o desemprego,
e evaporando o dinheiro da economia real consegue equilibrar as contas e fazer
um ajustamento comercial?
Conseguir consegue
inicialmente, mas destrói o investimento produtivo, e tudo definha ainda mais.
Quanto mais definha menos dinheiro se tem, menos se consome, menos se produz
e entramos num ciclo em que já nada teremos para comer, nem nada produziremos .
Chegaremos a um ponto em que teremos de comprar tudo lá fora. E aí sim, sem dinheiro e sem produzirmos nada, não teremos dinheiro para comprar nada, porque entretanto esta politica ruinosa levou-nos à fome e à miséria.
Chegaremos a um ponto em que teremos de comprar tudo lá fora. E aí sim, sem dinheiro e sem produzirmos nada, não teremos dinheiro para comprar nada, porque entretanto esta politica ruinosa levou-nos à fome e à miséria.
Aí seremos uma espécie
de Haiti da Europa, onde nada se produzirá e o pouco que se conseguirá será das
ONG’s internacionais, que lá vão dando uns sacos de farinha para sobreviverem,
se houver para dar porque o mal vai ser geral.
Uma coisa eu percebi. É
fácil equilibrar a balança comercial num país, basta tirar dinheiro ao povo e
eles deixam de comprar e como o que consumimos vem tudo lá de fora…está feito.
Não se consome, não se importa.
Brutal esta
inteligência dos nossos governantes!
O que ninguém entende é
que se um país não tem dinheiro, todos fogem de lá, principalmente as empresas
estrangeiras. As pessoas perdem os empregos e se alguma coisa era produzido
deixa de o ser.
Deixar de importar artigos supérfluos, carros, ou mesmo aqueles
que realmente precisamos, não resolve tudo. Também se deixa de importar maquinarias
necessárias e até mesmo novas tecnologias mais competitivas e basta perdermos o
nosso “ganha pão”, para não haver salvação.
Seremos um bando de
farrapilhas envergonhados, pois então! Por termos acreditado em contadores de
histórias. Os burlões de fato e gravata todos bem falantes que acabam por nos levar sempre no conto do vigário.
Não é assim que se
apresentam?
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