terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Previsões Portugal 2011


Conforme publicações em anos anteriores volto às previsões no geral para Portugal.

1-Vivemos num clima negativo, com os governantes meio incomodados e já sem saber que fazer e que rumo tomar. Fecham-se em reflexões e o País afunda-se em sofrimento à espera que entre por aí o FMI ou o Fundo de Estabilização da União Europeia.

2-Mas eis que com a chegada de ajudas financeiras nasce uma nova esperança e apesar de um País arruinado as pessoas ficam mais optimistas, acreditando que com a ajuda externa as coisas podem melhorar. Surge a expectativa de politicas mais correctas e sensatas.

3-Espera-se assim obter resultados positivos com a imposição de medidas que inquietam e perturbam socialmente. Assiste-se a um falso jogo politico em que os governantes continuam a “jogar às escondidas” arranjando esquemas e faltando à verdade, (enrola-se). Assiste-se a uma infidelidade governativa. Os governantes não se assumem e por causa disso a mão das ajudas monetárias vai ser mais pesada para os portugueses.

4- Teremos instabilidade em todos os domínios, quer nos lares, no trabalho e a consequente destruição. Vai ser necessário rectificar as más políticas que nos conduziram aqui. Examinar tudo ao pormenor e criar novas referências para a nossa sociedade. O País que somos todos nós está falido.

5- Em síntese, conclui-se que tudo isto é a consequências das políticas tidas ao longo destes anos todos que tem a ver com o comportamento e personalidade dos lusos, quer os que gerem quer os que deixam gerir.
Mas com a ajuda externa e com novas acrobacias dos nossos políticos, vai-se conseguir dar a volta e assim se irá conseguir segurar as pontas. Portugal poderá antecipar o recurso à ajuda externa e isso aliviará um pouco da asfixia, porque já não conseguem controlar o País, com buracos financeiros por todo o lado.
Caiu-se num lamaçal mas vai ter que se encontrar saídas à falência de Portugal.

Um recado: Aos que vaticinam convulsões sociais e mesmo revoltas, não esperem por isso em 2011. Alem de que o povo é sereno.

segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

SOCRATES AMEAÇA DEMITIR-SE “crónica de um sonho”



Numa altura em que se fala em remodelação, governos alternativos ressuscitando a velha AD (PSD+CDS/PP), outros que defendem um governo de salvação nacional com pessoas válidas e patrióticas eu acrescentaria e desprendidas de qualquer interesse que não fosse a Salvação Nacional (se é que ainda temos salvação) etc, afinal o mote é outro. SOCRATES AMEAÇA DEMITIR-SE. É certo que já o fez uma vez por causa do Orçamento de Estado, caso não fosse aprovado, mas AGORA É MESMO A SÉRIO. Escrevo isto em parangonas.
Porque me parece inédito. A razão das suas ameaças prendem-se com o facto de o seu amigo Carlos César nos Açores ter decidido não penalizar o seu povo, com a lei do Governo, baixar os salários aos Funcionários Públicos naquela Região Autónoma. Mas isto foi o corolário de um acumular de situações, que fez precipitar agora a verdadeira ameaça do Sr. 1º Ministro. Ele estava enfurecido e eu a ver-lhe aqueles olhos esbugalhados e aquela sua ameaça que até pensei que fosse velada como seria de esperar, mas não! Aquele seu “vitupério” era mesmo para ser levado a sério. Estava mesmo determinado a bater com a porta depois de tantas injustiças nestes últimos tempos, não era de se esperar mais nada, aparecer agora um seu camarada a não deixar baixar os salários nos Açores. Com esta atitude ele disse “assim não vamos lá, basta! Demito-me”. E depois expôs um rol de situações já anteriores que o levou a decidir demitir-se. Falava da "sua impotência" e da imoralidade na distribuição de dividendos das empresas como a PT a Cimpor entre outras, que anteciparam o pagamento do dividendo só para não ajudarem o país a sair da crise, carregando nos pobres e alguns funcionários públicos. Do PEC que entre outras coisas fez milhares pequenas empresas irem à falência, de famílias mais pobres a perder o Abono de Família que nunca pensaram vir a perder. A privatização do BPN, que lhe roubou do Orçamento 4 mil milhões de euros e afinal depois ninguém quer comprar aquilo, que bem lhe podia ter dado jeito na ajuda a tirar 20% da pobreza em que se encontram. O ter que se andar a vender à China por causa da compra da Divida Pública. Ah depois arrematou com o ter que ceder à Caixa Geral de Depósitos com o argumento que os "brilhantes" quadros que eles lá têm podiam sair se lhe baixassem o vencimento, sendo obrigado a dizer que afinal a baixa de salários só se aplica a meia dúzia de funcionários públicos e que os Altos Quadros e Dirigentes de empresas participadas do estado estavam excluídos dessas mediadas. Sei que falava também das sucessivas ameaças do FMI e da imposição da União Europeia nas políticas internas como agora a flexibilização das leis laborais.
Eu sei lá! Era tanta coisa que me chegava como um turbilhão, que quando ele já aos gritos a dizer que no ano que vem é que isto se tornaria insuportável e por isso dizia a Carlos César ao telefone:-aproveito a tua borrada em diferenciar os Portugueses de 1ª e de 2ª para anunciar a minha demissão. Acabou-se, Ano Novo Vida Nova, os Portugueses para mim têm que ser tratados por igual, por isso vou demitir-me. E com estes gritos, sobressaltado acordei. E aqui é que eu fiquei irado afinal estava a sonhar. Mas pensei logo a esta hora da noite em que toda a gente está a dormir fui justo eu acordar com um sonho impossível na vida real. Até parece que não está tudo a dormir!!!
Depois fiquei a pensar…há coisas do diabo. Será que anda por Portugal o tal Anti-Cristo que se fala na Bíblia? Arre! Se calhar ele quer mesmo derreter isto tudo?
Nem dormi mais o resto da noite. Fiquei perturbado com o sonho.

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Banco Alimentar contra a Fome



Decorreu este fim-de-semana um banco alimentar contra a pobreza. Mais uma vez a solidariedade a funcionar. Num país em que governantes cada vez se esquecem mais o significado dessa palavras, que foi remetida para a “Quinta dos infernos”, o povo português teima em manter-se solidário nos momentos de aflição. Ao menos isso, reconhecer que a pobreza, esse inferno que se estende como um manto negro por esse pais fora, onde dificilmente alguma família conseguirá escapar.
E lá está no meio disto tudo, o Portugal solidário, com recolhas de alimentos por esses Supermercados ao longo deste País imensamente solidário.
É certo que muitos destes donativos nem sempre chegam a quem deviam, mas vale a coragem e o empenho nos que nesta recolha participam.
Entre ricos e pobres, todos estão convocados, para este exército, que este sim parece querer ser de Salvação Nacional.
Dos pobres sabemos nós o que os move, dos ricos apenas se espera um gesto de altruísmo. Constituído essencialmente por filantropas senhoras, cujo objectivo é a CARIDADE.
Já que falamos de caridade uma palavra de apreço também à Caritas e todas essas dioceses que têm combatido este flagelo chamado FOME e bem denunciaram que também é necessário.
Mas voltando às humanitárias senhoras que desenvolvem estes projectos, um bem-haja para elas. Fazem recordar as nossas saudosas Rainhas de Portugal, como é o caso de D. Maria I ou mesmo a Rainha D. Amélia, entre outras. Rainhas que pela dupla nobreza se preocuparam com as causas sociais tanto uma no turbilhão da Revolução Francesa como a outra nas lutas pela Implantação da nossa República, levando por diante obras de caridade como foi o caso da “Casa Pia” ou do combate contra a Tuberculose, sanatórios, etc.
Pena que não tenhamos mais Rainhas! Mas há por aí hoje em dia pequenas Rainhas e para todos os gostos, ou melhor há muitas D. Marias, mas certo é que também temos muitas “Amélias”. As Marias, são essas pequenas Rainhazinhas esposas dos ricos da nossa praça que construíram seus feudos económicos e empresariais à conta da exploração da mão-de-obra barata, da fuga engenhosa ao fisco e à justiça e a coberto dos nossos Reis-mandados que nos governam e promovedores da concentração da riqueza.
Essas são as senhoras da Caridade Social dos nossos tempos, as Rainhas da nova era. Pessoas que vivem faustosamente, que são co-proprietárias de grandes grupos económicos, que engordam a olhos vistos enquanto a fome e a miséria prolífera e depois se dedicam a estes pequenos gestos de caridade social, fazendo uma dupla promoção, a do seu ego e da falsa solidariedade.
As Amélias, são aquelas pequenas mas grandes almas, que se entregam as estes projectos, convencidos que é assim que se resolvem os problemas da desgraça daqueles que baixaram os braços esquecidos que a democracia ou este modelo económico lhes daria paz, pão, saúde, habitação e liberdade que tanto se apregoou no 25 de Abril ou na Revolução Francesa como a liberdade, igualdade e fraternidade.
Há que lembrar isto de novo. Porque olhando bem, pouco mudou ainda!
Façam alguma coisa a sério e não andem a brincar às Rainhas e à plebe.
Solidariedade social não é dar o que nos sobra por caridade, é promover a distribuição da riqueza. Isso eu não vejo fazer. Antes pelo contrário.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Sindicalismo! Que futuro?


As novas situações que se apresentam exigem acções e respostas dos sindicatos.
Deve-se rever os métodos e arranjar novas motivações. Redefinir a actividade sindical, uma vez que se deparam novos paradigmas sociais e económicos que inclui o fim do “el dourado” tempo do dinheiro fácil e crédito hipotecário.
Vai-se passar por uma fase de declínio social, arrastando os sindicatos, daí que se torna necessário um novo impulso, como que um acto de rebeldia, para colocar os sindicalistas na linha da frente das preocupações sociais. Será necessário criatividade e uma nova reflexão. É necessário uma sapatada, tanto por forma a demonstrar uma separação dos que governam, bem como criar estratégias para chegar aos trabalhadores e conduzi-los nas suas duras lutas futuramente.
É necessário uma reorientação dos sindicatos, por de forma a maior mobilização e consciencialização. Este caminho já não serve. Começa a saber a pouco. Tem que se ganhar novo saber, aprender, ter imaginação e MEMÓRIA, para contrariar estas desculpas para a crise (um modelo económico e social a caminho do abismo). Tem que se saber escolher, ou ao lado dos que sofrem e trabalham, ou então eles voltam-se para outras soluções. E a história sabe disso!
O nacionalismo está à espreita e já se conhecem sinais. Se o povo passar mal os sindicatos têm que estar na linha da frente, ao lado de quem trabalha e precisa solidariedade acima de tudo.
Este é o momento de viragem, nada mais será como dantes (não tenham ilusões), acabou-se a “época das vacas gordas”, pelo que é necessário demonstrar às pessoas porque se chegou aqui, mostrando que o erro não está em quem trabalha mas sim em quem dirige, apontando as setas nessa direcção. Percebamos de uma vez por todos, que estamos falidos, que o povo está sem dinheiro, em vias de ficar faminto e que este modelo de sociedade caminha a passos largos do seu fim. Mas não os podemos deixar reinventá-lo, correndo o risco de maior concentração de riqueza e maior dependência dos povos.
Chegou a altura de despertar consciências. O mundo avança com pequenos recuos, é certo, mas as revoluções acontecem quando se perde a esperança. Estamos quase lá!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Portugal. Um País de doidos!


