sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

POLÍCIAS E SINDICALISMO - COMO RESISTIR?


Nenhum sistema político sobrevive a uma crise financeira.

Fixem isto! Falamos desta democracia!

A crise financeira actual será a maior de que há memória.

Partindo desta premissa deve-se olhar com objectividade, lucidez e rapidez de raciocínio.

Não mais se pode andar como se andou até aqui, a correr atrás das perdas dos direitos conseguidos.

Urge tomar medidas sagazes e tentar antecipar os ataques às conquistas ao longo dos últimos tempos, pois o momento é de perdas severas e se não souberem antecipar-se a essas manobras dos políticos que com o pretexto da crise, nos querem sugar mais direitos que são conquistas civilizacionais.

A crise não é nossa! Mas sim do sistema financeiro, que construiu um mundo desigual com base na expectativa do lucro desenfreado, que deu maus resultados e está prestes a ruir e que a nós nos querem fazer pagar.

Esta é a questão fulcral do sistema, mas a nossa principal razão é resistir a este ataque aos direitos laborais, que ao longo de décadas custou a conquistar.

Por essa razão há que ser expeditos e encontrar várias formas de luta, apostando na antecipação aos ataques a conta gotas e alternados aos direitos laborais de vária ordem.

Na Polícia a recente revisão do Estatuto Profissional da PSP, é a prova mais que evidente que estas formas de luta levadas a cabo, já pouco efeito surtem nos seus moldes, que é necessário rever.

À medida que a crise se agrava, paulatinamente vamos perdendo conquistas quer salariais quer laborais.

O agora já encapotado corte de ¼ dos bilhetes da C.P. amputando a sua mobilidade nos transportes e a anunciada extinção do SAD/PSP, é mais uma perda incomensurável e hedionda, inadmissível para polícias que contam com a especificidade da missão, e em sua compensação têm que usufruir de serviços de saúde mais céleres devido à necessidade de maior prontidão para o serviço, mas também pelo seu desgaste rápido provocado pelos turnos de serviço permanentemente rotativos.
Mas isso, ninguém os entende, o que é não ter horas para dormir, sofrer de múltiplas doenças derivadas da profissão e do desgaste profissional que os leva a morrer em média 11 anos mais cedo. Muitas vezes antes da reforma e com a situação a agravar-se cada vez mais.

E eles respondem assim com ataques aos seus direitos e necessidades.

Com o argumento de que não há dinheiro, acaba-se com a SAD empurrando os polícias para o Serviço Nacional de Saúde, provocando desta forma a necessidade de subscrição de seguros de saúde, agravando ainda mais as finanças dos Polícias, para já não falar nos subsídios de natal, férias, ou cortes em educação, etc.

Por isso mesmo e enquanto é tempo exige-se fazer algo em grande, tal é a grandeza dessa perda.

Por esta razão, agora e mais que nunca devem os Polícias estar unidos num único sentido, e todos eles mobilizados, quer sejam do sindicato A, B ou C, ou mesmo aqueles que já à margem dos sindicatos se organizam em protestos, e conquistar estes e aqueles mais cépticos convencendo-os que é preciso resistir de forma organizada a tamanha destruição dos seus direitos.

Mobilizando toda esta gente para um bem comum e num esforço colectivo, ponham os vossos caprichos de lado e o vosso egocentrismo e procurem mobilizar-se toda mas toda a gente, pois são bem grandes as razões que os assistem.

Desafie-se os outros sindicatos. Através da Comissão Coordenadora, mobilizem-se as outras forças.

E porque não os militares, com cujas associações profissionais deve existir uma estreita colaboração e entendimento, e que seja dado um impulso a um maior reconhecimento às justas reivindicações, que são de certo modo transversais a todas estas fardas.

As Forças Armadas, são o garante da nação, e a sua descaracterização, através dos cortes no Orçamento, provoca aos poucos o seu desaparecimento, como se extinguissem um qualquer outro serviço público, acorrentando ao exterior a nossa própria soberania.

Todos unidos numa bem orquestrada iniciativa, fariam eco nos políticos que nos governam, na sociedade, nos média e porventura internacionalmente, como que um grito de alerta nos vários sentidos que todos saberiam interpretar.

Numa iniciativa bem pensada, bem planeada e bem executada, mostrariam aos governantes e aos cidadãos, que contassem com todos eles para resistir e para lutar pelo que lhes pertence e querem tirar.

Através de jornadas de reflexão a realizar nas Unidades e vários Comandos, com vista a esclarecer e cimentar uma união em torno das suas preocupações no sentido de todos juntos tornarem possíveis as justas reivindicações.

À semelhança dos Sindicatos de Polícia da Grécia, devem mostrar junto das populações que estão solidários com eles, no momento de receber o vencimento, porque a luta não é desigual, não descorando é claro função que desempenham com elevado profissionalismo, apesar das condições a que são votados.

Os Polícias, como em Itália devem ganhar o apoio da população, fazendo esforços para que os entendam nas suas limitações e necessidades que são enormemente desproporcionadas.

E porque os tempos são de dificuldades arregacem as mangas e pensem em fazer algo em grande deixando de correr atrás do perdido, porque este é o momento de fazer atalhos.

Se não fizerem nada, outros atrás de vós virão que nos poderão aprisionar a alma e a vida.

Chegou o momento de fazerem parte da mudança e contrariar a história.

“Sonhar com o impossível é o primeiro passo para tornar-se possível”

“Aquele que não prevê coisas longínquas expõe-se a desgraças próximas”

Confúcio.


Relembro: Nenhum sistema político sobrevive a uma crise financeira.

Comecem a preparar o futuro!
















































































segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CASAMENTO DE SARKOZY E MERKEL À BEIRA DO DIVÓRCIO

É hoje noticia que a Hungria pediu apoio de resgate financeiro à União Europeia e FMI; mais um a juntar à desgraça!


Com as yields de quase todos os países da União a dispararem, inclusivamente a França, ficará Sarkozy sozinho em lua-de-mel, uma vez que Merkel se prepara para o divórcio; tal foi o resultado da votação na semana passada no parlamento alemão que acordou a possibilidade de saída de um qualquer país da zona euro.


Claro que isto foi uma forma de pressionar a Grécia a cumprir as imposições das medidas do novo pacote de austeridade, contra o qual não tem saída senão a bancarrota, que é como quem quer dizer, a fome e a miséria, que o Papandreo nem conseguiu legitimar no seu povo através de referendo, nem Merkel consentiu, temendo algum mau precedente.


Ora a Grécia tremeu perante a ameaça de um fim antecipado e o parlamento alemão correu logo a colocar essa possibilidade de saída do Euro. Assim colocou a Grécia e os outros países como o nosso em sentido e deixou a porta aberta a qualquer saída que seja, da Zona Euro.


Será que já estavam a pensar na saída deles?


È bem possível! Nada é inocente. Com a crise a estender-se à Itália, Espanha, Bélgica, Holanda e agora França, acredito que o parlamento alemão criou condições para a sua saída do Euro.


Sem soluções à vista, senão tardias e mal sucedidas, cada decisão tomada será sempre pouco para aquilo que é já impossível fazer; e tudo que se decida fazer hoje, amanhã já não chega e será necessário cada vez mais, sem soluções à vista.


Sem resultado e com pequenas cosméticas faciais, posta de lado a solução eurobonds, recusando o federalismo à semelhança do que aconteceu nos Estados Unidos no seu inicio de formação, com a sua crise monetária e fiscal, também mal repartida, acredito piamente que o resultado será na Europa o definhamento dos países periféricos seguido dos países centrais acabando de vez com este sonho europeu e voltando novamente ao “salve-se quem puder”.


