Cavaco Silva, o Presidente da República, salvou as
Selvagens.
A mais Alta Entidade da Nação salvou ou fugiu para as
selvagens?
Fugiu não se sabe bem! Até porque as rochas e montanhas que
ali estão, já tinham prometida esta dormida, fazia algum tempo. E não se
justificava agora alterar a data desta tão auspiciosa viagem. Pois até poderia
sair mais caro o adiamento, que já ia em 160 mil euros, que sai do bolso de
todos nós.
Cavaco que após se ter encantado com o sorriso das Vacas nos
Açores, foi agora dormir nas Selvagens com as Cagarras, naqueles rochedos. Esta
espécie ornitológica, que dorme e nidifica nas fendas das rochas, teve por uma
noite uma companhia ao mais alto nível.
As selvagens são neste momento um local excepcional para o
Presidente, dada as suas características. Estarem desertas de pessoas a
afugentá-lo em contestação e rodeadas por mar, que é por excelência o melhor
local de refúgio para ele, em alternativa à clausura que tem vivido no Palácio da Nação. Sendo que a única que esperneou foi a pobre Cagarra que levou com
o alicate.
Se não se pode andar pelo meio do povo, anda-se pelas rochas
no meio das aves.
E foi assim que ele acompanhou a crise política.
Depois da renuncia e falhanço de Gaspar. Depois da birra de Portas,
Cavaco fugiu para meio dos animais. Pensei eu.
Mas não! Afinal tudo era fácil. Eu a pensar que Cavaco tinha
dado mais um golpe de misericórdia em si mesmo, afinal deu foi um golpe de
mestre.
Com um governo esfrangalhado, ele tinha que mostrar que tomava
uma grande posição.
Esquecendo que existiam os partidos de esquerda,
representados na Assembleia da República e que o povo contestava esta
governação, decidiu encostar às cordas o líder do PS.
Seguro bem se entusiasmou com o cheiro a poder. Aliás são
assim os políticos desta geração. Os tais “Jotas” que nasceram e cresceram nos
partidos.
Solicitado a uma abertura à esquerda com o Bloco, logo após
uma reunião de circunstância disse não, entusiasmado que estava com a direita.
Mas as pressões foram muitas e depois de ameaças de cisões, num
partido que sempre se virou para a direita, no discurso de rotura afirmou-se
com uma narrativa assertiva, como que em plena pré-campanha eleitoral, apesar
de se ter deixado enganar com o cenário de eleições antecipadas.
Mas eis que Cavaco dá o dito por não dito e depois de
encenada uma verdadeira tragédia, foram só gritos e algazarras para distrair a
multidão.
Tudo continua na mesma, a não ser o líder do PS que cada vez
fica mais (in)Seguro.
Portas, comportou-se silencioso a tentar fazer esquecer as
suas acrobacias irrevogáveis.
E Cavaco protegeu a velha politica que nos empobrece cada
vez mais, como que a fazerem esquecer o passado quase que a parecer que temos
um governo novo.
Por uns tempinhos, que isto não vai durar!
Aguardemos próximos capítulos.
No fundo o que Cavaco fez, foi dizer aos seus mordomos do governo;
entretenham-se aí com este “fait divers”, que eu vou ali às Selvagens anilhar
uma Cagarra, que quando voltar "tudo como dantes no Quartel de Abrantes", ficará igual e fazemos crer que tudo se
resolveu. Elogiamos o comportamento dos partidos e pronto!
P.S. Na
primeira linha, onde se lê as
selvagens, devia ler-se os …
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