Dois em cada dez portugueses sofrem de perturbações psiquiátricas e o país revela "um padrão atípico, em termos europeus", de prevalência destas doenças, com números que se aproximam dos Estados Unidos, o país com a maior taxa de população com doenças mentais no mundo.

As conclusões são do primeiro estudo que faz o retrato da saúde mental em Portugal e que se insere na iniciativa mundial dos estudos epidemiológicos da Organização Mundial de Saúde (OMS), coordenada pela universidade norte-americana de Harvard e que envolve outros 23 países. Os seus autores descrevem-na como a "maior base de dados do mundo" na área, com mais de 100 mil pessoas entrevistadas.

O estudo português, cujos resultados preliminares tinham já sido apresentados em Março mas sem incluírem a comparação com todo o universo dos países observados, revelou que 22,9 por cento dos 3849 entrevistados sofrem de perturbações psiquiátricas, aproximando-se dos 26,3 por cento dos EUA.

Países do Sul da Europa com os quais Portugal normalmente se compara têm taxas bem mais baixas - Espanha fica-se pelos 9,2 por cento e Itália pelos 8,2 por cento - e mesmo os países nórdicos, onde a prevalência destas doenças é elevada, estão abaixo dos números nacionais.

Segundo o coordenador do estudo português, Caldas de Almeida, no topo dos problemas estão as perturbações de ansiedade, com 16,5 por cento, as perturbações depressivas, com 7,9 por cento, as perturbações de controlo dos impulsos (3,5) e as perturbações relacionadas com o álcool (1,6). Os mais afectados são as mulheres e os jovens dos 18 aos 24 anos e, dentro destes dois grupos, especialmente aqueles que estejam separados, viúvos e divorciados ou tenham níveis de literacia baixos e médios.

Ao nível do acesso aos serviços de saúde, o estudo constatou que existem "coisas boas e más". Segundo Caldas de Almeida, "os cuidados primários e de clínica geral têm uma acessibilidade muito boa em termos europeus, enquanto os serviços especializados já não têm uma performance tão boa", disse em declarações à agência Lusa.

Para além de medir a prevalência das doenças mentais, o estudo também tem como objectivo medir "o impacto destas doenças na produtividade de um país, em termos de incapacidade, de faltas ao trabalho e de doenças físicas".
“ in Publico”

O autismo dos nossos governantes e o constante optimismo completamente desfasado da realidade continua a dar bons frutos, pelo menos a nível de psiquiatria, que está a criar um país de doidos.
Parece também que em Portugal algumas pessoas reconhecem que estão com perturbações psiquiátricas e depressivas, mas aflitivo é os que estando mais doentes a esse nível, escondem disfarçando até não poder mais. Só quem lida com o problema é que sente isso. Uma coisa posso garantir, nunca vi tamanha epidemia a alastrar por este país fora.
Reparando no comportamento a nível de condutores nas estradas.
A brutalidade com que se digladiam, só por falta de civismo. E nas repartições públicas e estabelecimentos comerciais? Aí as reclamações dispararam! Mas mais engraçado é que não se reclama mais porque a esmagadora maioria não sabe escrever duas linhas no “Livro de Reclamações” senão bem podiam vir livros. Tudo isto são sintomas. Mas deixem aumentar mais os desempregados e vão ver a cambada de doidos que nos tornamos.
Não se esqueçam é que muitas queixas de doenças variadas não as conseguem associar com doenças psiquiátricas, infelizmente.
Tudo isto somado acho que poucos serão os que não estão loucos.
Isto sim uma verdadeira epidemia silenciosa e sofrida!
Anda tudo doido afinal? Ninguém quer saber!

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Morreu o Sr.do Adeus



Coitado, do Senhor e eu que nem o conheci. Pois nem passava pelo Saldanha àquela hora. Mas agora percebo que era uma personagem famosa. Parece que toda a gente gostava dele! E quem não gosta do Adeus. Toda a gente gosta de um ADEUS e se fosse uma certa personagem a faze-lo então tantos ficariam sorridentes. Já imaginaram o que seria o Sr. Primeiro-ministro a dizer adeus às portas de são Bento? Acho que todo o povo iria querer assistir. Uns todos desconsoladíssimos a ainda com expressões de “coitado” teve azar, levou logo com um cenário de crise. Outros comentariam as expressões da Praxe “Vai-te embora seu malandro”, entre outras coisas desagradáveis para o comum do mortal. Mas eu a propósito desta morte lembraria apenas de Antero de Quental.
Lembram-se?
Pois mas eu lembro-vos.
“Morra o Dantas, morra! - PIM! “ Ah! pois o MANIFESTO ANTI-DANTAS

Vamos ler então, sei que há coisas agora que não estão bem conformes àquela época, pelo menos à forma de vestir de determinadas pessoas, que até por assim dizer ganham fama lá fora.
BASTA PUM BASTA
Uma organização, que consente deixar-se representar por um Dantas é uma organização que nunca o foi! É um coio d'indigentes, d'indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero!
Abaixo essa organização!
Morra o Dantas, morra! - PIM!
Uma organização com um Dantas a cavalo é um burro impotente!
Uma organização com um Dantas à prôa é uma canoa em seco!
O Dantas é um cigano! O Dantas é meio cigano!
O Dantas saberá ler (?), saberá gatafunhar, saberá direito, saberá fazer ceias para cardeais, saberá escovar sapatos, saberá esmurrar o pobre e dar esmola ao rico, saberá tudo menos administrar que é a única coisa que ele pensa que faz!
O Dantas pesca tanto de administração que até faz organogramas com fluxos de duquesas! O Dantas é habilidoso!
O Dantas veste-se mal!
O Dantas usa ceroulas de malha e cuecas de 33 botões!
O Dantas tem gravatas feias e casacos amarelos!
A sexta-feira o Dantas usa a gravata regimental para fazer a continência à bandeira!
No resto da semana o Dantas cospe-lhe. O Dantas especula e inócula os concubinos!
O Dantas é Dantas!
O Dantas é Zé!
O Dantas é um Sebedolas.
Morra o Dantas, morra! - PIM!
O Dantas fez uma sorôr Mariana que tanto o podia ser como a sorôr Inez, ou a Ignez de Castro, ou a Leonor de Telles, ou o Mestre d'Aviz, ou a Dona Constança, ou a Nau Catrineta, ou a Maria Rapaz!
E o Dantas teve cláque!
E o Dantas teve palmas!
E o Dantas agradeceu!
O Dantas é um ciganão!
Não é preciso ir para o Rossio p'ra se ser pantomineiro, basta ser-se pantomineiro!
Não é preciso disfarçar-se p'ra se ser salteador, basta administrar como o Dantas!
Basta não ter escrúpulos nem morais, nem artísticos, nem humanos!
Basta andar com as modas, com as políticas e com as opiniões!
Basta usar o tal sorrisinho, basta ser muito delicado, e usar barba e olhos meigos!
Basta ser Judas! Basta ser Dantas!
O Dantas é um varredor a quem puseram gravata e se convenceu que era administrador!
Morra o Dantas, morra! - PIM!
O Dantas nasceu para provar que nem todos os que administram sabem administrar!
O Dantas é um autómato que deita p'ra fóra o que a gente já sabe que vai sair... mas é preciso deitar dinheiro!
O Dantas é um soneto d'elle-próprio!
O Dantas em génio nem chega a pólvora seca e em talento é pim-pam-pum!
O Dantas nú é horroroso!
O Dantas cheira mal da boca!
O Dantas é seboso!
Morra o Dantas, morra! - PIM! O Dantas é o escárneo da consciência!
Se o Dantas é português eu quero ser espanhol!
O Dantas é a vergonha da intelectualidade portuguesa!
O Dantas é a meta da decadência mental!
E ainda há quem não córe quando diz admirar o Dantas!
E ainda há quem lhe estenda a mão!
E quem lhe lave a roupa!
E quem tem dó do Dantas!
E ainda há quem duvide de que o Dantas não vale nada, e que não sabe nada, e que nem é inteligente, nem decente, nem zero!
O Dantas gosta de se travestir!
O Dantas sonha ser jurista!
O Dantas sonha ser carpinteiro e fazer mesas e pombais!
Mas o Dantas é carpinteiro. Ele faz muitas cadeiras principalmente em Espanha!
O Dantas não sabe o que é porque não é nada!
Ora parece um jardineiro com a pêra de um administrador, ora um administrador sem a delicadeza e a sensibilidade de um jardineiro!
O Dantas só é Administrador do parque das laranjeiras.
Como o Dantas, só o Dantas!
O Dantas é um conjunto composto de um único indivíduo: o Dantas!
O Dantas é um pavão desossado!
Continua o Senhor Dantas a portar-se assim e um dia ainda acordará enfeitado com um par de murros na testa!
E fique sabendo o Dantas que se todos fossem como eu haveria tais munições de manguitos que levariam dois séculos a gastar. Morra o Dantas, morra! - PIM!

JOSÉ DE ALMADA NEGREIROS

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

DA GUERRA DO DINHEIRO À GUERRA DAS ARMAS


Os EUA ou seja a Reserva Federal Americana, vai inundar o mercado com mais 600 biliões de dólares. Este intento desvaloriza o dólar obrigando a valorizar as restantes moedas, provocando um aumento de exportações dos EUA mas diminuindo nos outros países.
As reacções já se fizeram sentir, principalmente da China, da Rússia, da Alemanha e do Brasil.