Sorte a nossa “como quem diz”que ainda fomos a tempo de receber o empréstimo e nos preparámos antes dos outros para este embate feroz que nos arrancará tanto direito e regalia e nos conduzirá à desgraça e fome.

Talvez eu me engane e realmente os alemães agora de uma vez por todas decidam em conjunto com o resto dos países da zona euro que a solução passe pela perda de soberania financeira e fiscal e se consiga o tal Ministério das Finanças Europeu e sejamos todos governados por aí, coisa que as pessoas não vão aceitar. De qualquer forma poderá ser a solução encontrada para que não haja divórcio entre Merkel e Sarcosy, e pelo menos mantenham as aparências de um casamento feliz, que é o que muitas vezes acontece. Viver de aparências, que foi como sempre temos vivido.




segunda-feira, 14 de novembro de 2011

EUROPA À PROCURA DE UM CONSERTO

Mario Monti, de 68 anos, vai ser o novo 1º ministro italiano. Economista e ex-comissário europeu vai segundo parece criar um governo tecnocrata e insensível, mas de confiança para os mercados financeiros e claro está de encontro aos interesses do União Europeia, que é como quem diz, Merkel e Sarkozy.

Também na Grécia se inicia o novo governo de união nacional com Lucas Papademos a 1º Ministro, de 64 anos, igualmente economista e doutorado em Massachusetts, tendo sido já vice-presidente do BCE. Também este governo de encontro aos interesses dos ditos senhores donos da Europa.

Sendo assim prepara-se um conjunto de mediadas despidas de sensibilidade aos problemas sociais malgrado serem estes dois novos governantes economistas, mas com a vantagem de serem servidores dos interesses do “capital de mercado” não fosse essa a sua formação escolástica, mostrado no seu trajecto politico já vincado na idade.

Quanto a isto, nada de novo se espera destes velhos do Restelo a não ser medidas de austeridade, por forma a cumprir objectivos que é o de reduzir o défice à custa de quem trabalha ou já trabalhou; sendo que estes últimos mais difícil defenderem-se devido à posição desfavorecida em que se encontram ou porque já são idosos ou porque já não têm trabalho para poderem ter mais força para reivindicar, nas suas lutas, se é que o querem fazer!

Pois acredito que muita gente já se deixou convencer pelos média e fazedores de opinião que esta é a única solução; o empobrecimento acentuado que os empurrará à miséria absoluta, que se verificou nos anos 30 fazendo ressurgir as doutrinas fascistas que ameaçam de novo a civilização.



Quanto a Portugal, preparam-se planos de contingência não vá o diabo tecê-las e o Governo tem que estar pronto para contrariar algum protesto desmedido, porque eles sabem que estas medidas ainda não são suficientes e as lutas podem empolar-se, mal sabendo eles que este ataque aos salários e reformas entre outros a conta-gotas, não terão qualquer solução, antes pelo contrário. Mas aqui o povo é sereno e…





Estando a Europa sob ameaça de nova recessão económica que vai surgir em pleno 2012 arrastará o mundo e o colocará em perigo. Nada que há muito tempo não tenha falado.

Com o velho continente caído no abismo, tudo se precipitará em seu redor e nós sabemos que a economia como eles tanto gostam de falar é uma espécie de aldeia global. Estamos todos inter-dependentes.

Visto isto, em recessão na Europa, o mundo não crescerá, porque países por bem mais longínquos que estejam, ficarão mais frágeis com as diminuições quer dos seus produtos, quer das matérias-primas que exportam e que ainda não absorvem, tornando-os dependentes dessas exportações.

Devido às restrições orçamentais, ao aumento de desemprego etc, virá uma grande diminuição do poder de compra que afectará todos os países exportadores, incluindo claro está os países do G20 e assim a crise se alastrará, como uma bola de neve a todos os cantos da economia, que com as restrições de crédito ainda será mais devastadora.



Com alguma banca cada vez mais asfixiada elevará ainda mais as taxas de empréstimo dos países europeus como é o caso da agora Itália, a juros insuportáveis e devastadores para as nossas economias, com a EU sem dinheiro e solução para combater o problema alargando a crise a toda a União num intrincado de soluções cada vez mais devastadoras.

Ficará assim a Europa sem dinheiro para recapitalizar a banca que tanto lhe sugou e sem dinheiro para retomar a economia que tanto desemprego espalhou.

Claro está que atrás disto vem sempre algo pior que aí me assusta falar.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Grécia ameaçada de golpe de estado

Grécia está mergulhada numa instabilidade e faz um enorme esforço para se manter. Mas entre as vozes que desesperam e pedem a saída do Euro ou o fim do pagamento da dívida, ou ainda os que acusam a UE de os ter colocado assim por ajudarem tardiamente e com juros altos, ela está cada vez mais sozinha e sozinha vai ter que decidir sobre o seu futuro, porque as vozes já são muitas a dizer que o Euro pode muito bem ficar sem a Grécia. De qualquer forma este referendo terá que vir rápido para os tentar salvar do caos.

Claro que tudo isto se passa de uma forma que nós não sabemos, as tais jogadas de bastidores.

Penso que Papandreou tirou da cartola o referendo, mas os líderes europeus sabem entre eles muito bem o que se pretende.

Após o sim à União a Grécia sai reforçada, os militares e vozes de oposição terão que se calar e a ajuda para os tirar da asfixia virá e a União seguirá em frente, com uma nova harmonia e mais entendimento interno e externo que se espera e com mais esperança apesar das durezas dos pacotes de austeridade a que povo terá de se vergar.

Claro está que tudo isto não deixará de estar envolto de muita guerra interna, mesmo dentro dos partidos, com muita ira à mistura e infidelidades, tudo isto por causa da ajuda.

Mas à Grécia não lhe resta outra alternativa, ou ganha coragem e percebe do atoleiro onde está metida e se resigna a uma austeridade severa por forma a reconstruir-se ou então a saída é mesmo saltar fora da União Europeia, passando mais dificuldades mas criando uma nova Grécia, partindo do nada praticamente. E de uma vez por todas sair da União e caminhar pelo seu próprio destino, mas com muito sofrimento para o povo.

Penso que os Gregos sentem que na EU é que estão bem, parecendo protegidos.

Claro está, estão mal mas sentem o apoio da União, mas será esse um bom apoio?

Pelo menos é aparentemente confortável, ter a quem pedir ajuda e dessa forma se evitem decisões mais importantes.

Este poderá ser o erro e a causa da catástrofe grega pois eles habituaram-se a isso assim como nós os portugueses. O tal "porto de abrigo", a tal falsa segurança, que nos destruiu e nos tornou dependentes. 
Mas que se exige é um “abre olhos” e olhar à volta e ver quais foram as vantagens e desvantagens que agora começamos a enxergar.

A Europa era a “tábua de salvação” ou foi afinal a desgraça dos países do sul?

Este pode ser o momento da oportunidade para se reflectir e sair dessa inconsciência, de qualquer forma não acredito que o façam. O que acho é que vão continuar nesse "porto de abrigo", até uma tempestade de destruição tamanha que em nada nos abrigará. Só depois nos reergueremos dos destroços do fim da União Europeia que nos parecia tanto esses “porto de abrigo”, que afinal não o era.

