Dia 28 de Dezembro coloquei aqui as minhas previsões para este ano.
Nessa altura ainda não se falava de crise e Sócrates era uma figura com entusiasmo optimista e ainda acreditava no Pai Natal.
Pois mas Pai Natal é aquilo que os funcionários públicos e portugueses no geral acabaram por ter com este Orçamento de Estado. Um Pai Natal chamado Sócrates, com três meses adiantados, não começassem os portugueses a pensar em compras de Natal.
Previ eu antes do inicio do ano, que: “nossos governantes às voltas com a crise e sem serem capazes de nos tirar dela”, “o perigo de ideias fixas do Governo na forma escolhida de sair da recessão económica”, “Mas a destruição do País e do seu tecido social, vai continuar e os políticos só prejudicam ainda mais com rancores e sentimentalismos, mostrando fragilidades partidárias e muita passividade para se empenharem em verdadeiras soluções”, “vai ser um continuar de erros e destruição.” “Uma realidade em que as pessoas se sentirão perdidas com tantas desorientações governativas.” “Não se vai querer olhar para os factos reais do país, como fome, desemprego, falências, divida das famílias e externa, etc. Se as politicas não mudarem o país afunda-se no abismo (à beira da falência). Portanto o sofrimento vai continuar sem ideias sem controlo e sem sabedoria”, “os Governos estão obcecados por soluções que não resolvem. Não são inteligentes, não tomam iniciativas novas, vão continuar sem racionalismo, sem criatividade e novas ideias, em suma, um país inconscientemente a afundar-se numa crise cega”. Entre outras coisas foi o que previ, mas sinceramente não imaginava tanto.
Não imaginava a coragem do Governo em cortar o vencimento dos funcionários públicos, como se eles é que fossem os culpados da crise, deixando de fora as reformas chorudas, e os privados, como se Portugal fosse só Função Pública.
Sim é verdade também cortaram em mais de um milhão e trezentos mil euros em abonos para crianças e jovens, aumentaram o IVA, congelaram os aumentos de vencimento e escalões, aumentaram o desconto para a Segurança Social, etc. Ora estive a fazer as contas só com estas medidas estes cabr… foram-me ao bolso em cerca de €250, no corte do vencimento, no aumento que não vou ter, no escalão que esperava e voltou a ser congelado, no IVA a 23%, cortes no beneficios fiscais-IRS, na subida dos medicamentos porque infelizmente também tenho doenças, na inflação dos bens de 1ª necessidade que vão disparar… bem é melhor deixar de fazer contas, senão a roubalheira com contas bem feitas é superior ao salário minimo nacional. Mas agora só pergunto, para quem vai este dinheiro que estes filhos de "uma grande senhora honrada" me estão a roubar se o país vai continuar a afundar?
Como diz o Carvalho da Silva, “Querem-nos pôr a pão e água”.
Estes tipos andaram anos a vender a retalho e ao desbarato o País, incorporaram, fundos da P.T., fundos dos C.T.T., da C.G.D., da SAD/PSP, para esconder a incompetência nos Orçamentos de Estado, destruíram o sector produtivo colocando-nos à mercê das multinacionais e agora querem pôr-nos a passar fome, depois de eles construírem fortunas, ao longo destes 30 anos de desgovernação e ninguém os leva presos? Nisso eles não tocam, nas fortunas que não tinham. Seus oportunistas e mamões. Metam impostos nisso, tenham coragem! Descapitalizaram o Estado engordando à nossa conta. Pagaram indemnizações chorudas aos”boys”, prémios nas empresas mal geridas, grandes banquetes, grandes carrões e tudo à nossa conta, criaram o clientelismo,promoveram a incompetência,tornando-nos completamente dependentes do estrangeiro e à mercê das regras dos grandes interesses do mercado especulativo e dos grandes bancos que nos sugarão até ao tutano. E ainda seguraram o BPN!
Um País que não crie riqueza não tem futuro e hoje em dia aquilo que criamos é desemprego, fome e miséria.
Um país que sobe impostos, convida à fuga e á consequente perda de receita acabando por sermos os mesmos a pagar essa fuga.
Fica tudo na mesma. Não se vai aos Institutos Públicos, às Fundações, às empresas público-privadas e participadas do Estado, às empresas municipais, aos consultores jurídicos que cobram milhões e não pagam tostões. Uma autêntica pilhagem dos dinheiros públicos e o Zé-povinho a pagar. Irra que anda tudo a dormir. Velha lá essa fome a ver se o povo abre bem os olhos.
Desculpem a linguagem.
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