A idéia de Obama é fazer a economia americana crescer.
Parece que a estratégia de Obama é dividir os países emergentes, separando desde já a Índia, oferecendo-lhe lugar no Conselho de Segurança das Nações Unidas, revoltando já os brasileiros que queriam esse lugar.
A China mantém a sua moeda, o iuan, artificialmente desvalorizada para garantir as suas exportações que estão a provocar uma guerra cambial que deixará mortos e feridos pelo mundo fora.
A União Européia também está muito preocupada uma vez que o dólar está muito desvalorizado em relação a euro, que dificulta a sua recuperação econômica e acusando já os americanos de egoístas e que o valor da moeda deve refletir os fundamentais da economia.
Ora a guerra está lançada, para já uma guerra cambial, com os Chineses a temer a subida da sua moeda, que se subir 5%, leva a crise à própria China, empurrando-a para o turbilhão da recessão que da qual não se conseguirá salvar. Segundo eles se isto acontecer as exportações descem e o desemprego instala-se levando a fortes contestações sociais naquele imenso País, que tem um enorme superávit que o leva a investir nos vários países do mundo, onde já possui 2/3 da dívida Americana, assim como outros países como na Europa, África e mesmo o Brasil, não deixando esquecer que se preparam para comprar o divida de Portugal. Claro está que tudo isto tem um troco, interesses econômicos estratégicos, essencialmente manter os países seus importadores estáveis, por forma a não beliscar as suas exportações, penso eu.
Mas a China, não se esqueçam que financia os EUA em troca das suas exportações. E se isso deixa de acontecer? Com os dólares que recebe dos EUA, os chineses compram ativos reais em todo o mundo, inundando, principalmente os países emergentes, entre eles o Brasil, da moeda norte-americana.
Já imaginaram de repente o dólar deixa de ter um determinado valor, por força da emissão de moeda pela Reserva Federal Americana, isto é, inundam o mercado de dólares, o dólar desvaloriza o as restantes moedas valorizam assim como o iuan. A China entre em recessão e deixa de ter um determinado valor em ativos (divida e moeda) por força da desvalorização da moeda americana . Esses 2/3, perdem valor considerável.
Os Chineses sentem que foram enganados “que compraram Gato por Lebre”. A divida Americana já não tem o valor que eles investiram. Os dólares que eles têm de reserva já não valem o que valiam e ainda por cima levam com a crise provocada pelos americanos.
Vai ser uma Guerra de divisas, cada País a tentar defender-se, isto leva uma inflação descontrolada e proteccionismo de estado em que só o ouro se salvará.
Será que foi para isso que os Chineses se andaram a armar?
Para passar de uma guerra económica a uma guerra de armas?

Está a tornar-se perigoso!

Irlanda à beira da bancarrota


Hoje no dia em que Portugal ultrapassou os 7% nos juros de emissão de dívida pública, sabe-se também que a Grécia não vai conseguir atingir as metas do seu orçamento que era de 7,8 fugindo para muito mais de 9% do PIB. Grécia que já pediu apoio ao Fundo de Estabilização Europeu e ao FMI, mas que continua cheia de buracos nas contas. Assim como Portugal, como é o caso das parcerias público-privadas, entre outros.
Sinceramente sinto que não será possível sair desta, pelo menos só à conta de quem trabalha, como tem sido o caso. Como se consegue baixar o défice com 7% de juros (por enquanto) da divida pública. Sim são mais estes aproximados 7%, claro que por enquanto será menos um pouco, mas também virá a aumentar, visto que a Grécia já vai nos 11%. Juntem-lhe agora os compromissos das Auto-Estradas com cada vez menos carros a circular, etc. Isto são dois pequenos exemplos, que afinal são é grandes demais para arruinar o país.
Mas falemos da Irlanda, que está quase falida. A pagar juros recorde agora arrisca-se a ver alguns bancos falidos e o Pais sem Capital para os segurar, já. E ainda a procissão nem chegou ao adro! O governo garantiu que não haveria mais surpresas e que todos os buracos estavam identificados, mas foi necessário tapar mais buracos e gastar mais dinheiro, mas afinal a surpresa maior ainda estava para vir. Depois de se terem arrastado quase à beira da falência pelas más opções no sub-prime e imobiliário comercial, agora chegou a vez dos empréstimos à habitação. (Lembrei-me logo de Portugal, o grande tombo que nos espera). Calcula-se que uma em cada quatro casas compradas nessa altura da bolha especulativa valha menos do que aquilo que o proprietário ainda tem de pagar ao banco. Com o desemprego a disparar, faz com que o malparado esteja a aumentar a um nível assustador ameaçando a falência dos bancos. (Eu bem disse que era má altura para comprar casas há uns dez anos a esta parte, mas ninguém me ouviu, claro!)
Quando as pessoas deixarem de pagar as suas casinhas, já não vai haver dinheiro para salvar nada.
Onde é que eu já vaticinei isto há uns tempos? Deve ter sido num desses meus artigos. Pois ninguém se lembra, mas eu escrevi sobre a falência dos Estados Soberanos. Com o tempo lá chegaremos.

A ver vamos! Como diz o outro.

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Venda ao Desbarato


O Governo britânico anunciou um plano de austeridade de quatro anos, o maior desde o fim da II Guerra Mundial, que prevê cortes radicais na despesa do Estado e aumento de impostos. Tudo isto para baixar o défice orçamental do Reino Unido de 10,1% em 2009 para 1,1% do PIB em 2015. Para isso prepara-se para vender até metade das florestas do país, no âmbito do plano para combater o défice.
Mas ainda têm a lata de dizer que na maioria dos casos, o grande objectivo é colocar as florestas à disposição das comunidades e organizações não governamentais.
Por falar em lata, lembrei-me logo dos nossos políticos. Que lata terão eles daqui a amanhã para anunciar novas medidas para os O. E. que se seguem.
Vender as florestas? Isso já ardeu tudo! Bem sempre restará algum Parque Natural Protegido que seja vendável. Quem sabe a Serra da Peneda e Gerês, a Serra da Arrábida, da Estrela ou do Alvão. Deve haver compradores, aquilo até deve ser um bom negócio, cobrar a entrada aos amantes da natureza. Elas este ano levaram um bom devaste com os incêndios, mas sempre sobraria alguma coisa. Era boa ideia, é que além de entrar dinheiro para os cofres do Estado, sempre se poupava em vidas de Bombeiros e aluguer de helicópteros e aviões Canader.
Também podíamos vender depois a concessão da Exploração Marítima, agora que aumentou a nossa Plataforma Continental. Sim que os Rios já pouco valem e estão na sua maioria entregues à EDP. No mar sempre podia vir a EDP Renováveis com mais energia eólica, já que está tanto na moda. Ah! vender os passeios públicos e colocar uns “pedágios” como dizem os brasileiros, uma portagem à estrada das localidades ou coisa parecida. “Se quer andar tem que pagar” era um bom slogan. Já que se paga para andar nas estradas quase todas agora, paga-se para estacionar, ou se não se paga estaciona-se mal e é-se autuado que é pior a emenda que o soneto.
Não sei de onde poderá vir mais dinheiro. Vender monumentos, como já começaram a fazer os Italianos, mas isso já o fizemos em tempos de crise também. Deu para o torto.
Ficou conhecido pela Lei do Mata-Frades, criada pelo Joaquim António de Aguiar (ganhou essa alcunha), que promulgou a célebre lei pela qual declarava extintos todos os conventos, mosteiros, colégios, hospícios, e quaisquer outras casas das ordens religiosas regulares, sendo os seus bens secularizados e incorporados na Fazenda Nacional.
Reza a história que o povo revoltado numa localidade pela venda de um mosteiro, acabou por matar à pancada o ilustre comprador.
Gostava de ver isto agora!

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Brincar às Escondidas






E se fizéssemos um jogo como quando éramos miúdos?
Podíamos começar por criar uma comissão, de técnicos qualificados quer em fiscalidade e direito tributário, quer em justiça. Seja o que for, mas essencialmente gente vocacionada na investigação, do tipo “caça fantasmas”. Se calhar uma espécie de Tribunal. Mas em vez de Tribunal de Contas seria melhor um Tribunal de Ajuste de Contas e ir à procura de situações fraudulentas, buracos financeiros, financiamentos indevidos, ajudas de custo e subsídios mal atribuídos, concursos públicos de obras e de admissão e sem lá que mais, concessões, contratos, ajustos directos, financiamentos a partidos, nomeações suspeitas, sei lá! Tanta coisa que nem tem ponta por onde se lhe pegue, mas com tanta gente formada no desemprego era uma boa ideia criar assim uns postos de trabalho. Estou convencido que voluntários não faltavam, até mesmo a trabalhar de borla, só para descobrir a careca a esta gente que andou anos e anos a roubar-nos às escondidas e agora nos querem roubar às claras com este Orçamento.
È verdade era um bom jogo esse de brincar às escondidas, porque cada dia que passa iremos descobrir os buracos financeiros, os esquemas os desvios, os malabarismos com que sempre estes senhores andaram para apresentar os sucessivos Orçamentos de Estado.
Já chega de brincar às cegas… vamos brincar antes às escondidas e descobrir os seus autores. Até parece ser fácil! Pois já vi que não querem entrar neste jogo. “Imburrentes” era assim que dizíamos quando éramos crianças. Não entraram no outro jogo e não vão querer entrar neste. Pois são uns passivamente “imburrentes” não entram em jogo nenhum. Deixem estar que eles encarregam-se de jogar com as vossas vidas. Eles empurram-nos para outro jogo, se calhar o jogo de brincar ao pisa. Lembram-se?. É simples, a gente entra no jogo, mas se estivermos distraídos, somos pisados Ou acontece isto. eheheeh

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Fundação Champalimaud sem derrapagem


A Fundação Champalimaud foi inaugurada no passado dia 5, dia sugestivo por acaso o dia da comemoração dos 100 anos da implantação da República. Uma República pútrida e a precisar de uma reforma, mas violenta senão fica tudo na mesma, como é normal neste país. Mudam as moscas mas…
Mas o que eu queria aqui alertar era o facto de esta obra de 100 milhões de euros ter sido construída sem derrapagens. Fiquei admirado como isso foi possível. Deve ter havido ali muito rigor e muito empenho na construção. Normalmente num País onde as obras públicas acabam por ficar muitas vezes por 2 a 3 vezes ou mais o valor orçamentado, como foi possível esta ter conseguido esse milagre.
Mas ainda foram apenas necessários 730 dias para construir o centro (menos de dois anos desde o lançamento da primeira pedra). Incrível, quando neste País se demoram anos para fazer nada e muitas vezes mal feito.
Gostava de saber quem foi a construtora da obra, agora fiquei curioso, deve ser uma empresa muito eficiente. Cá para mim foi milagre! Deve ter as mão do Champalimaud, que está lá do outro lado, como que arrependido daquilo que roubou aos pobres, quis deixar um legado à sociedade de então.
Como foi possível fazer uma coisa desta envergadura tão rápido e sem custos?
Será que as outras obras tambémse poderiam ter feito assim como esta, com tanta eficiência?
Poder podia, mas não teria havido luvas, a uns e a outros, não se tinha criado fortunas como se criaram nestes últimos tempos de senhores ligados à politica é às obras públicas, onde tantas empresas criaram riqueza e se tornaram das maiores da Europa até, quando antes não eram nada. Esta é diferença, entre a eficiência e a construção inquinada com concursos duvidosos e suspeitos, com prazos alargados e sucessivas derrapagens, que levaram à desgraça que se vive agora. Um País falido à custa disto tudo e agora o povo é que paga, que nem governou, nem construiu obras que são a vergonha dos nossos governantes.