Uma coisa é certa, muitos Gregos já despertaram para a necessidade da saída da União, falta agora a coragem, mas acima de tudo falta o dinheiro que os obriga a manterem-se por lá até ao descalabro final.

Esta ideia de referendo já é um grito de lucidez ou a saída da inconsciência.

Papandreous quis colocar nas mãos do povo essa terrível decisão, porque ele sabe que estas novas medidas de austeridade podiam trazer uma revolução.

Inteligentemente, substituiu os militares que ameaçavam o “status quo” congeminando um golpe de estado. Devolveu ao povo o esforço da decisão de continuar na União Europeia, eliminando qualquer autoridade moral aos militares e a novas contestações sociais e ainda por cima corre-se o risco de criar um governo de salvação nacional, envolvendo todos os políticos. Sendo assim pressionando e convencendo pela secura do dinheiro até ao referendo consegue pôr os Gregos a acreditar de que a Europa é a solução, vinculando a maioria do povo ao novo plano de resgate e de miséria.

Genial mesmo. Claro que a Europa vai espernear, até já diz que passa muito bem sem a Grécia, criando pressão do outro lado, mas fazem todos o seu papel e os gregos terão mesmo é que se ver gregos.

Mas a sorte é que a Europa e o mundo já perceberam que salvar a Grécia é imperioso para tentar salvar a Europa. E o mundo sabe que se a Europa falhar o mundo falha também. Mas isso são contas de outro rosário, que fica para depois.


Sendo assim o Golpe de Estado vai ter que esperar pelo menos para já.

Mas atenção o que agora é verdade daqui a pouco pode ser mentira, tudo muda de um momento para o outro!

Banco Central Europeu baixa juros

O BCE cortou o preço do dinheiro. Baixou em 0,25% os juros.

Ora aí está uma boa notícia, para a grande maioria dos portugueses que pagam a prestação da sua casa. (Aqueles que ainda conseguem pagar.)

Com os cereais a subirem em média cerca de 30%, será difícil manter o preço dos juros a este nível, ainda mais que já somos 7 mil milhões de bocas pelo mundo fora, criando mais necessidades alimentares.

Por esta e outras razões, não esperem que este nível de juros se poderá manter, em nome de um estímulo à economia. Porque isto é impossível, ao ver o preço dos produtos. A não ser que para resolverem um problema de recuperação económica criem um ainda maior que é a desvalorização do dinheiro, que vai acabar por acontecer.

E assim virá um tempo em que o dinheiro não valerá nada.

Vamos esperar que demore.

Mas o maior paradoxo é os juros da divida publica portuguesa estarem já a 20%, os bancos nacionais a oferecer 6 e 7% e o BCE praticar juros tão baixos na casa dos 1,25% .

Claro que isto é impossível de manter pois espera-se que a inflação recue a níveis de 2%, coisa improvável de acontecer.

Oxalá me engane, que eu também tenho a casinha para pagar. Mas não acredito.


segunda-feira, 24 de outubro de 2011

NÃO SE PODE SER 1º. MINISTRO PARA PROTEGER OS RICOS

*Parabéns ao autor deste vídeo que me atrevi de retirar do youtube.
*Leia o artigo à medida que vai vendo o vídeo.


Nós estamos impacientes sim!

Além de “alienar os anéis”, empresas sector chave da economia, já esteve sobre a mesa alienar obras de arte e museológicos nacionais para pagar a dívida (que vergonha).

A receita é sempre a mesma, pagar mais impostos, mesmo “não sendo eles” a favor do aumento de impostos.

Vai-se sempre buscar dinheiro onde não se pode, (como agora a função pública). Mas continuam os prémios as mordomias de veículos e cartões de crédito, nos chorudos ordenados das empresas públicas e mal administradas.

E a receita é sempre a mesma. Atacar no IRS, benefícios e receitas fiscais, como se não houvesse outra solução, sendo o povo a pagar o défice criado pelos políticos, esquecendo de tributar o capital financeiro.

A solução é vender empresas públicas ao desbarato, como outros fizeram para tapar outros buracos.

Ataca-se e desfaz-se uma classe média, como se quem ganha €1.000 e poucos euros, fossem os ricos em Portugal, pagando eles a crise com um nível de vida insuportável com o dinheiro que já não se tem.

Afinal são todos iguais, não há diferença!

Trazem aumentos de impostos, directos e encapotados. Autorizaram o despedimento selvático em Portugal como solução milagrosa. Tornaram impossível o acesso na saúde aos pobres e criaram uma política de medicamento que nos vai matar sem cura. Mas saciaram-se primeiro com os dinheiros do Ministério da Saúde e da Segurança Social, como o caso de tantas farmácias grupos de saúde privados e sabe-se lá se não também cangalheiros, que se calaram até hoje, etc.

Mas agora tiram-nos o acesso aos serviços públicos, como escolas repartições públicas.

É este o sentido de justiça, de uma justiça que não funciona, com tudo a matar-nos aos poucos, escolhendo sempre o caminho mais fácil, matar-se o doente com a cura.

Estavam impacientes e cegos para ir para o governo. Agora os entendo!

Queriam acabar de vez com o estado social.

E nós os ingénuos não conhecemos a situação. Não temos noção, de como esta gente é, nem dos seus propósitos. Mas que nos vão deixar com as calças na mão, isso vão, com austeridade atrás de austeridade.

Eles realmente nunca falaram em acabar com muitas coisas, como subsídios de natal e de férias, mas é esse e não só o seu propósito. Eles queriam era mais austeridade mesmo.

Mas estes que hoje sofrem e não se sabem defender encontraram sempre na sua candura um voto nesta gente que lhes arranca da alma a confiança em que já há muito se deveria ter perdido.

Mas vão-se repetir os mesmos erros que no passado nos conduziram aqui.

Dizia ele:

-Não se pode ser 1º. Ministro para proteger os ricos em Portugal.

Mas eles estavam impacientes…




quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Porque temos que cumprir os desígnios da TROIKA?

É sabido que Portugal está nos primeiros países da zona euro com maior percentagem de dívida em relação ao PIB. Com a Grécia à cabeça estamos em vias de entrar em incumprimento. Digamos que está tudo endividado, havendo maior duvida em relação a certos países quanto à possibilidade de pagamento, principalmente os periféricos (do sul), também os mais débeis economicamente.

Porque será que somos assim?

Oscilamos entre euforias e tremores e tem sido assim a nossa sina ao longo destes mais de 800 anos de existência. Entre esbanjadores e desgraçadinhos é assim que nos sabemos comportar. Se calhar é daí que vem o fado; o fado da desgraçadinha!

E certo é que já falimos umas cinco vezes e já fomos afortunados umas outras tantas. Parece que não nos sabemos governar!

Acabámos de estar eufóricos com a entrada no euro e já estamos prestes a sair de lá com uma mão à frente e outra atrás, escorraçados que nem desgraçadinhos. Lá está o nosso triste fado.

Eu sempre defendi que o homem é produto do meio. E se o meio nos puxa mais para a as “siestas” e para a “molenguice”, para o “copo” os festivais (touradas e futebóis), para o improviso ou para o “desenrasca” da ultima hora, não deixa de nos tirar o tal “chico esperto”, que sempre existiu nesta raça latina, do tipo “salve-se quem puder”.

E por falar no salve-se quem puder é que temos a TROIKA à perna, a obrigar-nos a todos a pagar o que uns quantos beneficiaram. Mas desses quantos não pensem que todos vão sair por cima! Muitos por causa do tal sangue latino, viveram “à grande e à francesa” e eis que a torneira secou e agora é vê-los daqui amanhã numa pobreza envergonhada.

