Na semana passada surgiu uma nota
na imprensa que anunciava a chamada de atenção de Superintendentes da PSP,
sobre os destinos da Polícia. Esse documento alertava para o rumo que estava a
seguir a Polícia devido aos cortes efectuados no seu orçamento da corporação.
Depois dos oficiais se
manifestarem através desta carta, o Ministro demite o Director Nacional. Apenas
diz que se fala demais.
Como não conseguiu calar os
Superintendentes o Sr. Ministro “calou-o” a ele, demitindo-o.
Agora diz ser um novo ciclo na
PSP. A isto se chama uma fuga para a frente, por os problemas serem tantos. Vi
aí uns a regozijar com isso em vez de analisarem correctamente a questão e
fazerem o que se impõe. Preocupam-se com questões laterais em vez de irem ao concreto
e assim se passam mais uns tempos a ver o que sai daqui agora. Malabarismo puro
e toda a gente a assistirem.
Deixo aqui um pequeno excerto da
Agência Lusa:
Os superintendentes da
PSP alertaram nesta sexta-feira para a situação “insustentável” na corporação,
considerando que o “impasse que se vive há mais de dois anos” na Polícia põe em
causa o funcionamento operacional e a “legalidade dos actos praticados”.
Numa carta enviada na quarta-feira ao ministro da
Administração Interna, a que agência Lusa teve acesso, 26 dos 30 elementos mais
graduados da PSP consideram que “os factores de instabilidade” que afectam a
instituição têm a sua origem em “factores externos” e “necessitam também de
decisões políticas urgentes, que façam justiça à especificidade da função
policial”.
“O compreensível descontentamento e desmotivação, potenciados pela falta de perspectiva de resolução a curto prazo dos principais problemas da instituição e dos seus profissionais, aproximam-se de níveis insustentáveis, atingindo pessoal de todas as carreiras e começando também a afectar a moral e o normal exercício da função de comando e a colidir com alguns dos principais valores institucionais e deontológicos”, lê-se na carta.
“O compreensível descontentamento e desmotivação, potenciados pela falta de perspectiva de resolução a curto prazo dos principais problemas da instituição e dos seus profissionais, aproximam-se de níveis insustentáveis, atingindo pessoal de todas as carreiras e começando também a afectar a moral e o normal exercício da função de comando e a colidir com alguns dos principais valores institucionais e deontológicos”, lê-se na carta.
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