segunda-feira, 18 de julho de 2011

DA DÍVIDA DA GRÉCIA AO CAOS

A reunião marcada, segundo a Angela Merkel, só acontecerá quando houver certezas. Portanto assim que estiver tudo acertado relativamente à crise Grega, avança a reunião.

Que sairá dali?

O que no essencial me parece é que este tempo todo de demora na solução foi o tempo suficiente para aqueles bancos que estavam carregados de divida grega, se livrarem em boa parte dela a fim de evitar maiores perdas, sendo depois ajudados pelo BCE e pelos governos de cada país, a fim de suportar as perdas sofridas, se não eles manipulando ameaçarão falir e criar o caos no mercado, coisa assustadora demais para poder ser aceite,
Entretanto neste espaço de tempo em que se livraram das obrigações gregas, outros aproveitaram para comprar essa dívida a forte desconto apostando ou sabendo que a Europa não vai deixar cair a Grécia sobre pena de descalabro da EU e do Euro, pelo que ao comprarem a dívida com a imparidade causada, estão a fazer chorudos negócios e a construir verdadeiras fortunas à conta da desgraça dos planos de austeridade sofrida pelo povo. À priori é assim que pensam.
Em suma ficam a ganhar os bancos que serão financiados e reforçados com garantias do estado e ganham os especuladores que compram dívida grega “a preço da uva mijona ”.
Quem paga é o povo grego, seremos nós a seguir e será a maior parte dos países periféricos da Europa visto que a Alemanha, França, Holanda e outros acabam é por ganhar nos juros que nos cobram. Contas feitas os países com deficit orçamental e dívida elevada é que sofrem.
Mas há quem não enxergue e se vire só para a Moody’s, que de resto é bem culpada, pelas avaliações que nos fazem baixando o rating e desta forma impedindo o financiamento a juros aceitáveis por forma a recuperar. A extrangulação do euro usando-nos a nós os desgraçados.

Com a situação de momento resolvida, ao que parece com a criação de uma Taxa Bancária segundo se fala (que acabaremos nós por pagar em fim de linha), os mercados bolsistas disparam no mês de Agosto como convém (é costume para enganar distraidos) e depois a partir de Setembro começa a descida para o caos. Mas lá para Outubro veremos o desenrolar.

Quanto às euro-bond´s claro que a ideia não singra, pois não estão a imaginar a EU emitir obrigações em conjunto e depois “pagarem todos por um”. Eles não são parvos!

Entretanto a China começa a derrapar com sinais de inflação (para começar) e os EUA estão à beira de entrar em Default, o que não acredito. Acredito mais o perigo das Quantitative Easing que já vai no plano II mas a precisar urgentemente do III, que é nem mais nem menos, continuação da inundação de grandes quantidades de dólares no mercado para tentar segurar a crise que já está novamente em recessão técnica acerca de mês e meio, ameaçando toda a economia e estabilidade mundial e ninguém refere. O chamado W (double dip que é uma treta), pois será mais um Y.

Conclusão, a crise de 2008 dizem muitos que se repete. Ela não se repete, só deu um sinal! Não foi resolvida sequer e foi uma amostra do que aí vem, porque agora é que começa a ser a sério.

Vamos esperar pelo 2012.

Esta gente não entende! O capital só funciona com dinheiro nas mãos de quem trabalha, mas em vez de dar nos ordenados emprestaram através dos bancos, endividando as pessoas só precipitaram mais o seu fim. Isto tinha que acontecer.

Outra coisa que o mundo só vai entender agora, é que andámos anos e anos a viver e a crescer à conta dos países mais pobres (usurpando-lhes a sua riqueza) e agora vamos pagar-lhes a factura devido ao fosso criado.

Mas calma que a maior parte deles também serão agarrados quando isto implodir, pois estão a investir e especular nas dívidas ocidentais essencialmente os países asiáticos.

Pois a crise geral será inevitável, está tudo entrelaçado.

Começando na bancária devido à falta de crédito externo que estrangulará as nossas economias por falta de dinheiro.

Haverá a falência por dívidas das muitas famílias e empresas e portanto o caos devido ao incumprimento.

Os produtos de 1ª necessidade dispararão assim como petróleo, trigo, etc, elevando a inflação a números insuportáveis.

O  dinheiro a existir de nada valerá.

O proteccionismo e barreiras alfandegárias aumentarão.

Ordenados por receber ou reduzidos ao máximo.

A imposição de medidas drásticas a nível fiscal e circulação monetária.

A necessária privatização da banca, com uma fase de emissão de nova moeda (o velho escudo, etc) com sucessivas desvalorizações e descrédito.

O crescimento perigoso de ideais nacionalistas que até defenderão as nacionalizações de sectores chave da economia.

A aplicação do ouro nos fundamentais da moeda recuando ao valor fiduciário e a discussão à volta de uma moeda única mundial como possivel solução.

A falta de crédito e desconfiança dos países exportadores que imporá grande restrição a certos produtos, só vendendo com dinheiro à vista.

Muita gente sem trabalho e ter que se voltar novamente para a terra se quiser sobreviver, etc.

Cada país no “salve-se quem puder”, devido à pressão dos eleitores, deixando cair o Euro.

Claro que ainda não falando da crise americana que é mais assustadora e parece ser tabú.

  Por isso “Nostradamus” dizia nas suas profecias, que haverá um tempo em que só o ouro valerá, que a erva crescerá nas grandes cidades e a fome arrancará as raizes à terra. Mas diz muitas mais coisas que um dia tentaremos entender, como a guerra que se adivinha.


Para já deixo a análise e interpretação económica funcionar.

Desculpem se me alonguei mas entusiasmo-me com a escrita e a leitura torna-se enfadonha.


"Aquele que não prevê as coisas longínquas expõe-se a desgraças próximas."
Confúcio

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