Voltando ao salve-se quem puder, é só o que a TROIKA veio fazer, a salvar o que puder salvar.

Salvar os credores de Portugal, das dívidas que temos no estrangeiro. Dos milhões que eles têm enterrado na Dívida Pública Portuguesa, nos empréstimos à nossa banca, etc.

Há que salvar esses “investidores” que querem recuperar os seus créditos, por isso as politicas preconizadas pela TROIKA e muito mais excessivas por este governo, visando tão só recuperar ao máximo o capital em dívida do nosso País.

Portanto preparem-se, enquanto eles nos puderem tirar o máximo de tostões possível não vamos abandonar a moeda única. Há que pagar primeiro a dívida, feita por uns quantos que se alternaram no poder e sugaram o Estado, fazendo fortunas que antes não existiam.

E nós a pagar e não percebemos que foi assim. Andámos distantes e distraídos com migalhas que nos deram e agora que somos chamados a pagar do bolo que não comemos, reparamos nos professores que ganham muito, nos funcionários públicos que não fazem nenhum e são os mais bem pagos, nos policias que só servem para nos “bater” ou nos reformados que têm grandes reformas etc, etc.

É este comportamento que eles esperam, que nos viremos uns contra os outros, porque aqueles ganham mais e têm muitas regalias, quando nós estamos desempregados ou temos pouco mais que o salário mínimo.

Por isso se acha bem que se corte a essa gente, que não merecem aquilo que ganham, dizem muitos com inveja.

Como estamos estupidamente enganados e não percebemos que este atitude abre as portas a novos e diversos cortes dirigidos uma vez a uns outra vez a outros e aos poucos vamos dando esgares de satisfação, este povo egoísta que somos nós, e quando dermos conta estamos todos a trabalhar por umas migalhas.

È disto que se trata, quando andarmos a comer migalhas e já nada houver para nos tirarem, seremos escorraçados pela porta dos fundos, corridos a pontapés do euro e teremos que regressar a casa com a barriga vazia por um caminho tortuoso e quando formos deitar a mão à algibeira tirar a chave, lembraremos que já nem casa temos porque entretanto até isso nos tiraram.
Ficaremos então por aí “sem eira nem beira” sem saber como nos havemos de governar, sem dinheiro e sem empresas chave do País que nos levaram por tuta e meia. 
São estes os propósitos da TROIKA a par do CAPITAL, receber o seu dinheiro, mesmo que nos deixem na penuria.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

AMEAÇA DE COLAPSO ÀS PORTAS DE 2012

Uma crise político-financeira, está prestes acontecer nos EUA.

A par da crise que já se reclama pelas ruas do Centro Financeiro de Wall Street e se espalha ao resto do País, vamos começar a assistir aos cortes orçamentais para os quais não houve acordo antecipado pelos partidos (quer do burro quer do elefante) que levará a tensões entre ambos. Esses cortes necessários levarão a essa crise politica, essencialmente os militares e recorrentes a ajudas sociais a sofrer na pele.

A acontecer como aqui, haverá instabilidade politica e financeira, com as agências de rating a ser obrigadas a baixar a classificação de risco daquela economia, correndo este país o risco idêntico ao da Europa, com fugas do capital (para portos mais seguros) cuja força motriz é o lucro, elevando assim o preço do dinheiro, obrigando os EUA a fazer tal como (se repararam) em Portugal, a limitar-se praticamente a financiamentos em Títulos do Tesouro de curto prazo.

A Reserva Federal sem capacidade de aplicar qualquer plano, irá limitar-se a tentar gerir a crise, que cada vez aumenta à medida que a divida americana cresce.

Com a divida incontrolada devido a esta dificuldade, o  nível de desemprego, a guerra cambial com a China, queda da receita fiscal e essencialmente na falta de crescimento económico, com o petróleo a teimar em ficar em alta, entre outras coisas, vai fazer com que os níveis de endividamento voltem novamente a vir à tona, atingindo a curto prazo o novo tecto autorizado pelo congresso, tornando-se numa “pescadinha de rabo na boca”, a voltar à recessão implantada.

Agora falta só começar a assistir ao que estamos a ver por cá, os bancos a ter que assumir perdas, alguns à beira da falência e o Estado ou melhor… Obama que vai fazer?

Como salvar a América?

Quero ver a China como se comporta, País este que já dá o Euro como moeda perdida, que vai achar do Dólar e daquela economia!?

Vai querer salvá-la como aqui “não” quer a Alemanha?

Ou vai a América implodir a seguir à Europa?

Isso a acontecer o processo não será tão lento.



Só resta esperar mas acho que a FED ainda vai "sacar algum coelho da cartola". Dilui mais uma “sacada” de dólares no sistema e pronto “empurra com a barriga” a bomba que está prestes a estoirar nas mãos de todos nós.

Parece que tudo se precipita para finais de 2012…

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

O PRESIDENTE CAVACO SILVA FALOU À NAÇÃO

Na sua primeira entrevista após a sua eleição o Sr. Presidente da República, Cavaco Silva, falou à Nação.

Falou e percebeu-se que somos todos (como diria João Jardim), uns “gajos estilosos”.

De toda a conversa foi o que melhor depreendi. Cada um tem o seu estilo, e sendo assim os portugueses são uns estilosos.

Claro que cada um com o seu estilo, aliás o Sr. Presidente Cavaco Silva, fez questão de o dizer. Ouvi bem sim, que o estilo de Jardim não era o seu estilo. Com certeza que se referia à forma de governação, o que não deixa de ser estilo. Daí ele ser um estiloso na politica diferente de Alberto João.

Esconder e desbaratar, esbulhando a seu bel-prazer cerca de 5 mil milhões de euros do Orçamento daquela Região Autónoma afinal segundo o Sr. Presidente da República é uma questão de estilo. Que estilosa observação a de um Presidente de todos os Portugueses. Além da necessidade que estamos a passar ainda vêm expor o país a tremenda vergonha da divida de cerca de 3.000 euros por cada madeirense. E é só uma questão de estilo.

É com isto que responde o Presidente de todos os Portugueses à pergunta? O estilo de Jardim não é o seu. E pronto!

Quanto ao resto, confesso que pouco mais apanhei, não sei se foi pelo estilo como foi dito, que mais parecia o de um primeiro-ministro, que ainda caiu na tentação de criticar as medidas do governo anterior nos cortes no vencimento contra a função pública e reformados. Segundo ele estas medidas são melhores no corte do subsídio de Natal. Sei é que para mim foram as duas injustas, pois além de levar com as duas por tabela ainda por cima nenhuma foi anunciada em programas de governo. Mas o estilo dos políticos é assim mesmo, prometem uma coisa e depois fazem outra.

Deu para perceber também que o seu estilo de ver as soluções para o país é igual ao de Passos Coelho, privatizar o que ainda resta e transferir mais seis mil milhões da banca em fundos de pensões, para orçar o Orçamento de Estado.

Acho que ao fim desta governação não restará nada, nem dinheiro, nem privatizações nem mais fundos de pensões. Depois é que eu quero ver!

Ao longo destes mais de trinta anos destruíram tudo e a única coisa que criaram foi grandes fortunas para alguns, com o povo quase na miséria e sem trabalho. E ainda defendem que o fundamental é fomentar a livre concorrência. Bem isso são mais as palavras do ministro das finanças.

