sábado, 8 de junho de 2013

MANIFESTAÇÃO EM SETEMBRO


 Os Policias vão à luta mais uma vez lá para Setembro, ao que parece. Mas agora diz-se, acompanhados dos Militares e da GNR.
Fala-se de uma semana de luta, em que se promete greves para quem as possa fazer, como é o caso dos Guardas Prisionais e outros farão o que puderem, que é isso que estou para ver.
Estou apreensivo. 
Fala-se pela parte dos polícias em aplicar uma espécie de “dejá vu “ de umas coisas que poucos resultados tiveram. Isto é, mostrar como será a polícia com gente de idade avançada, na casa dos quase 50 anos, fazer uma espécie de zelo profissional e elucidar em vez de reprimir.
Até aqui pouco ou nada de novo. Sem originalidade ao que se adivinha os policias vão enveredar por uma iniciativa que me parece que podia ser a mais conseguida, devido à envolvência de todas as fardas numa demonstração inédita em Portugal.
Sem criatividade ou espírito inovador e mobilizador vai-se repetir as velhas iniciativas já gastas e com pouca capacidade de mobilização, apesar da grandeza conseguida na organização conjunta dos vários sindicatos e associações das forças policiais e militares, entre outros.
Por estas razões adivinha-se algum fracasso, a não ser que alterem aquilo que está planeado e surjam novas ideias e a avaliar pela data, também não me parece!
Um pouco passivos os polícias vão deitar fora uma cartada muito forte sem terem noção da duplicidade que se apodera de alguns dirigentes e da necessidade de correr riscos e serem audazes.
Sabendo que este é o justo caminho, é necessário o envolvimento de todos. Se assim não for, é uma jogada sem trunfos e de pouco ou nada valerá.
A falhar esta iniciativa a instabilidade sindical acentuar-se-á e será mais difícil conseguir os objectivos essências uma vez que os policias não se sabem mobilizar e responsabilizando apenas os sindicatos pela falta de resultados, não assumindo ninguém a sua própria apatia, como que esperando numa indolência destruidora de direitos conquistados, tal é o ataque feroz que continuará por parte do governo.
A meu ver uma iniciativa destas devia ser única, original, inspirada e bem planeada, caso contrário arrisca-se ao fracasso.
Este é o momento de uma cartada única, se falhar nos seus objectivos vai ser o completo desencorajamento, o desânimo e acima de tudo um trunfo falhado nas suas ambições.
Acho que os organizadores desta acção ainda não ganharam bem a noção da importância da iniciativa e do revés do fracasso, caso aconteça.
Uma coisa é certa, ela tinha todos os condimentos para ter sucesso. Bastava ter outra visão sobre as coisas e menos amadorismo. Porque uma coisa destas não pode ser feita para falhar. Se não for feita para ser grandiosa é melhor não se fazer.
Até porque os sindicatos ficam tolhidos nas suas iniciativas, os governantes empolgam-se e tudo será mais difícil, mesmo até na forma como os polícias olharão para os sindicatos.

Há uma coisa que quem dirigi os sindicatos ainda não reparou, é a ideia que se tem desta democracia. Ela começa a ser posta em causa, dado o falhanço do sistema e é aí que podem entrar também os sindicatos. Começa a ser perigoso culpar cada vez mais os sindicatos pelo estado da nação, e metê-los todos no mesmo saco. Afinal não deixam de ser uns politicozinhos aos olhos de muitos e à procura de um lugar ao sol, coisa que não pode ser vista assim, porque alternativa à luta sindical e organizada ainda não existe.