segunda-feira, 21 de novembro de 2011

CASAMENTO DE SARKOZY E MERKEL À BEIRA DO DIVÓRCIO

É hoje noticia que a Hungria pediu apoio de resgate financeiro à União Europeia e FMI; mais um a juntar à desgraça!


Com as yields de quase todos os países da União a dispararem, inclusivamente a França, ficará Sarkozy sozinho em lua-de-mel, uma vez que Merkel se prepara para o divórcio; tal foi o resultado da votação na semana passada no parlamento alemão que acordou a possibilidade de saída de um qualquer país da zona euro.


Claro que isto foi uma forma de pressionar a Grécia a cumprir as imposições das medidas do novo pacote de austeridade, contra o qual não tem saída senão a bancarrota, que é como quem quer dizer, a fome e a miséria, que o Papandreo nem conseguiu legitimar no seu povo através de referendo, nem Merkel consentiu, temendo algum mau precedente.


Ora a Grécia tremeu perante a ameaça de um fim antecipado e o parlamento alemão correu logo a colocar essa possibilidade de saída do Euro. Assim colocou a Grécia e os outros países como o nosso em sentido e deixou a porta aberta a qualquer saída que seja, da Zona Euro.


Será que já estavam a pensar na saída deles?


È bem possível! Nada é inocente. Com a crise a estender-se à Itália, Espanha, Bélgica, Holanda e agora França, acredito que o parlamento alemão criou condições para a sua saída do Euro.


Sem soluções à vista, senão tardias e mal sucedidas, cada decisão tomada será sempre pouco para aquilo que é já impossível fazer; e tudo que se decida fazer hoje, amanhã já não chega e será necessário cada vez mais, sem soluções à vista.


Sem resultado e com pequenas cosméticas faciais, posta de lado a solução eurobonds, recusando o federalismo à semelhança do que aconteceu nos Estados Unidos no seu inicio de formação, com a sua crise monetária e fiscal, também mal repartida, acredito piamente que o resultado será na Europa o definhamento dos países periféricos seguido dos países centrais acabando de vez com este sonho europeu e voltando novamente ao “salve-se quem puder”.


Sorte a nossa “como quem diz”que ainda fomos a tempo de receber o empréstimo e nos preparámos antes dos outros para este embate feroz que nos arrancará tanto direito e regalia e nos conduzirá à desgraça e fome.

Talvez eu me engane e realmente os alemães agora de uma vez por todas decidam em conjunto com o resto dos países da zona euro que a solução passe pela perda de soberania financeira e fiscal e se consiga o tal Ministério das Finanças Europeu e sejamos todos governados por aí, coisa que as pessoas não vão aceitar. De qualquer forma poderá ser a solução encontrada para que não haja divórcio entre Merkel e Sarcosy, e pelo menos mantenham as aparências de um casamento feliz, que é o que muitas vezes acontece. Viver de aparências, que foi como sempre temos vivido.




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