Cavaco defendeu foi o equilíbrio da balança de transacções corrente. Para isso deve-se dar todo o apoio às empresas exportadoras. Para Cavaco a prioridade é a exportação. Diminuir o desemprego apoiando as micro e pequenas empresas na produção nacional, incentivando a produção e consumo de produtos que na sua maioria são a base do nosso sustento que essencialmente são importados, reduzindo a dependência do exterior, parece que não interessa. A crise é global e é mais necessário apoiar na redução das importações do que nas exportações, apostando fortemente na agricultura e pescas e produtos de excelência, que Portugal ainda tem e tornar-nos menos dependentes do exterior.

Sem poder de compra nem há paz social nem recuperação. Ou querem-nos pôr a pão e água?

Defendeu também as medidas do governo e acredita que após cumprimento do acordado com a troika Portugal recupere. Lá está um estilo optimista de ver as coisas, como se isso fosse possível. A crise veio pra ficar e ainda só deu um ar de si.

Bem, pelo menos o Sr. Presidente esteve bem, contra o estilo de resolver a crise da União Europeia, defendido pela Ângela Merkel.

Se os outros países da União nos ajudarem comprando emissões da nossa divida conforme Cavaco defende, ele compreenderá certamente que é um estilo bem diferente do de João Jardim.

Estranho estilo este, uns a ajudar e outros a arruinar.

Será mesmo só uma questão de estilo de governar? Ou seria necessário muito mais…                     coragem?



quinta-feira, 15 de setembro de 2011

OURO, A GALINHA DOS OVOS...




Conhecem a velha frase bolsista?


– Quando ouvires o taxista que te leva ao aeroporto dizer que está a ganhar muito dinheiro na bolsa, está na altura de venderes.


Claro que agora falamos de ouro. Mas será que aqui também se aplica a dita frase?


Como devem ter reparado, nos últimos tempos tem-se falado muito de investimento em ouro que é um refúgio em tempos de crise. Mas ultimamente não se fala noutra coisa senão na sua subida vertiginosa.


O que acaba por empurrar as pessoas para a compra de ouro? Ou venda, daqueles que por necessidade aproveitando a subida seguem à risca a expressão”vão-se os anéis, ficam os dedos”.


Muitos pensam que o ouro só se adquire comprando barras/lingotes ou moedas, apesar de ingenuamente alguns acharem que comprar ouro é ir ao ourives adquirir um anel ou uns brincos.


Esse ouro nos bancos já há muito que está esgotado, o local seguro para comprar.


E quem não comprou já não compra.


Mas atenção há um outro tipo de compra que a maioria não conhece, mas até se pensa ser um melhor investimento do que no ouro físico. É o investimento em fundos, que apresentam títulos resgatáveis em ouro. São os GOLD – ETFs (Gold - Exchange Traded Funds - Fundos de Índices em Ouro). Estes fundos são negociados como acções de bolsa. Da mesma forma que você pode investir em acções também pode investir em ouro, correndo na mesma esse risco de ganhar ou perder.


Agora aqui há uma diferença. Já sabemos que pode comprar ouro palpável, mas assim pode investir em ouro sem nunca o ver e ganhar na mesma, conforme ele se valoriza. Mas a diferença primordial e que há empresas de fundos que à medida que as pessoas investem elas compram ouro físico e guardam-no, mas há outras que investem em (mercado de futuros) digamos com base nas perspectivas de subida de preço, investem em papeis e alavancados muitas vezes.


Agora imaginem também que toda a gente vai atrás desses papéis com a ganância de ganhar no ouro. O valor sobe e entra-se já não num investimento de refúgio mas sim num mercado especulativo. Pior é que muitas das empresas investidas em ouro não têm em guarda a quantidade de ouro que já venderam, isto é, estão a vender o que não possuem. E as pessoas a comprar, alinhando na bolha especulativa.


É como vender casas a quem não as vai poder pagar e a malta a investir nesses fundos imobiliários que um dia deixam de valer algo, por falta de pagamento das prestações. Foi assim a crise do “subprime” em 2008.


Entretanto os que antes investiam nestes papéis já os trocaram por ouro vivo deixando lá agarrados os atrasados que vão à babuja.


E este ano já subiu mais de 30% e desde que comecei a falar que ia subir, em 2001 já valorizou quatro vezes e meia mais ou seja, cerca de 450%. Estava a menos de 400 dólares no 11 de Setembro 2001e agora passa dos 1800 dez anos depois. Bastava prever a crise.


Ora nesta senda de subida adivinha-se molho. Alguém pode ficar escaldado!


Pois se o stock do ouro não corresponde ao volume dos títulos no mercado, alguém pode estar já sem a sua parte e sem saber.


Imagine-se que todos vão correr resgatar o metal a troco dos papéis?


O Fundo do Soros (maior especulador) “Soros Found Management”, já se anda a desfazer desses papéis desde 2010. Lucrou 1 bilião de dólares numa famosa transacção envolvendo o Banco de Inglaterra e que a descreveu como a “ultima bolha” e agora desfaz-se das suas posições em SPDR Gold.


Comenta-se que poderá haver cerca de 100 vezes mais papeis que ouro disponível.


O problema é este, se os pequenos continuarem a investir no ouro em papel, mais dólares dão aos verdadeiros investidores no metal para eles continuarem a comprar. Agora se descobrem que a realidade é outra, ai vou ver muita gente perder dinheiro se forem todos correr à troca!


Mas acredito que para já isso não vai acontecer, pois o ouro chegou à fasquia dos 1900 dólares, em análise técnica, fez um duplo topo com o 2º topo inferior ao 1º, está a desenhar um head & shoulder invertido e no gráfico também se desenha ali um triangulo de descida. Portanto para já o ouro parou nas subidas. E quem vaticinava a fasquia dos 2.000 e depois os 3.000, bem pode esperar.


Alem disso não pondo em causa o que foi dito anteriormente há aqui um factor sobejamente importante. Acho que os compradores notaram que estavam a exagerar no preço e na avidez, por isso diminuíram a procura empurrando os preços para baixo. Mesmo que faça algumas correcções de subida após aliviar é normal num mercado tão volátil.


Os que tiveram os seus ganhos partiram para outros investimentos, como de costume manda a regra especulativa.


Mas não esqueçamos que também devido à conjuntura económica mundial, este metal foi um grande investimento, em termos de futuro para alguns países, visto a importância que virá ter o ouro a nível fiduciário.


Portanto a subida vertiginosa do metal amarelo acabou por uns tempos.


Esta corrida para a reserva de ouro acho que tem a ver com as normas politicas de certos países, diferentes dos ocidentais, e esse receio leva à diversificação em ouro, por segurança e prevenção futura. Os países quanto mais ouro tiverem mais ricos se irão tornar e mais poderosos, como é o caso da China. Pois este país sente-se um pouco à margem do sistema mundial, reflectindo a dificuldade das suas empresas em competir com o Ocidente. Nunca foram bem aceites devido ao afastamento das nossas normas e na OMC.


O ouro, foi uma estratégia que levou certos países a fugirem à falência do sistema, que os levou a segurarem-se nesse metal.


O seu preço tirou a coragem a essa loucura vertiginosa de subida.


Sendo assim talvez aquela corrida ao ouro tenha mesmo terminado, pelo menos desta forma desenfreada.






segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Onde vão agora investir os Ricos?