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Orçamento da desgraça

Dia 28 de Dezembro coloquei aqui as minhas previsões para este ano.
Nessa altura ainda não se falava de crise e Sócrates era uma figura com entusiasmo optimista e ainda acreditava no Pai Natal.
Pois mas Pai Natal é aquilo que os funcionários públicos e portugueses no geral acabaram por ter com este Orçamento de Estado. Um Pai Natal chamado Sócrates, com três meses adiantados, não começassem os portugueses a pensar em compras de Natal.
Previ eu antes do inicio do ano, que: “nossos governantes às voltas com a crise e sem serem capazes de nos tirar dela”, “o perigo de ideias fixas do Governo na forma escolhida de sair da recessão económica”, “Mas a destruição do País e do seu tecido social, vai continuar e os políticos só prejudicam ainda mais com rancores e sentimentalismos, mostrando fragilidades partidárias e muita passividade para se empenharem em verdadeiras soluções”, “vai ser um continuar de erros e destruição.” “Uma realidade em que as pessoas se sentirão perdidas com tantas desorientações governativas.” “Não se vai querer olhar para os factos reais do país, como fome, desemprego, falências, divida das famílias e externa, etc. Se as politicas não mudarem o país afunda-se no abismo (à beira da falência). Portanto o sofrimento vai continuar sem ideias sem controlo e sem sabedoria”, “os Governos estão obcecados por soluções que não resolvem. Não são inteligentes, não tomam iniciativas novas, vão continuar sem racionalismo, sem criatividade e novas ideias, em suma, um país inconscientemente a afundar-se numa crise cega”. Entre outras coisas foi o que previ, mas sinceramente não imaginava tanto.
Não imaginava a coragem do Governo em cortar o vencimento dos funcionários públicos, como se eles é que fossem os culpados da crise, deixando de fora as reformas chorudas, e os privados, como se Portugal fosse só Função Pública.
Sim é verdade também cortaram em mais de um milhão e trezentos mil euros em abonos para crianças e jovens, aumentaram o IVA, congelaram os aumentos de vencimento e escalões, aumentaram o desconto para a Segurança Social, etc. Ora estive a fazer as contas só com estas medidas estes cabr… foram-me ao bolso em cerca de €250, no corte do vencimento, no aumento que não vou ter, no escalão que esperava e voltou a ser congelado, no IVA a 23%, cortes no beneficios fiscais-IRS, na subida dos medicamentos porque infelizmente também tenho doenças, na inflação dos bens de 1ª necessidade que vão disparar… bem é melhor deixar de fazer contas, senão a roubalheira com contas bem feitas é superior ao salário minimo nacional. Mas agora só pergunto, para quem vai este dinheiro que estes filhos de "uma grande senhora honrada" me estão a roubar se o país vai continuar a afundar?
Como diz o Carvalho da Silva, “Querem-nos pôr a pão e água”.
Estes tipos andaram anos a vender a retalho e ao desbarato o País, incorporaram, fundos da P.T., fundos dos C.T.T., da C.G.D., da SAD/PSP, para esconder a incompetência nos Orçamentos de Estado, destruíram o sector produtivo colocando-nos à mercê das multinacionais e agora querem pôr-nos a passar fome, depois de eles construírem fortunas, ao longo destes 30 anos de desgovernação e ninguém os leva presos? Nisso eles não tocam, nas fortunas que não tinham. Seus oportunistas e mamões. Metam impostos nisso, tenham coragem! Descapitalizaram o Estado engordando à nossa conta. Pagaram indemnizações chorudas aos”boys”, prémios nas empresas mal geridas, grandes banquetes, grandes carrões e tudo à nossa conta, criaram o clientelismo,promoveram a incompetência,tornando-nos completamente dependentes do estrangeiro e à mercê das regras dos grandes interesses do mercado especulativo e dos grandes bancos que nos sugarão até ao tutano. E ainda seguraram o BPN!
Um País que não crie riqueza não tem futuro e hoje em dia aquilo que criamos é desemprego, fome e miséria.
Um país que sobe impostos, convida à fuga e á consequente perda de receita acabando por sermos os mesmos a pagar essa fuga.
Fica tudo na mesma. Não se vai aos Institutos Públicos, às Fundações, às empresas público-privadas e participadas do Estado, às empresas municipais, aos consultores jurídicos que cobram milhões e não pagam tostões. Uma autêntica pilhagem dos dinheiros públicos e o Zé-povinho a pagar. Irra que anda tudo a dormir. Velha lá essa fome a ver se o povo abre bem os olhos.


Desculpem a linguagem.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Queima do Corão, preocupação assustadora


O reverendo Terry Jones, do World Outreach Center, uma pequena igreja evangélica com pouco mais de 50 fiéis…, assim é a noticia! Pasmem-se!
Uma insignificante quantia de pessoas está a causar medo em toda a comunidade internacional.
Como é possível, pouco mais de “dois gatos pingados”, como se diz na minha terra, contribuírem para uma guerra cada vez mais acelerada entre dois mundos.
Querem comemorar o 11 de Setembro queimando o Corão, a coisa mais sagrada do mundo islâmico. Todos nós sabemos que esses tão poucos terroristas ligados a Bin Laden, conseguiram fazer um marco numa nova era da humanidade. Uma nova era de guerra generalizada entre religiões e culturas, nós os católicos essencialmente e eles os islâmicos. Mas esses actuaram secretamente, agora este punhado de “parvos” anunciaram ao mundo, de forma a acicatar mais uma vez a guerra que se anuncia, pondo em perigo um contingente militar de Norte Americanos e não só, contribuindo para esta bola de neve de ódios cada vez maiores do mundo muçulmano ao nosso mundo.
Quando as palavras paz e concórdia são cada vez mais necessárias, estes “patetas” desenterram o “machado de Guerra”.
È realmente preocupante a crispação cada vez maior entre o nosso mundo “Ocidental”, dito de mais civilizado e o restante.
Já em tempos referi neste blogue que vinha aí o nacionalismo assim como referi também já há bem tempo, que nos aproximávamos de mais uma guerra e essa sim assustadora.
Pois bem, estes condimentos agora referidos, a reacender a fogueira, assim como os novos tiques de Nacionalismo protagonizados por Nicolas Sarkozy, em França que começou com a expulsão dos ciganos e agora já vai nos ladrões e mendigos são outros sinais preocupantes.
Os acontecimentos entre a crise da grande depressão de 1929 e a 2ª. Guerra Mundial são bem elucidativos dos sinais da história. Pois já se diluíram e quase ninguém se importa com isso, é pena não nos interessarmos com os ensinamentos da história.
Mas toda esta fúria de nacionalismo tem a ver com a crise económica que se vive. É assim que nos tornamos irracionais e egoísta e nos leva à perseguição dos mais desprotegidos. E com isto se contribui para o alastrar de um conflito entre civilizações.
Também a crise económica mundial na passada semana levou à aprovação no Senado Americano de leis mais proteccionista à economia americana, com vista a dificultar a entrada de produtos estrangeiros naquele país, protegendo a produção nacional. Quem diria, onde se dizia a economia mais aberta do mundo. Os Chineses quando a economia voltar à recessão, vão querer cobrar tudo isto. A crise americana a acontecer tem muito a ver com a China, que quando eles quiserem fazer contas a isso, estou a querer que só resta uma guerra. Mas isso “são contas de outro rosário” que um dia tentarei explicar aqui. Para já fique-se com a ideia que a guerra a estalar lá mais para a frente, não tenho dúvidas por razões claras, vamos ter dois inimigos, os Islâmicos e os Chineses. Falta um para completar a trilogia, quem sabe a Rússia. Mas essa já há muito anda em Guerra connosco.
Uma coisa é certa, a ideia deste Reverendo de queimar vários livros do “Corão” no próximo sábado, vem dar uma pequena ajuda. Será que ninguém o demove?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

As engrenagens da economia - fascinante.



Numa localidade no interior, com muito frio e parecendo deserta… Os habitantes, endividados, estão a viver as custas do crédito.
No meio deste cenário, chega um viajante rico e entra num pequeno hotel. O mesmo puxa por duas notas de €50, põe no balcão e pede para ver um quarto.
Enquanto o viajante vê o quarto e demais facilidades do hotel, o gerente do hotel sai a correr com as duas notas de €50 e vai até ao talho pagar suas dívidas com o talhante.
Este, feliz, agarra nas duas notas e vai até um criador de suínos a quem deve e paga tudo.
O criador, por sua vez, pega também nas duas notas e corre ao veterinário para liquidar a sua dívida.
O veterinário, com a duas notas em mãos, vai rápido pagar a uma “dessas meninas” o que devia (em tempos de crise essa classe também trabalha a crédito).
A prostituta, aliviada, sai com o dinheiro em direção ao hotel, lugar onde, às vezes, levava os seus clientes e que ultimamente não havia pagado pelas acomodações… e paga a conta.
Nesse momento, o viajante chega novamente ao balcão, pede as duas notas de volta, agradece e diz não ser o que esperava e sai do hotel e daquela terra.
Ninguém ganhou nenhum vintém, porém agora toda a gente ali vive sem dívidas e com o crédito restaurado, e começa a ver o futuro com confiança!
MORAL DA HISTÓRIA “Quando o dinheiro circula e toda a gente paga suas contas, não há crise!!!”
nota: este artigo foi adaptado de um artigo brasileiro, como é esclarecedor e engraçado, adaptei-o e republiquei aqui.

