quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Diminuição de produção/consumo mundial


O mundo está a dar sinais de diminuição na recuperação económica, ou melhor a recuperação está em risco. O emprego afinal na rápida recuperação começa agora a dar sinais de fraquejar novamente e sendo em todo mundo os jovens que mais sofrem com taxas muito superiores a 20% no desemprego. Uma calamidade.

Na Europa o crescimento económico vai abrandar à medida que os governos forem reduzindo os orçamentos para reduzir o défice. Quanto aos incentivos implementados no início da crise como a compra de “carro novo” entre outros ao serem efectuados cortes, logo desacelera a possível recuperação. Conclusão, com redução nas despesas quer nos incentivos quer orçamentais a crise só piora, sendo que os cortes nos apoios sociais ainda ajudam mais.

O produto interno bruto da Grécia caiu pelo sétimo trimestre consecutivo. O ritmo de contracção deverá agravar-se nos próximos meses devido às medidas de austeridade aplicadas pelo Governo para conter o elevado défice orçamental. Aqui está um bom exemplo de uma politica estranguladora do sistema e isto é o que se tem verificado apesar de em menor escala noutros países (para já).

Outro sinal de agravamento da crise foi a produção industrial na Zona Euro, que caiu inesperadamente 0.9% no passado mês de Junho, penalizada por uma queda no consumo de bens duradouros diga-se, electrodomésticos, carros, mobiliário, etc. Também aqui a trair a expectativa de continuação de crescimento inicial que ia nos 3,2% em Maio.
Estes sinais de perda na recuperação pelos especialistas prevista, obriga aos governos na redução nas despesas orçamentais, afundando assim a hipotética recuperação.
Fora da Europa, as encomendas das fábricas dos Estados Unidos diminuíram em Junho mais do que os analistas estimavam e ao mesmo tempo, a produção industrial da China registou o crescimento mais baixo em 11 meses.
Até a China que parecia estar incólume à crise, afinal está a fraquejar. Como se isto não fosse de esperar. Então uma economia que vive essencialmente do mercado externo, mais cedo ou mais tarde seria afectada, não fosse isto uma economia global. Se os ocidentais deixarem de consumir automaticamente o resto é afectado e é isto que vai passar a acontecer. Passamos a uma economia global mas também passaremos a uma crise global, basta esperar uns tempos. Repare-se que os despedimentos continuam a aumentar e ainda falta a segunda leva.

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