Dizem que será necessários um trilião de dólares para salvar a banca europeia. Mas as pequenas empresas americanas ainda não saíram da crise e o emprego assim não recupera. Ainda para mais que a crise do “subprime” deixou muitas famílias endividadas e isso retirou mobilidade aos americanos, que é a capacidade de procurar emprego, piorando a recuperação. Nem com novos planos de recuperação do Obama, nem com a inundação de dinheiro no mercado se sai da crise.
O crescimento da China não é sustentável, nem dos BRIC, até porque se baseiam nas exportações para os Países que estão em crise. Por isso a crise que já se anuncia vai ser global.
Negócios rentáveis no momento já não passam pelo ouro, que está numa bolha especulativa, podendo vir a arrefecer dessa subida vertiginosa.
Apostas na queda do imobiliário, onde ganharam milhões poderá começar a esgotar-se.
Os chamados “CDS”, as “commodities” correrão o mesmo risco, pois a inflação pode disparar a qualquer momento com o petróleo em alta.

Assim a estratégia de investimento, uma vez que as acções já deixaram há muito de ser alternativa e estão nas ruas da amargura,  que resta aos especuladores financeiros?

Olhando para o cenário da economia mundial e como desde há muito tenho falado, só se pode esperar um aprofundar da crise.

A Europa corre o risco de implodir, com a Grécia prestes a entrar em incumprimento.
Merkel não vai ter autoridade para liderar a crise europeia.
A Agência Standard & Poor’s, ameaçou cortar o “rating” ao nível mais baixo (lixo) caso sejam lançadas as eurobonds, pressionando assim a Europa para a desgraça, pondo em causa a moeda única.

Então o filão pode estar aí, na visão dos ricos/especuladores.

Apostar na queda do Euro, que ficará fragilizado em relação ao dólar e ao franco suíço, sendo aí a aposta dos “hedge-ricos”.

Como só eles têm acesso de forma confidencial e privilegiada, dos seus analistas, os seus operadores vão lançar-se ao ataque do Euro apostando na desgraça da nossa moeda.

Adivinhando tempos difíceis previstos pelas estatísticas dos gráficos, o pânico financeiro vai entrar em força e eles terão chorudos lucros outra vez.

Está tudo endividado e tentar resolver o problema da divida e com mais divida só vai agravar. Mas atenção a crise é na Europa e nos EUA, mas eles apontam baterias é para a Europa e é aqui que estão centrados e determinados a especular.

Eles conhecem detalhes sobre os financiamentos de quase 80 instituições financeiras da Europa, sabendo que alguns bancos estão muito alavancados. Esses detalhes são valiosos para investidores que estão procurando aplicações com apostas em quedas por meio de swaps de crédito para bancos europeus, dizem-lhes os gestores de “hedge funds”.

A Europa só lá vai com mais pacotes de ajuda financeira aos Países aflitos e instituições financeiras e isso fragilizará o Euro desvalorizando-o e será essa a aposta contra o Franco Suíço e outras moedas também fortes.


Mas os ricos não pensem que é só ganhar dinheiro com especulações aqui e ali. Agora as coisas vão piorar e eles à conta da crise também vão ter dificuldades em continuar a fazer fortunas.
 Ainda vão ser surpreendidos com muita coisa. Sempre a especular nessas grandes aplicações manhosas e agora podem ser surpreendidos, com medidas de certos Paises a defenderem-se.

Ganhar dinheiro já nada vai ser como antes, e “podem-lhes sair as contas furadas” não é só o Euro que está mal como lhes parece, “vão torcer as orelhas e não vão deitar sangue”.

Vão começar a enganar-se e o dinheiro pode ir parar às mãos de quem eles não esperam… os Estados Soberanos. Quem sabe se não há coragem politica, havendo extrema necesidade.

Ai era só os ricos a fazerem grandes fortunas? E o povo a pagar! Já começaram a falar em taxar os ricos, mas ainda não passa disso. Eles não vão gostar nada, mas se não nos derem algum, como nos vão tirar o que já não temos?

Certos ricos já perceberam isso, que têm que contribuir senão eles deixam de ganhar. Está de caras! Mas os mais avarentos vão lá entender isso? Que isto é fim de linha!

Eu costumava explicar a crise num exemplo: primeiro tiram-nos a camisa, depois as calças e por aí adiante até nos deixarem todos nus. Ora se já nada tiverem para nos tirar, vão ter que nos dar alguma roupa novamente pra nos poderem voltar a tirar…

Espero que nos deixem ao menos as cuecas, porque aí sim é perigoso!













quarta-feira, 31 de agosto de 2011

As lutas Setembristas dos Sindicatos da Polícia

“Os Setembristas”, foi um movimento liberal mais à esquerda que resultou de uma revolução em Setembro, que contestava a Carta Constitucional de 1822, defendendo a supremacia da soberania popular contra a Monarquia, face à incapacidade do sistema político de então (como agora acontece). Mas em pouco tempo os Setembristas dividiram-se em facções, moderados e radicais. Já nessa altura a maçonaria actuava como agora e também aí se tentava manter a forma mais liberal como este governo o é agora (parece que os tempos não mudam).


Deixando a história desta similitude, os Sindicatos de Polícia quando neste mês têm marcadas lutas, outros nem por isso, mas Setembristas ou não, o certo é como nessa altura da história também agora se preparam para o fracasso, por se dividirem como então e ser “cada um por si”.
Com o aceno do dinheiro pelo governo aos Sindicatos que até já deu a entender não querer comprar guerras com as Forças de Segurança, os sindicalistas iludidos mais uma vez, vão dividir-se e condenando desta forma as lutas de Setembro ao fracasso.

Esta falta de ligação dos Sindicatos, não reflectindo sobre a união necessária, deixarão alguns passar “a mão pelo pêlo” entusiasmando-se os prestáveis dos seus dirigentes perante mais um aliciamento governativo.

Esta atitude leva a que nada se consiga a favor dos Policias, todos ficando a perder e assim “com paninhos quentes” se vai enrolando.

Fica-se na mesma, sem resolução dos graves problemas dos polícias, como é o caso dos escalões, enganados mais uma vez.

Quem os manda ser ingénuos?

Conclusão, os Sindicatos não conseguem resolver nada e não há forma de perceberem qual é a saída: que é todos juntos. Não se unem e não ultrapassam essa divergência, parecendo até que isto é a sua estratégia, não ganhando consciência do mal que causam aos polícias.

Vá lá, percebam isso! Conversem e unam-se.

Não são capazes de dar esse passo?

Sejam conscientes disso e unifiquem-se na luta, vão ver que conseguem algo!