Profecias Maias



Todos os anos, milhares de pessoas invadem Chichen Itza para observarem um estranho fenómeno.
As 15:00 horas do equinócio da primavera e do Outono, o jogo de luzes forma a sombra de uma serpente sobre a escada que se encontram com sua cabeça esculpida na base da pirâmide de Kukulcan . Para muitos esta serpente é um alerta para uma catástrofe que está prestes a acontecer. Os cientistas não sabem o significado da serpente. O que sabem é que é preciso ter muito conhecimento científico para construí-la. Lembre-se que ela foi erguida a mais de mil anos. "Esta silhueta simboliza a serpente descendo do céu para o plano de existência terrestre e entrando no final do dia nas profundezas". diz o Dr. Alen F. Chase - Professor de Antropologia da Universidade Central da Florida. O conhecimento avançado do templo e espaço culminou na construção da pirâmide de Kukulcan, nome da divindade suprema dos maias. Kukulcan é na verdade um calendário tridimensional. "A pirâmide de Kukulcan é um zigurate de pedra de quatro lados que na verdade é um calendário. Somando os 91 degraus de cada lado mais a sua plataforma, o total é 365 dias, como os dias do ano. O incrível é que os maias ergueram a pirâmide de modo que no equinócio o sol atinja a face norte criando a sombra de um serpente gigante.", diz Steven Alten.
Como os maias adquiriram profundo conhecimento do tempo continua um mistério, mas eles atribuíam este conhecimento a Kukulcan, um deus omnisciente, que não tinha nenhuma semelhança com o povo de pele morena. Kukulcan era descrito como um homem alto e branco com longos cabelos e barbas brancas e brilhantes olhos azuis. Tinha o crânio alongado, o que fazia as mães maias amarrarem tábuas nas cabeças dos bebés para alongar os crânios. Por volta do ano 1000 d.C., por razões desconhecidas, Kukulcan deixou Chichen Itza e voltou para o mar, de onde muitos acreditam que ele viera. Antes de partir prometeu ao povo que um dia voltaria, mas isto nunca aconteceu.
A história maia
Como os maias usaram seu calendário para prever dados futuros, inclusive o fim do mundo, com tanta precisão? Para responder a esta pergunta, precisamos conhecer um pouco a civilização maia. Os Maias foram uma ramificação da civilização Olmeca que floresceu no México e América Central por volta do ano 500 a.C. O auge dos maias ocorreu entre 600 e 900 d.C. quando se comparavam a civilizações da Mesopotâmia. Tinha escrita hieroglífica, redes comerciais, arte, cultura e tudo mais. A cidade de Chiten Itza era o centro religioso, cerimonial e cultural da região. Eles não utilizavam a roda, mas tinham conhecimentos avançados de astronomia, arquitetura e matemática. Faziam previsões em observatórios astronómicos baseando-se em equinócios e nos ciclos de Vénus. Eles registavam seus dados em entalhes e códices com complexos hieróglifos. Em 1519, o conquistador espanhol Ernam Cortez aportou em terras maias, que pensaram se tratar da volta do grande lider Kukulcan. Esta confusão quase levou a sua destruição. Em 50 anos perderam 90% de sua população. Por esta razão, os cientistas tem dificuldade em saber sobre a região maia na antiguidade. Os rituais maias, como o sacrifício humano e o alongamento de crânios, causaram repulsa aos conquistadores e padres que os converteram ao cristianismo e destruíram todos os seus códices, excepto 4, que estão em diferentes bibliotecas da Europa. Se os códices não tivessem sido queimados, hoje saberíamos muito mais sobre os maias. O mais famoso é o Códice de Dresden, que seria a chave para o calendário e as profecias maias. Para alguns, ele guarda a data exacta de nosso fim.
O Códice de Dresden
Em 1880 um estudioso alemão começou a estudar o código detalhadamente. Conseguiu decifrar os hieróglifos e ver a visão que os maias tinham do futuro e do universo. Os especialistas logo descobriram que o códice continha uma série de previsões astronómicas. Os eclipses e ciclos lunares e venusianos estavam claramente representados. Era um diagrama da actividade galáctica que se estendia por milhares de anos no futuro. Eles também perceberam que o código apresentava um calendário, mais avançado até mesmo que os actuais. Dentro deste calendário parecia haver previsões ligadas a diferentes eras históricas. Para entender as profecias maias, inclusive a do fim do mundo, era preciso entender como este calendário se organizava, o que não era tarefa fácil. Demorou mais de século para desvendar o calendário na qual as profecias se baseiam, Ainda incompleto, o minucioso trabalho de decifrar o Códice de Dresden e compará-lo as inscrições maias nos monumentos continua. A maior certeza até agora que os cientistas chegaram é que os maias eram obcecados pelo tempo e tinham uma visão muito diferente da nossa. Para eles o tempo era cíclico. Algo que aconteceu no passado certamente voltará a acontecer continuamente. Para nós o tempo é linear.

