Decorreu este fim-de-semana um banco alimentar contra a pobreza. Mais uma vez a solidariedade a funcionar. Num país em que governantes cada vez se esquecem mais o significado dessa palavras, que foi remetida para a “Quinta dos infernos”, o povo português teima em manter-se solidário nos momentos de aflição. Ao menos isso, reconhecer que a pobreza, esse inferno que se estende como um manto negro por esse pais fora, onde dificilmente alguma família conseguirá escapar.
E lá está no meio disto tudo, o Portugal solidário, com recolhas de alimentos por esses Supermercados ao longo deste País imensamente solidário.
É certo que muitos destes donativos nem sempre chegam a quem deviam, mas vale a coragem e o empenho nos que nesta recolha participam.
Entre ricos e pobres, todos estão convocados, para este exército, que este sim parece querer ser de Salvação Nacional.
Dos pobres sabemos nós o que os move, dos ricos apenas se espera um gesto de altruísmo. Constituído essencialmente por filantropas senhoras, cujo objectivo é a CARIDADE.
Já que falamos de caridade uma palavra de apreço também à Caritas e todas essas dioceses que têm combatido este flagelo chamado FOME e bem denunciaram que também é necessário.
Mas voltando às humanitárias senhoras que desenvolvem estes projectos, um bem-haja para elas. Fazem recordar as nossas saudosas Rainhas de Portugal, como é o caso de D. Maria I ou mesmo a Rainha D. Amélia, entre outras. Rainhas que pela dupla nobreza se preocuparam com as causas sociais tanto uma no turbilhão da Revolução Francesa como a outra nas lutas pela Implantação da nossa República, levando por diante obras de caridade como foi o caso da “Casa Pia” ou do combate contra a Tuberculose, sanatórios, etc.
Pena que não tenhamos mais Rainhas! Mas há por aí hoje em dia pequenas Rainhas e para todos os gostos, ou melhor há muitas D. Marias, mas certo é que também temos muitas “Amélias”. As Marias, são essas pequenas Rainhazinhas esposas dos ricos da nossa praça que construíram seus feudos económicos e empresariais à conta da exploração da mão-de-obra barata, da fuga engenhosa ao fisco e à justiça e a coberto dos nossos Reis-mandados que nos governam e promovedores da concentração da riqueza.
Essas são as senhoras da Caridade Social dos nossos tempos, as Rainhas da nova era. Pessoas que vivem faustosamente, que são co-proprietárias de grandes grupos económicos, que engordam a olhos vistos enquanto a fome e a miséria prolífera e depois se dedicam a estes pequenos gestos de caridade social, fazendo uma dupla promoção, a do seu ego e da falsa solidariedade.
As Amélias, são aquelas pequenas mas grandes almas, que se entregam as estes projectos, convencidos que é assim que se resolvem os problemas da desgraça daqueles que baixaram os braços esquecidos que a democracia ou este modelo económico lhes daria paz, pão, saúde, habitação e liberdade que tanto se apregoou no 25 de Abril ou na Revolução Francesa como a liberdade, igualdade e fraternidade.
Há que lembrar isto de novo. Porque olhando bem, pouco mudou ainda!
Façam alguma coisa a sério e não andem a brincar às Rainhas e à plebe.
Solidariedade social não é dar o que nos sobra por caridade, é promover a distribuição da riqueza. Isso eu não vejo fazer. Antes pelo contrário.
E lá está no meio disto tudo, o Portugal solidário, com recolhas de alimentos por esses Supermercados ao longo deste País imensamente solidário.
É certo que muitos destes donativos nem sempre chegam a quem deviam, mas vale a coragem e o empenho nos que nesta recolha participam.
Entre ricos e pobres, todos estão convocados, para este exército, que este sim parece querer ser de Salvação Nacional.
Dos pobres sabemos nós o que os move, dos ricos apenas se espera um gesto de altruísmo. Constituído essencialmente por filantropas senhoras, cujo objectivo é a CARIDADE.
Já que falamos de caridade uma palavra de apreço também à Caritas e todas essas dioceses que têm combatido este flagelo chamado FOME e bem denunciaram que também é necessário.
Mas voltando às humanitárias senhoras que desenvolvem estes projectos, um bem-haja para elas. Fazem recordar as nossas saudosas Rainhas de Portugal, como é o caso de D. Maria I ou mesmo a Rainha D. Amélia, entre outras. Rainhas que pela dupla nobreza se preocuparam com as causas sociais tanto uma no turbilhão da Revolução Francesa como a outra nas lutas pela Implantação da nossa República, levando por diante obras de caridade como foi o caso da “Casa Pia” ou do combate contra a Tuberculose, sanatórios, etc.
Pena que não tenhamos mais Rainhas! Mas há por aí hoje em dia pequenas Rainhas e para todos os gostos, ou melhor há muitas D. Marias, mas certo é que também temos muitas “Amélias”. As Marias, são essas pequenas Rainhazinhas esposas dos ricos da nossa praça que construíram seus feudos económicos e empresariais à conta da exploração da mão-de-obra barata, da fuga engenhosa ao fisco e à justiça e a coberto dos nossos Reis-mandados que nos governam e promovedores da concentração da riqueza.
Essas são as senhoras da Caridade Social dos nossos tempos, as Rainhas da nova era. Pessoas que vivem faustosamente, que são co-proprietárias de grandes grupos económicos, que engordam a olhos vistos enquanto a fome e a miséria prolífera e depois se dedicam a estes pequenos gestos de caridade social, fazendo uma dupla promoção, a do seu ego e da falsa solidariedade.
As Amélias, são aquelas pequenas mas grandes almas, que se entregam as estes projectos, convencidos que é assim que se resolvem os problemas da desgraça daqueles que baixaram os braços esquecidos que a democracia ou este modelo económico lhes daria paz, pão, saúde, habitação e liberdade que tanto se apregoou no 25 de Abril ou na Revolução Francesa como a liberdade, igualdade e fraternidade.
Há que lembrar isto de novo. Porque olhando bem, pouco mudou ainda!
Façam alguma coisa a sério e não andem a brincar às Rainhas e à plebe.
Solidariedade social não é dar o que nos sobra por caridade, é promover a distribuição da riqueza. Isso eu não vejo fazer. Antes pelo contrário.
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