Sejam razoáveis!

terça-feira, 23 de agosto de 2011

POLÍCIAS VÃO À LUTA DESGARRADOS

 Em Setembro vamos assistir às lutas dos polícias. Umas já marcadas, outras anunciadas e outras por anunciar e ainda outras que nem se sabe quem as anuncia logo no dia 1, mas ainda há outros que nada anunciam.
Sendo assim, os projectos das lutas sindicais são autênticos erros que acabarão por fracassar, devido a esta passividade nefasta, com os Sindicatos de costas voltadas em vez de se unirem de uma vez por todas, pois o momento o exige.
Cada um olhando para o seu umbigo, os vários dirigentes sindicais perdem noção do sentido da razão, não percebendo a gravidade dos seus actos, na falta de esforço à união entre todos os Polícias.
Não enxergam que os Polícias vendo os sindicatos unidos, mudam de atitude e galvanizam-se lutando pelos seus direitos e razões, como é o caso da vergonha dos escalões do velho e novo Estatuto, entre outros.
Ou os Sindicatos ganham consciência disso ou quem perde são os Polícias.
Sem a união na luta dos vários sindicatos, nada será resolvido. No "cada um por si" não se conseguem vitórias, apenas dividir, pelo que urge uma decisão conjunta.
Este é o caminho.
Por isso vamos colocar de lado as quezílias, os ressentimentos, as estratégias menos claras, os oportunismos e partir para um objectivo comum, que tem a ver com os problemas reais dos polícias.
Quando isto acontecer vão ver a vontade dos polícias em lutar a sério.
Afinal é isso que se espera, mas só assim, unidos num único objectivo, portanto senhores Dirigentes dos vários Sindicatos, juntem-se nesta derradeira oportunidade e enrijeçam a luta. E não se esqueçam que os que não quiserem e não concordem terão vergonha de ficar fora.
Bem organizados, as coisas acontecem, porque acima de tudo esta é a hora de conciliar oposições e ultrapassar obstáculos, para vencer nas justas reivindicações.
É o momento de novos contactos entre sindicatos e alinhar estratégias conjuntas. Se assim for numa luta conjunta os Polícias verão aceites as suas justas pretensões, porque a união faz a força.
Mas pelo que vejo nos desenvolvimentos sindicais, não vão em bom caminho. Num “cada um puxa a brasa à sua sardinha”, dividem-se os Polícias, desmobilizando-os, ficando os Sindicatos convencidos de que assim é que se procede bem, não percebendo que todos eles perdem um pouco e os Policias perdem muito.
Dispensam-se a tomar decisões arriscadas mas não resolvendo coisa nenhuma.
Esta atitude pode tornar-se um problema para os Sindicatos. Ou “abrem os olhos” à realidade e se libertam dessa inconsciência, ou cada vez mais têm os polícias contra os Sindicatos.
Eu tinha que dizer isto, aos Polícias que gostam e aos Sindicalistas que não gostam, em jeito de alerta a tanta passividade de interesses.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O que é uma Agência de Rating?

Uma Agência de Rating é uma espécie de Regedor lá na aldeia.

O padeiro só fia o pão em quem confia. Se não for de confiança e tiver fama de caloteiro o outro passa fome ou vive a pedir.

Mas como por norma lá na aldeia as pessoas têm dignidade e sempre se tem umas oliveiras, uma vinha, ou coisa assim e o padeiro sabe que logo que ele apanhar o azeite a primeira coisa que faz é ir correr pagar a divida, por vergonha.

Mas vieram uns anos que a coisa correu mal para a agricultura, a seca não deu azeite! e vinho “qu’é dele!” E assim se vive à mingua, sempre no fio da navalha.

O regedor que é amigo e conselheiro do padeiro, e sabe de agricultura e de toda a gente, foi-o avisando que a quem ele anda a fiar, já têm uma conta enorme no merceeiro, que já começou e ter medo de fiar e até já lhe cortou na venda de guloseimas e coisas supérfluas, quase só fiando arroz e massas e coisas mesmo necessárias.

Entretanto no talho o pobre agricultor já nem lá entra, tal é já o calote.

Assim o Regedor, vai avisando o padeiro que se ponha a pau, com o possível cão.

O padeiro aí percebe que corre o risco de ficar a “berrar” com o calote pois o vinho e o azeite de sobra, já não estão a dar para pagar nos outros credores. Agradece ao Regedor e até lhe oferece umas bôlas de azeite, para de certa forma agradecer o aviso.

O Regedor arranjou ali um grande amigo, pois ele até é uma pessoa muito importante lá na aldeia e influente além de que dá bons conselhos.

O Regedor ao ver que a coisa corre para o lado dele, vai procurar mais informação sobre a desgraça do pobre agricultor. E descobre que afinal ele já anda a levar as galinhas que cria ao merceeiro para trocar por comida, pois de outra forma o outro já não fia mais nada.

Agora o pobre além de já quase não ter galinhas, fica sem ovos para comer e já come as batatas só com  couves lá da horta e azeite que ainda resta. E enquanto houver galinhas para trocar vai-lhas entregando por uns pacotes de massa e arroz.

O padeiro ao ser informado pelo regedor apressou-se logo a fazer o mesmo e em troca de pão o pobre entregou-lhe o ultimo almude de azeite que ainda tinha.

Assim a passos largos a familia do pobre agricultor caminha para a fome e miséria quando já não tiver mais nada para trocar.

Será que vai hipotecar o vinho e o azeite que ainda tem para apanhar, apesar de ser uma colheita fraquinha? Vai mesmo ficar sem nada este desgraçado e acabará por ficar a mendigar por aí.

É isto que espera a Portugal, vão fugir todos de nós com o medo do calote.

Acho que a maior culpa é do Regedor que assustou os outros e eles com medo… acautelaram-se e deixaram de vender sem fiar às cegas. Mas também já não vendem nem mercearia nem pão e parece que há mais agricultores a ficar assim!
Será que os comerciantes vão fechar a porta, sem clientes? Irá ficar tudo pobre?

Acho que o do talho vai ser o primeiro, já só lá compram aparas a fingir que é para os cães.

Vai virar tudo "lixo"?

Já agora sabem qual era a figura do Regedor no antigo regime?

segunda-feira, 18 de julho de 2011

DA DÍVIDA DA GRÉCIA AO CAOS

A reunião marcada, segundo a Angela Merkel, só acontecerá quando houver certezas. Portanto assim que estiver tudo acertado relativamente à crise Grega, avança a reunião.

Que sairá dali?

O que no essencial me parece é que este tempo todo de demora na solução foi o tempo suficiente para aqueles bancos que estavam carregados de divida grega, se livrarem em boa parte dela a fim de evitar maiores perdas, sendo depois ajudados pelo BCE e pelos governos de cada país, a fim de suportar as perdas sofridas, se não eles manipulando ameaçarão falir e criar o caos no mercado, coisa assustadora demais para poder ser aceite,
Entretanto neste espaço de tempo em que se livraram das obrigações gregas, outros aproveitaram para comprar essa dívida a forte desconto apostando ou sabendo que a Europa não vai deixar cair a Grécia sobre pena de descalabro da EU e do Euro, pelo que ao comprarem a dívida com a imparidade causada, estão a fazer chorudos negócios e a construir verdadeiras fortunas à conta da desgraça dos planos de austeridade sofrida pelo povo. À priori é assim que pensam.
Em suma ficam a ganhar os bancos que serão financiados e reforçados com garantias do estado e ganham os especuladores que compram dívida grega “a preço da uva mijona ”.
Quem paga é o povo grego, seremos nós a seguir e será a maior parte dos países periféricos da Europa visto que a Alemanha, França, Holanda e outros acabam é por ganhar nos juros que nos cobram. Contas feitas os países com deficit orçamental e dívida elevada é que sofrem.
Mas há quem não enxergue e se vire só para a Moody’s, que de resto é bem culpada, pelas avaliações que nos fazem baixando o rating e desta forma impedindo o financiamento a juros aceitáveis por forma a recuperar. A extrangulação do euro usando-nos a nós os desgraçados.

Com a situação de momento resolvida, ao que parece com a criação de uma Taxa Bancária segundo se fala (que acabaremos nós por pagar em fim de linha), os mercados bolsistas disparam no mês de Agosto como convém (é costume para enganar distraidos) e depois a partir de Setembro começa a descida para o caos. Mas lá para Outubro veremos o desenrolar.

Quanto às euro-bond´s claro que a ideia não singra, pois não estão a imaginar a EU emitir obrigações em conjunto e depois “pagarem todos por um”. Eles não são parvos!