Foi com esta visão cíclica do tempo que os maias criaram o calendário mais sofisticado já concebido por uma civilização. Complexo e preciso, na verdade são 3 calendários em 1. O primeiro e mais conhecido é o calendário Solar, conhecido como Haab. Tem 365 dias divididos em 18 meses e 20 dias, mas um curto período de 5 dias, considerado muito desfavorável. Seus cálculo são tão precisos que ele é 4 segundos mais precisos que o calendário usado hoje! O segundo calendário é o cerimonial de 260 dias, chamado Tolkien, que consistia em 13 números combinado em 20 dias (13*20=260). Este calendário era usado para entender várias dimensões da experiência humana. Por exemplo, baseia-se no período de 9 meses da gestação humana. Eles usavam este calendário para unir processos divinos e terrenos. Mapeava o destino dos maias, pois cada dia do Tolkien tinha um significado especial ditado ao seu nome e alinhamento astrológico a ele associado, como um Zodíaco. Usavam este calendário para baptizar crianças, decidir o melhor dia para batalhas e casamentos, e prever fenómenos astronómicos como eclipses e os ciclos de Vénus. Os maias combinavam o Haab com o Tolkien como duas engrenagens, formando o chamado calendário circular, que é um ciclo de 52 anos que combina o ano solar com o ciclo de 260 dias. Os números, os dias, os meses só se repetem a cada 52 anos. Isto equivale hoje ao nosso século. O terceiro calendário que os maias usavam para calcular o tempo é o de Conta Longa. Este sistema era central para o conceito maia de tempo. Foi através deste calendário que os maias calcularam o fim do mundo e fizeram suas outras predições. A conta longa media o tempo transcorrido desde a mítica origem dos maias. Transcrevia o tempo de vida de reis e indivíduos. Após anos recolhendo dados astronómicos, arqueológicos e iconográficos, estudiosos calcularam que o calendário de conta longo teria começado em 13 de Agosto de 3114 a.C. e terminaria em 21 de dezembro de 2012, o dia do juízo final. O calendário de conta longa contêm unidades de tempo chamados Katuns que equivalem cerca de 20 anos. Para cada Katun, os maias formulavam uma profecia específica. Os Katúns e suas profecias repetiriam-se a cada 260 anos.
As profecias de Chalam Balam
As melhores profecias maias estão no livro de Chalam Balam. Era o nome do sacerdote que previu a chegada dos brancos barbados a Yucatán. O maias sobrepuseram o ciclo Katun a sua história e supuseram que se repetiria infinitas vezes.
Os 5 grandes ciclos, o alinhamento cósmico, a preces são  o juízo final.
Talvez o que mais importe no calendário da conta longa seja um tempo mais abrangente. Na cosmologia Maia, há 5 grandes ciclos, cada um com cerca de 1.125 anos. Quatro já passaram. " Os 4 ciclos anteriores terminaram em destruição. A profecia maia do juízo final refere-se ao último dia do 5º ciclo, ou seja, 21 de dezembro de 2012." diz Steven Alten. Portanto o 5 e atual ciclo também terminará em destruição. O que irá desencadeá-la? A resposta pode estar em um raro fenómeno cósmico que os maias previram a mais de 2.000 anos. "A profecia maia para 2012 baseia-se em um alinhamento astronómico. Em Dezembro de 2012, o sol do solstício vai alinhar-se com o centro de nossa galáxia. É um raro alinhamento cósmico. Acontece uma vez a cada 26.000 anos" diz John Major Jenkins, autor do livro Maya Cosmogenese 2012.
A cada 26.000 anos o sol alinha-se com o centro da Via Láctea. Ao mesmo tempo ocorre outro raro fenómeno astrológico, uma mudança do eixo da terra em relação a esfera celeste. O fenómeno chama-se Precessão. A data exacta disto tudo é 21 de Dezembro de 2012. "A Terra oscila lentamente sobre seu eixo mudando nossa orientação angular em relação a galáxia. Uma precessão completa leva 26.000 anos." diz John Major Jenkins.
Como os maias conseguiam prever fenómenos cósmicos 26.000 anos no futuro continua um mistério, apesar do constante trabalho dos pesquisadores. Sabe-se que por alguma razão eles atribuíam uma grande importância ao ciclo da precessão. "A precessão é uma medida cósmica tão lenta que a consideravam um sistema fundamental no qual embutiam sua história e com a qual se localizavam no contexto do tempo." diz Bruce Scofield, pesquisador de astronomia maia.
Este raro alinhamento era muito importante para os maias e para saber o porque temos que estudar o mito da criação dos maias, o "Popo Vuh" ou o mito dos heróis gémeos. O "Popo vuh" diz que a fenda escura na Via Láctea era a entrada para o reino do além, uma porta para o mal. É com o centro desta mesma fenda que o sol vai se alinhar em 21 de dezembro de 2012. Segundo o texto sagrado, os senhores das profundezas desafiaram o primeiro Pai para um jogo de bola. O grande Pai foi traído e decapitado, mas seus filhos, os heróis gémeos, desafiaram para um novo jogo as profundezas e ganharam, ressuscitando o primeiro Pai. (Este é o famoso jogo de bola dos maias, onde o capitão da equipa ganhadora, como recompensa, era sacrificado aos deuses). Existiria uma ligação entre esta lenda e a profecia de 2012? Este jogo de bola dos maias parece mostrar que sim, pois seu simbolismo com o alinhamento é interessante. O campo de jogo representa a Via Láctea, o aro no meio do campo representa o centro da Via Láctea. A bola é o sol. A bola entrando no aro representa o final dos tempos.
As profecias de Chalam Balam
As melhores profecias maias estão no livro de Chalam Balam. Era o nome do sacerdote que previu a chegada dos brancos barbados a Yucatán. O maias sobrepuseram o ciclo Katun à sua história e supuseram que se repetiria infinitas vezes. Por exemplo:
- O 13º Katun ocorreu em 1520 quando os conquistadores espanhóis chegaram ao México, voltou a ocorrer em 1776, no período que corresponde as revoluções francesas e americanas. Chalam Balam fez a seguinte previsão para o 13º Katun: Será uma época de total ruína onde tudo se perderá. Será a época do julgamento de Deus. Haverá epidemias e pragas e depois virá a fome. Estrangeiros conquistarão governos e sábios e profetas encontrarão seu fim.
- O 10º Katun coincide com o desaparecimento dos maias do sul e diz: Mais uma vez a desgraça se abate sobre a Terra. Secas e fomes e uma época de ocupação estrangeira, mudanças e tristezas. Foi neste Katun que ocorreu também a 2º Guerra Mundial
- O 5º Katun menciona: Um tempo de infortúnios, de incisão entre líderes e liderados, o povo perderá a fé em seus lideres que poderão ser maltratados, até mesmo enforcados, haverá também cobras em abundância. A fome será grande e poucos nascerão neste período. O 5 Katun ocorreu pela última vez em 1855, quando ocorreu a guerra civil americana. Os que estudam os Katuns notam mais semelhanças entre o passado distante e o passado mais recente.
- O 8º Katun é um dos piores, foi neste período que Chichen Itza foi destruída e aguerra do Vietnã dividiu os EUA. Diz o 8º Katun: Uma época de extermínio e destuição entre os governantes. Do fim da cobiça, mas de muita luta. Uma época de se ficçar em outro lugar.
- O 6º Katun. Watergate, o escâdalo Irã contra e a camapanha contra a fome na África, parecem únicos na previsão para o 6º Katun, que teve início em 1973. Diz o 6º Katun: Uma época de um governo mal e enganoso, muitos morrerão de fome.
- O 2º Katun, que vai ocorrer após 2012, diz: Para metade haverá alimentos, para outros infortúnios. É a época em que terminará o mundo de Deus. A época de se unir por uma causa.
- O 4º Katun. É o que vivemos hoje. Começou em 1993 e terminará em 2012. Durante este período, segundo Chalam Balam, a divindade suprema retornará a Terra, anunciando o início de uma nova era. É uma época de relembrar o conhecimento em meio a escassez e da chegada do pássado Quetzal, Kukulcan. É um prelúcio para mudanças maiores que ocorrerão no Katun 13 e no 11, daqui a muitas décadas. Então estariamos no começa de uma mudança para uma nova era. Os eventos do 11 de setembro desempenham um papel importante nas mudanças que a nova era aludem. 11 de setembro correponde a data no calendário que representa mudança, o ataque ao Afeganistão ocorreu na data que significa o ajuste ou o equilíbrio.
As profecias de Chalam Balam estão abertas a interpretações, mas são tão específicas que suscitaram previsões assustadoras de outros acontecimentos histórico
Os 5 grandes ciclos, o alinhamento cósmico, a precessão e o juízo final
Talvez o que mais importe no calendário da conta longa seja um tempo mais abranente. Na cosmologia Maia, há 5 grandes ciclos, cada um com cerca de 1.125 anos. Quatro já passaram. " Os 4 ciclos anteriores terminaram em destruição. A profecia maia do juízo final refere-se ao último dia do 5º ciclo, ou seja, 21 de dezembro de 2012." diz Steven Alten. Portanto o 5 e atual ciclo também terminará em destruição. O que irá desencadeá-la? A resposta pode estar em um raro fenômeno cósmico que os maias previram a mais de 2.000 anos. "A profecia maia para 2012 baseia-se em um alinhamento astronômico. Em dezembro de 2012, o sol do solstício vai se alinhar com o centro de nossa galáxia. É um raro alinhamento cósmico. Acontece uma vez a cada 26.000 anos" diz John Major Jenkins, autor do livro Maya Cosmogenese 2012.
A cada 26.000 anos o sol se alinha com o centro da Via Láctea. Ao mesmo tempo ocorre outro raro fenômeno astrológico, uma mudança do eixo da terra em relação a esfera celeste. O fenômeno se chama Precessão. A data exata disto tudo é 21 de dezembro de 2012. "A Terra oscila lentamente sobre seu eixo mudando nossa orientação angular em relação a galáxia. Uma precessão completa leva 26.000 anos." diz John Major Jenkins.
Como os maias conseguiam prever fenômenos cósmicos 26.000 anos no futuro continua um mistério, apesar do constante trabalho dos pesquisadores. Sabe-se que por alguma razão eles atribuiam uma grande importância ao ciclo da precessão. "A precessão é uma medida cósmica tão lenta que a consideravam um sistema fundamental no qual embutiam sua história e com a qual se localizavam no contexto do tempo." diz Bruce Scofield, pesquisador de astronomia maia.
Este raro alinhamento era muito importante para os maias e para saber o porque temos que estudar o mito da criação dos maias, o "Popo Vuh" ou o mito dos heróis gêmeos. O "Popo vuh" diz que a fenda escura na Via Láctea era a entrada para o reino do além, uma porta para o mal. É com o centro desta mesma fenda que o sol vai se alinhar em 21 de dezembro de 2012. Segundo o texto sagrado, os senhores das profundezas desafiaram o primeiro Pai para um jogo de bola. O grande Pai foi traido e decapitado, mas seus filhos, os heróis gêmeos, desafiaram para um novo jogo as profundezas e ganharam, ressuscitando o primeiro Pai. (Este é o famoso jogo de bola dos maias, onde o capitão do time ganhador, como recompensa, era sacrificado aos deuses). Existiria uma ligação entre esta lenda e a profecia de 2012? Este jogo de bola do maias parece mostrar que sim, pois seu simbolismo com o alinhamento é interessante. A quadra representa a Via Láctea, o aro no meio do quadra representa o centro da Via Láctea. A bola é o sol. A bola entrando no aro representa o final dos tempos.
O desaparecimento dos maias do sul em 900 d.C.
O que exactamente ocorrerá no dia 21 de Dezembro de 2012? Ainda não temos uma resposta definitiva pois não sabemos como os maias viam o final do calendário de conta longa. Eles não nos podem dizer.
Talvez a chave para entender o verdadeiro significado da teoria do juízo final não esteja no cosmos, mas sim na Terra. Se for este o caso, a queda dos maias pode oferecer pistas tão reveladoras como perturbadoras. Em 900 d.C., ao sul de suas terras, regiões inteiras foram abruptamente abandonadas. A maioria dos avanços técnicos dos maias perdeu-se na história. Centenas de anos passariam antes que os maias revitalizassem suas cidades. No norte de seu território, a civilização chegou a um novo apogeu. O que causou o surto desaparecimento na região sul? Essa é uma grande questão e ninguém sabe a resposta. O maias previram o seu próprio fim de acordo com alguns. O ano 900 d.C. em que se deu sua extinção corresponde ao 10 Katun no calendário maia.
Dentre as teorias para o desaparecimento dos maias em 900 c.D. temos:
- Uma complexa teoria sugere que o aumento de manchas no sol pode ter levado ao aquecimento do clima e levado a secas e fome.
- O crescimento populacional
- Exaustão dos recursos naturais
- Guerras frequentes
- A cobiça, que pode preceder a queda de uma civilização
- Uma combinação de factores de vários factores.
Neste contexto, a teoria do juízo final, apesar com complexo jogo astronómico, pode ser simples. Todas as civilizações nascem, prosperam e florescem. Após sua queda, uma nova ordem floresce. De fato, o calendário maia sugere que depois de 2012 uma nova era pode surgir, mas como ela seria continua um mistério. Após 2012, o segundo Katun ocorrerá mais uma vez. Isso sugere que deveremos parar e pensar no que fizemos no passado e sobre o que estamos fazendo no presente e como devemos proceder no futuro.
Modos de interpretar a profecia maia do juízo final
Uma interpretação é: "Uma coisa é certa, devemos estudar os maias e aprender com as suas profecias para entender melhor nossa sociedade e nosso mundo e estes eventos que estão associados e que sabemos que ocorrerão."
Para outros a profecia é um alerta que se ignorado pode levar a um desastre de imensas proporções.
A resposta pode estar na última página do códice de Dresden, que diz que haverá uma série de fenómenos astronómicos. Ciclos venusianos, lunares, de eclipses. A última página mostra a destruição do mundo pela água. O mundo seria destruído por um dilúvio.
Para os maias, o fim do mundo não era uma ideia vaga e abstracta, mas um evento muito real e específico. "O dia do juízo final para os maias era a destruição total do mundo e seus habitantes.", diz o Dr. Alen F. Chase. "Quase todas as religiões falam de um juízo final. A diferença entre a religião maia e as outras, é que o calendário maia, um instrumento de tempo e espaço menciona a data específica do fim da humanidade.", diz Steven Alten, autor do livro Domain.
O tempo está-se a esgotar e o dia 21 de Dezembro de 2012 aproxima-se, para finalmente revelar verdadeiramente o que irá acontecer: uma nova era, um dilúvio ou um dia como outro qualquer...

