terça-feira, 30 de dezembro de 2008

Previsões para Portugal no ano 2009

Já que toda a gente faz previsões porque não faze-las eu também para o próximo ano.
Assim vou tentar ver o que vai ser do nosso Portugal neste ano de 2009, pelo menos nestes próximos meses.
Portugal presentemente ou seja a actualidade, apresenta-se como uma certeza de uma grande crise e a tomada de consciência de todos no geral. Isto é já sentido e compreendido por todos, de forma que vamos tomar uma nova atitude perante a vida, que deixaremos de ser tão consumistas e tentar equilibrar os dinheiros e os gastos em demasia, sendo que assim poderemos equilibrar as nossas vidinhas, fazendo poupanças em gastos que se afiguram supérfluos. Com tudo isto claro que a economia nacional está mal e isso é sabido, que os nossos governantes são os principais culpados, porque conduziram o país para este sentido e sem retorno.
No entanto vamos sentir mais solidariedade por parte das pessoas a quererem-se ajudar mais umas ás outras e isso será motivo de alguma alegria e de grande solidariedade entre os portugueses que se estavam a habituar a serem cada vez mais egoístas e cínicos, preocupando-se agora e cada vez mais com a solidariedade, portanto volta a imperar o valor da associação da colaboração da união etc., o que temporariamente vai a fazer sentir de certa forma um ligeiro alivio nas famílias.
O que deseja é realmente que a vida dos portugueses melhore e isso vai acontecer lá mais para a frente, como digamos que apesar das coisas ainda se encontrarem mal a nível das famílias, mas ao longo do ano as perspectivas vão melhorar à medida que o tempo passa e aí sim vai haver uma mudança nos bolsos dos portugueses, vai haver mais dinheiro, perspectivando-se assim melhorias nas famílias.
Mas apesar de isto vir a acontecer não se pense que o mal já lá vai, porque isto pode ser uma sensação passageira e ter a ver com diversos factores económico-financeiros e estruturais, com a baixa dos juros a descida dos bens alimentares e de consumo no geral etc. Porque estamos realmente no meio de um turbilhão e a crise é sistémica e sendo assim o que me parece e vejo nas cartas, é uma situação negativa para economia no futuro. Os nossos governantes mundiais e nacionais estarão esgotados e sem ideias para resolver tudo isto e perdidos e certamente a pensar numa renovação desta velha economia. Que cada vez mais mostra ser o fim de um ciclo e que lá mais para a frente vai mostrar-se mais acentuada na crise do sistema.
Posto isto e em resumo da análise as coisas não vão andar para a frente os projectos dos nossos governantes e postos em prática não vão ser suficientes, de forma que aqui fica o aviso e que toda a gente tome consciência dos grandes obstáculos e dificuldades que vamos continuar a enfrentar.
Vamos ver muito desânimo nos governantes e nós claro também sentiremos na pele esse desânimo e perda de energia, falta de ideias e de projectos para resolver os problemas. Pois os problemas vão ser muitos e os nossos políticos não vão saber como os resolver nem encontrarão solução. Os obstáculos serão muitos e vai-se sentir aqui muitos enganos, não esperavam isto, têm sido muito optimistas estes nossos políticos e lideres de opinião. Vão aparecer mais coisas com que não estavam a contar.
De qualquer modo apesar das previsões das Cartas do Tarot, serem animadoras inicialmente e posteriormente desiludirem, continuo a desejar a todos um próspero ano novo e que deus e o universo esteja com todos nós.
Mas nunca se esqueçam: - Determinação, coragem e auto-confiança, são factores decisivos para o sucesso. Por isso não se deixe ir abaixo.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Mundo e Economia que Futuro? Os dados estão lançados!