Entretanto a China começa a derrapar com sinais de inflação (para começar) e os EUA estão à beira de entrar em Default, o que não acredito. Acredito mais o perigo das Quantitative Easing que já vai no plano II mas a precisar urgentemente do III, que é nem mais nem menos, continuação da inundação de grandes quantidades de dólares no mercado para tentar segurar a crise que já está novamente em recessão técnica acerca de mês e meio, ameaçando toda a economia e estabilidade mundial e ninguém refere. O chamado W (double dip que é uma treta), pois será mais um Y.

Conclusão, a crise de 2008 dizem muitos que se repete. Ela não se repete, só deu um sinal! Não foi resolvida sequer e foi uma amostra do que aí vem, porque agora é que começa a ser a sério.

Vamos esperar pelo 2012.

Esta gente não entende! O capital só funciona com dinheiro nas mãos de quem trabalha, mas em vez de dar nos ordenados emprestaram através dos bancos, endividando as pessoas só precipitaram mais o seu fim. Isto tinha que acontecer.

Outra coisa que o mundo só vai entender agora, é que andámos anos e anos a viver e a crescer à conta dos países mais pobres (usurpando-lhes a sua riqueza) e agora vamos pagar-lhes a factura devido ao fosso criado.

Mas calma que a maior parte deles também serão agarrados quando isto implodir, pois estão a investir e especular nas dívidas ocidentais essencialmente os países asiáticos.

Pois a crise geral será inevitável, está tudo entrelaçado.

Começando na bancária devido à falta de crédito externo que estrangulará as nossas economias por falta de dinheiro.

Haverá a falência por dívidas das muitas famílias e empresas e portanto o caos devido ao incumprimento.

Os produtos de 1ª necessidade dispararão assim como petróleo, trigo, etc, elevando a inflação a números insuportáveis.

O  dinheiro a existir de nada valerá.

O proteccionismo e barreiras alfandegárias aumentarão.

Ordenados por receber ou reduzidos ao máximo.

A imposição de medidas drásticas a nível fiscal e circulação monetária.

A necessária privatização da banca, com uma fase de emissão de nova moeda (o velho escudo, etc) com sucessivas desvalorizações e descrédito.

O crescimento perigoso de ideais nacionalistas que até defenderão as nacionalizações de sectores chave da economia.

A aplicação do ouro nos fundamentais da moeda recuando ao valor fiduciário e a discussão à volta de uma moeda única mundial como possivel solução.

A falta de crédito e desconfiança dos países exportadores que imporá grande restrição a certos produtos, só vendendo com dinheiro à vista.

Muita gente sem trabalho e ter que se voltar novamente para a terra se quiser sobreviver, etc.

Cada país no “salve-se quem puder”, devido à pressão dos eleitores, deixando cair o Euro.

Claro que ainda não falando da crise americana que é mais assustadora e parece ser tabú.

  Por isso “Nostradamus” dizia nas suas profecias, que haverá um tempo em que só o ouro valerá, que a erva crescerá nas grandes cidades e a fome arrancará as raizes à terra. Mas diz muitas mais coisas que um dia tentaremos entender, como a guerra que se adivinha.


Para já deixo a análise e interpretação económica funcionar.

Desculpem se me alonguei mas entusiasmo-me com a escrita e a leitura torna-se enfadonha.


"Aquele que não prevê as coisas longínquas expõe-se a desgraças próximas."
Confúcio

terça-feira, 12 de julho de 2011

DO MILAGRE DAS ROSAS AO MILAGRE DOS LARANJAS








"São rosas meu senhor são rosas!"
Ainda se lembra do milagre das rosas da Rainha Santa Isabel?
Quando El Rei D. Dinis lhe perguntou que levava escondido por baixo do manto, ela respondeu que eram rosas. Pois andava a distribuir pão aos pobres e ele temia que lhe fizesse gastos quando lhe faziam falta. Ela mostrou-lhe o regaço e o pão transformou-se em rosas. Esse é o milagre conhecido na nossa história de Portugal. Pois o Rei “lavrador” precisava de dinheiro para o inicio da indústria naval e dos descobrimentos e não se podia esbanjar dinheiro com pobres. Foi por isso que mandou construir o Pinhal de Leiria, lembram-se?
Será que alguém vai perguntar a Passos Coelho se vai ele dar esmolas aos pobres? Ou se vai fazer milagres?
Milagres não faz, só se o milagre da subtracção, nos impostos como o do subsídio de natal. Agora que vai dar esmolas aos pobres vai, já o disse e consta no programa do governo! Cortar nos vários subsídios e depois dedicar-se à caridade, para o povo se sentir eternamente agradecido. Estende a mão à caridade e se calhar ainda recebe uma vénia e um beijo na mão como no tempo das dinastias. Apesar de eu achar que para isso Paulo Portas tinha mais jeito; Mas preferiu os negócios estrangeiros e desta forma foge lá para fora onde não verá a miséria que vai por cá e assim ignorar a realidade e alimentar a ideia de ser um dia Primeiro-Ministro, visto não se ter querido chamuscar em nenhum ministério polémico e desta forma eliminar os seus potenciais concorrente no interior do partido e assim manter-se o politico com mais tempo nestas andanças, com as velhas promessas mas sem nada cumprido.

Cada politico gosta de fazer obras na sua época (a não ser a venda ao desbarato do que resta do País), Passos e Portas já não vão a tempo de fazer acções emblemáticas, como fez Cavaco Silva no Centro Cultural de Belém, à semelhança do D. João V o "Magnânimo", com grandes construções como Convento de Mafra e Aqueduto das Águas Livres.


Um com o ouro e diamantes das colónias e outro com o dinheiro da União Europeia, cada um à sua maneira delapidaram o erário público com derrapagens e exageros sucessivos que levaram o País a uma grave crise económica.


É isto que ficará na nossa história. Falta saber quem será o novo Marquês de Pombal para endireitar novamente isto.
O D. João V desbaratou o ouro das colónias em festanças, luxos e embaixadas exuberantes. Já Cavaco Silva, enquanto Primeiro-Ministro foi o responsável do desaparecimento de várias toneladas de ouro do Banco de Portugal que terão sido negligentemente aplicadas numa empresa americana falida, ficando o País a arder sem o ouro ali colocado. Mas não satisfeito ainda ajudou a criar o BPN. E nada! Estava tudo deslumbrado com as auto-estradas e os dinheiros de CEE de então, que ainda o levaram a Presidente.


O Rei era absolutista e não reunia as cortes sequer! O Presidente não faz falta nenhuma, e fica caro ao País.
Mas nessa altura só gastava quem tinha. Fizeram-se palacetes e solares por todo o lado. Nestes tempos os amigos do governo criaram bancos e hotéis. Os pobres tiveram acesso ao crédito fácil para sua desgraça e sonharam que um dia podiam ser ricos e vão acabar na miséria.


Tenho esperança que quando Passos Coelho vir as filas intermináveis e menos envergonhadas, nas instituições de caridade como as Uniões de Misericórdia e Caritas ainda se lembre de criar uma lei para perseguir os corruptos e enriquecimentos ilícitos.
Mas isso quando eles já andarem amedrontados e vergonhosamente disfarçados de pobres e a lei já não os puder agarrar de prescrição.
Até lá ainda nos vão tirar tudo e mais alguma coisa que se lembrem.
Nesse altura vestirão a pele do cordeiro até tudo acalmar de novo.
É sempre assim.