As Sete Profecias Maias - Segunda Parte
Os maias deixam-nos mostras evidentes de sabedoria e do seu altíssimo nível de evolução, de seu comportamento em uma sociedade unida, como uma única mente colectiva. Tiveram a sabedoria para prever os tempos que estamos vivendo deixaram-nos uma série de mensagens como ferramentas para superar as mudanças que deveremos enfrentar. Aprenderam a ver a vida através dos números, utilizaram o tempo como uma ferramenta para sincronizar-se com o ritmo da terra, com o sistema solar e com a galáxia. Isto permitiu a eles alcançar níveis altíssimos de energia vital e chegar a estados especiais de consciência, que permitem ver a realidade de uma forma mais completa. Veremos as suas previsões sobre as mudanças do comportamento do homem no final deste ciclo e a maneira como nossa atitude facilita ou dificulta o caminho para o próximo degrau evolutivo, a mente colectiva.Acompanhem neste percurso com as profecias, os símbolos e os conceitos maias.Vamos conhecer a segunda profecia neste episódio: Ela anuncia que o comportamento de toda a humanidade mudaria rapidamente a partir do eclipse do sol de 11/08/1999.
As Sete Profecias Maias - Terceira Parte
Novamente reunimo-nos para estudar os ecos das vozes dos maias. Eles falam de um caminho para assumir a vida e as decisões de maneira consciente. Eles viveram sem fronteiras, sem limites nem propriedades, somente em busca do bem comum. Desapareceram misteriosamente no ano 830 d.C., de uma maneira ainda não explicada cientificamente. No clímax de sua civilização não pretendiam ter a resposta para todas as perguntas do mundo, queriam simplesmente viver em sincronismo com a natureza e com a mente aberta para o cosmos.
Na sua primeira profecia eles tornam-nos conscientes que não somos rodas soltas no universo e que ele tem ritmos que começam e termina.
Com a segunda profecia eles entregam-nos um espelho para reflectirmos nossas relações, as relações que temos com nós mesmos e as que temos com os outros.
Na terceira profecia o que devemos analisar é a nossa relação como indivíduos e como espécie no planeta em que vivemos. Acompanhemos para unir os elementos que normalmente vemos soltos, para transformá-los em uma força geradora de consciência, abundância e prosperidade.Vamos conhecer a terceira profecia neste episódio: Ela diz que uma onda de calor aumentará a temperatura do planeta, produzindo mudanças climáticas, geológicas e sociais, em uma magnitude sem precedentes e a uma velocidade assombrosa. Os maias dizem que o aumento da temperatura dar-se-á pela combinação de vários factores, alguns deles gerados pelos seres humanos, que com sua falta de sincronismo com a natureza só pode produzir processos de auto-destruição. Outros factores serão gerados pelo sol, que ao acelerar sua actividade pelo aumento de sua vibração produz mais irradiação, aumentando a temperatura do planeta.
As Sete Profecias Maias - Quarta Parte
Os maias foram uma cultura iminentemente astronómica. Conceberam o ser humano como uma projecção de energia. Eles deixaram seus estudos nos calendários mais precisos de todas as civilizações da Terra. São a base de todas as profecias. Neste programa veremos o seu importante significado para nós, os habitantes do planeta Terra. A quarta profecia maia: Diz que o aumento da temperatura do planeta, causada pela conduta anti-ecológica do ser humano e por uma maior actividade do sol provocará um derretimento de gelo nos pólos. Se o sol aumentar seus níveis de actividade acima do normal, haverá uma maior produção de vento solar, mais erupções maciças desde a coroa do sol, um aumento da radiação e um incremento na temperatura do planeta. Os maias basearam-se no giro de 584 dias do planeta Vénus para efectuar os seus cálculos solares. Vénus é um planeta facilmente visível no céu, pois sua órbita está entre a Terra e o Sol.
As Sete Profecias Maias - Quinta Parte
O tempo maia é circular, avança para frente e para trás simultaneamente, nunca termina. É formado por círculos que sempre existiram e que continuarão existindo eternamente. É o respirar de Deus. Nós também temos este círculo internamente, para permitir a transformação de nossa mente e a evolução de nossa civilização no sentido da harmonia. Neste programa veremos alguns sistemas humanos que irão transformar-se para passar do medo ao amor e os sentidos que desenvolveremos nesta transição.Diz que todos os sistemas baseados no medo sobre os quais está fundamentada a nossa civilização se transformarão simultaneamente com o planeta e com o ser humano para dar lugar a uma nova realidade de harmonia. O ser humano está convencido de que o universo existe só para ele, que a humanidade é a única expressão de vida inteligente e por isto age como um predador de tudo que existe. Os sistemas falharão para que o ser humano se enfrente a si mesmo, para que ele veja a necessidade de reorganizar a sociedade e continuar no caminho da evolução que nos levará a entender a criação. Examinemos o sistema económico, que regulamenta, quantifica e põe um preço nas relações do planeta. A economia do ser humano contemporâneo está orientada por princípios de agressão e é incompatível com um universo em harmonia
As Sete Profecias Maias - Sexta Parte
Os sacerdotes Maias do sol podiam visualizar o futuro de seu povo quando o seu coração e sua mente conseguiam uma unidade com a Terra. A partir dali estabeleciam uma coluna vertebral energética com o sol, com o sol central das plêiades e com o centro da galáxia. A unidade funcionava como uma ampliação da percepção de sua consciência e um estado atemporal no qual podiam ver acontecimentos futuros. Assim puderam ver que um cometa anuncia a chegada de 9 infernos para seu povo. Também profetizaram que outro corpo celeste apareceria no final do ciclo de 5.125 anos, ou seja o período em que vivemos actualmente. Veremos o que o céu nos reserva.A sexta profecia maia: Diz que nos próximos anos aparecerá um cometa cuja trajectória colocará em perigo a própria existência do ser humano.
As Sete Profecias Maias - Sétima Parte
Neste programa veremos a sétima e última profecia Maia. Ela fala de esperança e do amanhecer da galáxia, ela mostra-nos como só através do nosso esforço poderemos encontrar a paz interior, para que possamos ser eleitos como depositários, que nos reintegrará como um só organismo gigantes em um universo de paz e harmonia.A sétima profecia fala-nos do momento em que o sistema solar em seu giro cíclico sai da noite para entrar no amanhecer da galáxia. Ela nos diz que nos 13 anos que vão desde 1999 até 2012, o centro da galáxia sincroniza todos os seres vivos e permite a eles concordar, voluntariamente, com uma transformação interna que produz novas realidades. E que todo os ser humano tem a oportunidade de mudar e romper suas limitações, recebendo um novo sentido, a comunicação através do pensamento. Os seres humanos que, voluntariamente, encontre seu estado de paz interior, elevando sua energia vital, levando sua frequência de vibração interior do medo para o amor, poderão captar e expressar-se através do pensamento, e com ele florescerá um novo sentido.

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Regresso às aulas


Mais um ano começa! Que saudade eu tenho, dos tempos em que se revia os velhos colegas de classe e se regressava à nossa escola. Em que se tentava escolher a nova carteira ou a velha cadeira.
Mas este ano volta a não ser assim, depois de José Sócrates na outra legislatura ter encerrado escolas com menos de 11 alunos, agora volta à carga com encerramento de escolas com menos de 21. O argumento até cola, pelo menos para quem não vai passar por esta situação, ou seja, pessoas sem filhos com esta idade e que nem vivem no isolamento da província. Mas os pais que vêem os seus filhos arrancados sem capacidade para contrariar uma nova fase que vai levar o País a mais um processo de aceleração do já terrível desenraizamento à força das pessoas das suas aldeias. A desertificação que além do que tem vindo a ser feito a nível de Centros de Saúde, Maternidades, Postos de Correios, de GNR, etc, aparece com mais uma machadada nestas mais de 700 escolas, obrigando as pessoas mais novas a sair das aldeias cada vez mais isoladas, para poderem ter condições próximas da decência.
As mega-escolas ou coisas desse tipo, já estão ultrapassadas. Alem de mais, uma criança perde a proximidade do afecto e carinho dos seus pais ali ao lado, onde até pode ir almoçar. Agora vão ser roubados ao sono, de madrugada, na maioria das vezes de noite ainda e aí vão ao frio e à chuva, para o dito Centro Educativo com milhares de crianças das mais variadas idades, sujeitos aos mafarricos dos mais velhos e suas picardias, tanto no refeitório da escola como mesmo nos intervalos, onde não saberão defender-se.
Quem não se lembra do caso do miúdo de Mirandela? Pois é, tanto se fala do “Bullying” e agora criam-lhe mais condições.
É sabido que o envolvimento do meio é essencial para uma criança, mas não é desculpa para a sua concentração, enjaula-los como galinhas com o argumento de que ali há centros de áudio-visuais ou pavilhões desportivos, blá blá blá. E o resto?
Vão é criar mais ignorantes, com dificuldades de concentração, de saúde etc.
Pensem antes na revisão dos programas e no recurso a novos equipamentos, isso é que é urgente e necessário.
Uma coisa é certa, a natalidade vai baixar ainda mais e a desertificação vai ganhar lastro.
Tudo isto com falsos argumentos. Digam logo a verdade. Digam quanto poupam com isto. Essa é a realidade, cortar nas despesas. Logo na educação que devia ser o inverso. Estamos a criar mais analfabetos, mesmo que disfarçadamente daqui a amanhã concedam umas habilitações fantasma a pessoas que nem uma frase sabem construir.
Assim não vamos lá. Ah! E já agora, quantos mais professores ficam no desemprego?

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Viva a Democracia, ou talvez não!




Nestas mais de trinta décadas, em que Portugal se libertou de um mau regime, quantas vezes se gritou à boca cheia, “viva a democracia!”
Viva a democracia, pois claro, que nos dá a liberdade de opinião e de “escolha”, permitindo-nos sermos nós a seguir o nosso rumo como um povo, que escolhe os seus governantes por sufrágio democrático.
Assim aconteceu desde o 25 de Abril de 74. Mas interrogo-me! Se não vivêssemos em democracia, como estaríamos nós? Não sabemos! Mas pior seria difícil, no que respeita a distribuição de riqueza.
Vivemos numa economia de mercado que nos dá a liberdade e a oportunidade individual de nos afirmarmos em sociedade. Numa economia que valoriza o individuo em detrimento do colectivo.
Em suma, um país que nos permite ir do 8 ao 80 em poucos segundos, quase a fazer-me lembrar um carro de corrida.
É verdade! Como é possível haver pessoas que há uns tempos atrás eram pobres como eu e agora ostentam fortunas?
Se a democracia é para isto! Eu peço outro regime.
Se esta democracia existe para os impunes da política, com comportamentos e atitudes tão escabrosas que engendram formas de tão baixo carácter para atingir os seus inequívocos objectivos, o enriquecimento fácil.
Quão medíocre é o ser que procede assim. Aproveitando-se da politica para se tornar um ladrão sem rosto.
Declaram misérias no IRS, os políticos e seus parceiros de negócios ligados às Autarquias e Estado. Usurpam zonas de paisagem protegida, reservas da natureza, parques florestais, alteram PDM`s nas Autarquias, recebem envelopes por baixo da mesa e fazem chorudos negócios. Criam empresas em nome de familiares a ajustam empreitadas encapotadas, abrem e encerram empresas fantasmas. Montam negócios no estrangeiro e actuam em Portugal ou vice-versa, escondem o dinheiro em paraísos fiscais ou em contas de familiares. Fazem negócios ruinosos para o Estado só para encherem os bolsos deles e dos comparsas também ali envolvidos. Este é o cenário do nosso país. Gente que pela calada da noite, agem como ratos, frequentam bons restaurantes, bares nocturnos, arranjam acompanhantes de luxo e no dia seguinte se apresentam como seres angelicais parecendo anjos papudos.
A fina flor dos tempos “áureos” que decorreu da entrada de Portugal na União Europeia, que serviu tão somente para muitos, se refastelarem com tantos dinheiros de projectos aprovados de forma dúbia, que apenas ajudou engordar tanto os que os propunham como os que os aprovavam, levando este país à desgraça.
Nada se renovou e nada neste momento se produz a não ser um bando de parasitas e um infindável numero de desempregados sem alternativa à voraz pobreza que os vai envergonhando.
Essa nata desse dito tempo glorioso, desses mesmos que agora são suspeitos ou apenas acusados, desde ministros a secretários de estado, passando por presidentes de câmara que aproveitando-se da politica e do cargo que deveriam ter honrado “como pessoas de bem se o fossem” puseram em causa a os valores em sociedade e a própria democracia.
Mas como se não bastasse, enlearam a justiça no seu meio, só para lhe tentar dar credibilidade aos esquemas fraudulentos, que aos poucos e poucos levam o País à desgraça, fugindo assim a essa responsabilidade.
Tornaram-se amigos dos magistrados, envolvendo-os na politica promovendo-os, sentindo-se todos eles poderosos, colocando-se acima de tudo e de todos esquecendo a ética e o bom senso, numa regra é que só os cifrões é que contam.
Toda esta escória, de amigos poderosos, uma corja que se tem alternando na governação, como se a politica fosse um bordel onde estes senhores se alternam prostituindo-se na imoralidade dos cargos que ocupam, comportando-se como uma quadrilha de malfeitores, que em cada assalto governativo se alternam, degolam e definham ainda mais este país. Preferia uma máfia italiana, do que estes grupos políticos ”mafiosos”, ancorados na pseudo-democracia que se apoderou deste país e nele estendeu os seus tentáculos como se efectivamente da “Cosa nostra” se tratasse.
Este é sem sombra de dúvida o período mais negro da história do nosso pobre País.
Malditos sejam.
Agora entendo porque diz quem sabe que uma revolução sem sangue não é revolução. Porque os abutres aos poucos e poucos vão-se apoderando, basta deixa-los poisar.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Diminuição de produção/consumo mundial