Voltando a falar sobre o futuro da economia mundial, claro que não podemos dissociar o resto do mundo dos países desenvolvidos, porque a crise vai ser tão profunda que ninguém escapará, nem mesmo os países mais longínquos, do “centro do furacão económico”.
Eu que há muito apostei que vinha aí uma crise sem precedentes, no meu entender é o fim de um ciclo na história da humanidade. Claro que me refiro a um ciclo económico que dura desde a Revolução Industrial (subdividido) aquilo que chamamos na História a Idade Contemporânea. Uma Conjuntura que é certo ter durado menos que as anteriores, mas não devemos esquecer que o mundo gira a uma velocidade estonteante, sem que nos tenhamos apercebido, entrámos neste turbilhão de mudanças que vai afectar a vida quotidiana da humanidade dos nossos dias. As grandes transformações estão aí, quer económicas, políticas quer sociais. Claro está que o mais preocupante são as sociais, porque vão arrastar para a fome e miséria cerca de metade da população mundial, com esta crise onde vamos mergulhando.
Eu previ “modestamente” e claro pelo que leio e me é dado a observar, que este modelo económico teria o seu fim, como tudo na história, não imaginava era uma versão tão apocalíptica e desastrosa para a humanidade. Mas não podemos esquecer que as mudanças e os fins são sempre muito dolorosos para as sociedades.
Era previsível que esta forma de consumismo e de criação de desigualdades sociais um dia levaria ao seu fim, sendo que aquilo que me parecia mais preocupante era a crise de produção e consumismo, por forma a fazer a economia crescer sem sustentação física.
A juntar à falta de assistência social, os cuidados de saúde, educação e a perda de habitações próprias, assistimos aos poucos e poucos a uma precariedade atroz no mercado laboral, em que a grande maioria só já ganha para pagar dividas, que não param de aumentar, criando uma espécie de clausura económica que aos poucos nos vai asfixiando até sucumbir socialmente cada família, levando com isto a um afundamento do sistema financeiro mundial.
Virá uma tamanha crise de liquidez e de solvência bancária que provocará terrível crise de crédito ao consumo, quer a nível das famílias quer a nível de empresas e instituições, tanto particulares como do Estado.
Os Bancos ficarão tão frágeis e o Estado seu fiador por sua vez, que será aterrador e brutal socialmente.
Alguns com dinheiro chegarão ao tempo de o terem para comprar, mas não terão o que comprar, que só lhe restará comprar ouro, como garantia de futuro.
Vamos ter uma autêntica guerra e corrida a empresas chave da economia com os países que ficaram agarrados ao dólar e fartos dele a querem comprar e tomar os destinos da economia e tentar controlar eles esse rumo.
Esse risco está em países como a China, Rússia e países árabes principalmente, que depois com algum dinheiro, vão querer controlar a economia comprando a preço de saldo as empresas mais importantes e motoras das economias mundiais. Estes países, os chamados em vias de desenvolvimento são os potenciais. Primeiro não estão tão desenvolvidos e depois têm reservas e Dólares ainda para gastar porque o dinheiro não valerá nada. Possivelmente não irão sofrer tanto com a crise.
As pessoas com a deflação instalada vão obrigar as empresas a baixar os preços dos bens, provocando uma baixa geral, levando à falência de algumas empresas e arrastando desta forma grandes quantidades de pessoas para o desemprego e miséria, retraindo o consumo. Aqueles que ainda possam ter poder de compra, retrair-se-ão esperando novas baixas, adiando o consumo na esperança que tudo fique mais barato, levando a falências em catadupa.
Só me faz aqui uma certa confusão, para que tudo isto se evite eles não porão no mercado grandes quantidades de massa monetária em circulação, causando a depreciação da moeda? Afinal produzir moeda é fácil! A ver vamos? Pode ser grave e lavar a uma guerra também.
Claro que tudo isto se iniciou na habitação especulada e super alavancada, que deixou a grande parte das famílias a pagar muito por uma casa que o não valia. A ficarem quase limitadas nas poupanças e desta forma incentivados pelos créditos fáceis a se empenharem em novos créditos que lhes foram impingidos, que ao mínimo sinal levou á crise que agora vivemos e que só se revelou mais cedo porque os créditos fáceis assim contribuíram. Uma economia feita de ilusões. Diria eu, um circo de ilusionismo, onde todos os intervenientes se iludiram e acreditaram. Como se fosse possível isto continuar assim a criar ilusões sem matéria palpável. Só fez falta os espelhos e os fumos porque cartas e ilusionistas houve mesmo muitos.
Economia real é ter dinheiro para comprar uma coisa que tem um valor intrínseco a que realmente corresponde uma determinada quantia, mas que existe. Economia real é cada um poder comprar conforme o seu vencimento. Se querem mais consumo aumentem os vencimentos e assim aumenta o poder de compra. Nada de ilusionismos financeiros.

“O capitalismo é um monstro que se engole a si próprio”; bem! Parece que o monstro está já de boca aberta. O meu desejo é que esta crise não resultasse numa outra guerra, como a que sucedeu à depressão de 1929, a famigerada 2ª Guerra Mundial, uma guerra urdida à conta da crise. Mas assim sendo esta crise será maior, a guerra será ainda maior também.
Haja Deus, haja Deus.

Virá um tempo de solidariedade económica e social, virá uma nova era em que as instituições e as pessoas sintam essa necessidade. Mas não será já para nós com certeza.

Como dizia nosso grande pedagogo Agostinho da Silva “O Homem Novo ainda está para vir”