O mundo está a dar sinais de diminuição na recuperação económica, ou melhor a recuperação está em risco. O emprego afinal na rápida recuperação começa agora a dar sinais de fraquejar novamente e sendo em todo mundo os jovens que mais sofrem com taxas muito superiores a 20% no desemprego. Uma calamidade.

Na Europa o crescimento económico vai abrandar à medida que os governos forem reduzindo os orçamentos para reduzir o défice. Quanto aos incentivos implementados no início da crise como a compra de “carro novo” entre outros ao serem efectuados cortes, logo desacelera a possível recuperação. Conclusão, com redução nas despesas quer nos incentivos quer orçamentais a crise só piora, sendo que os cortes nos apoios sociais ainda ajudam mais.

O produto interno bruto da Grécia caiu pelo sétimo trimestre consecutivo. O ritmo de contracção deverá agravar-se nos próximos meses devido às medidas de austeridade aplicadas pelo Governo para conter o elevado défice orçamental. Aqui está um bom exemplo de uma politica estranguladora do sistema e isto é o que se tem verificado apesar de em menor escala noutros países (para já).

Outro sinal de agravamento da crise foi a produção industrial na Zona Euro, que caiu inesperadamente 0.9% no passado mês de Junho, penalizada por uma queda no consumo de bens duradouros diga-se, electrodomésticos, carros, mobiliário, etc. Também aqui a trair a expectativa de continuação de crescimento inicial que ia nos 3,2% em Maio.
Estes sinais de perda na recuperação pelos especialistas prevista, obriga aos governos na redução nas despesas orçamentais, afundando assim a hipotética recuperação.
Fora da Europa, as encomendas das fábricas dos Estados Unidos diminuíram em Junho mais do que os analistas estimavam e ao mesmo tempo, a produção industrial da China registou o crescimento mais baixo em 11 meses.
Até a China que parecia estar incólume à crise, afinal está a fraquejar. Como se isto não fosse de esperar. Então uma economia que vive essencialmente do mercado externo, mais cedo ou mais tarde seria afectada, não fosse isto uma economia global. Se os ocidentais deixarem de consumir automaticamente o resto é afectado e é isto que vai passar a acontecer. Passamos a uma economia global mas também passaremos a uma crise global, basta esperar uns tempos. Repare-se que os despedimentos continuam a aumentar e ainda falta a segunda leva.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Plano de insolvência da Alemanha ganha apoio da França




Então a Alemanha quer estabelecer um procedimento de insolvência para os Estados da União Europeia? E segundo se diz já tem o apoio de especialistas do Governo Francês, apesar da oposição do Governo.
A proposta do governo alemão determina a criação de uma organização independente para regular a eventual falência de países da zona do euro (que reúne os 16 países que utilizam o euro como moeda onde se encontra Portugal).
Parece que o medo das falências dos Estados Soberanos é uma preocupação bem patente e pelo que aconteceu já na Grécia e dos receios de países como Portugal e Espanha, a Alemanha quer apertar o cerco, com a criação de uma organização independente criada pela União Europeia, a fim de regular a falência de Países que venham à ruina na zona euro.
Pois é! Afinal a crise já passou ou ainda está para vir?
Pelo menos o medo ainda existe e os alemães lá saberão porquê!

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Criando a próxima crise

A opinião pública informada está fortemente dividida sobre o desempenho da economia mundial durante os próximos 12 meses.
Os que olham para os mercados emergentes destacam o crescimento acelerado, com algumas previsões a indicarem um crescimento de 5% da produção mundial. Outros, preocupados com os problemas na Europa e nos Estados Unidos continuam mais pessimistas, com projecções de crescimento próximas dos 4%. Alguns antecipam ainda uma recessão em forma de w. Este debate é interessante mas falha o mais importante. Em resposta à crise de 2007-2009, os governos da maioria dos países industrializados realizaram alguns dos mais generosos resgates a grandes instituições financeiras. Claro que não é politicamente correcto chamar-lhes resgates – a linguagem preferida dos decisores políticos é “apoio de liquidez” ou “protecção sistémica”. Mas representa, essencialmente, o mesmo: na hora da verdade, os governos mais poderosos do mundo (pelo menos, no papel) cederem várias vezes às necessidades e desejos das pessoas que tinham emprestado dinheiros aos grandes bancos.Em cada instante, a lógica foi impecável. Por exemplo, se os Estados Unidos não tivessem apoiado incondicionalmente o Citigroup em 2008 (durante a administração de George W. Bush) e outra vez em 2009 (durante a administração de Barack Obama), o consequente colapso financeiro teria piorado a recessão global e aumentando o desemprego em todo o mundo. Da mesma forma, se a Zona Euro não tivesse actuado – com a ajuda do Fundo Monetário Internacional – para proteger a Grécia e os seus credores, teríamos assistido a um aumento da turbulência financeira na Europa e talvez noutros países.De facto, houve repetidos jogos de provocação entre os governos e as principais instituições financeiras dos Estados Unidos e da Europa Ocidental. Nos governos disseram: “Não realizamos mais resgates”. Os bancos responderam: “Se não nos ajudarem, provavelmente haverá uma segunda Grande Depressão.” Os governos pensarem brevemente sobre esta possibilidade e depois, sem excepções, cederam.Os credores foram protegidos e os prejuízos do sector financeiro foram transferidos para os governos (como aconteceu na Irlanda) ou para o Banco Central Europeu (como aconteceu no caso da Grécia). Noutros sítios (como nos Estados Unidos), os prejuízos foram disfarçados com uma grande dose de “tolerância” regulatória (ou seja, os governos aceitaram olhar para o lado enquanto os bancos reconstruíam os seus capitais através da transacção de acções).E funcionou – já que a economia desses países está a recuperar, apesar de uma lenta recuperação do emprego nos Estados Unidos e em alguns países europeus. Assim, qual é o problema com as políticas realizadas entre 2007 e 2009? E porque motivo não podemos planear algo semelhante para o futuro se alguma vez voltarmos a enfrentar uma crise desta natureza?O problema é o incentivo – o que implicam os resgates nas atitudes e comportamentos do sector financeiro. A protecção dada a bancos e outras instituições financeiras desde o verão de 2007, e de forma mais significativa desde a queda do Lehman Brothers e da AIG em Setembro de 2008, envia um sinal simples. Se um banco for “grande” face ao sistema, é mais provável que receba um apoio generoso do governo quando todo o sistema fica vulnerável.Quão grande é “grande o suficiente” continua a ser uma questão interessante e em aberto. Os maiores “hedge funds” estão, possivelmente, à procura de formas de ficarem maiores e assumirem uma “importância sistémica”. Idealmente – do seu ponto de vista – vão crescer sem atrair o escrutínio regulatório. Ou seja, sem impor limites ex ante às suas actividades de risco. Se tudo correr bem, estes “hedge funds” – e como é obvio os bancos que já são Demasiado Grandes para Cair (Too Big to Fail (TBTF)) – podem lucrar bastante.Claro que se alguma coisa correr mal, todos os que são TBTF – e que emprestaram a empresas TBTF – esperam receber protecção governamental. Esta expectativa reduz o custo do crédito para os grandes bancos (face aos concorrentes, que são pequenos o suficiente para que, provavelmente, os deixem cair).Consequentemente, todas as instituições financeiras ganham um poderoso incentivo para crescer (e pedir mais emprestado) na esperança de também se tornarem grandes e “mais seguros” (do ponto de vista dos credores e não do ponto de vista social).Os principais decisores políticos norte-americanos reconhecem que esta estrutura de incentivos é um problema – curiosamente, muitos dos seus pares europeus ainda não estão sequer disponíveis para debater estas questões abertamente. Mas a retórica da Casa Branca e do Tesouro é “terminámos com os TBTF” com a actual legislação da reforma financeira.Infelizmente, não é o caso. Na dimensão crítica do tamanho excessivo dos bancos e do que isso implica para o risco sistémico, existe um esforço concertado dos Senadores Ted Kaufman e Sherrod Brown para impor um limite ao tamanho dos maiores bancos – em concordância com o espírito da original “Regra Volcker” proposta em Janeiro de 2010 pelo próprio Obama.Num inacreditável volte face, por razões que continuam desconhecidas, a própria administração Obama desistiu desta proposta. “Se tivesse sido promulgada, a proposta Brown-Kaufman teria provocado a desintegração dos seis maiores bancos dos Estados Unidos”, afirmou um alto funcionário do Tesouro. “Se tivesse sido promulgada, provavelmente isso teria acontecido. Mas como não o fizemos, não aconteceu”.Se a economia cresce 4% ou 5% é importante mas não afecta muito as nossas perspectivas de médio prazo. O sector financeiro norte-americano recebeu um resgate incondicional – e agora não enfrenta nenhum tipo de regulação significativa. Estamos, sem dúvida, a prepararmo-nos para outra expansão alicerçada em riscos excessivos e imprudentes no coração do sistema financeiro mundial. Isto só pode terminar de uma maneira: mal.

Simon Johnson, antigo economista chefe do Fundo Monetário Internacional, é co-fundador do blog http://BaselineScenario.com, professor na MIT Sloan, e membro do Peterson Institute for International Economics.