Após a nega do Tribunal
Constitucional, o Governo anunciou que iria tomar medidas para compensar o
chumbo da segunda afronta contra a lei fundamental.
Livramo-nos do roubo dos
subsídios de férias, pago no natal, mas não nos livramos de outras medidas, bem
mais severas.
Como diz o ditado “venha o
diabo e escolha”.
Depois da teimosia do
funcionário da Goldman Sachs e Ministro de Estado, Vitor Gaspar, o tal que
transpirava alegria no dia da ida aos mercados, tal era o seu regozijo com o
sucesso da venda da divida portuguesa. O tal sucesso da procura mesmo a
juros tão elevados, não houvesse uma mãozinha a segurar o “cuzinho do menino”
caso ele pudesse cair.
Isto é, deram-lhe um
andarilho e ele até já se julga capaz de correr. Tanto é que na União Europeia
já falava de direitos sociais, como se não fosse o que ele mais tem feito ao
serviço dos seus patrões invisíveis, apesar de sermos nós a pagar-lhe, ainda
por cima para destruir o Estado Social.
Mas pronto, a ideia deste
assunto era outro.
Embaralhar, partir e dar.
Após apresentação das novas
medidas do Governo, o Ministro de Estado engalfinhou-se com o outro Ministro de
Estado.
Sem sentido de estado, estrategicamente
bem colocado, Paulo Portas, sem precisar de andarilho já, pois tem tarimba e astúcia q.b. recusa-se a comer a papa. A mamã aos saltos e a Passos
de Coelho, ora se vira para um lado ora para outro e sem saber que fazer, lá
vai dando “uma no cravo outra na ferradura,”deixando correr o menino no
andarilho e aceitando que o outro menino faça birra com a papa e feito uma
barata tonta nem se impõe a um e deixa-se levar pelo outro.
Como que a jogar por baixo da
mesa, todos fazem batota, neste embaralhar, trair e roubar os portugueses em
que Passos continua apostado, em destruir o Estado, quer seja social,
quer seja nas meras funções elementares, entregando tudo ao privado, de forma
limpinha e “sem espinhas” conforme está mais uma vez a fazer agora com os CTT, despedindo os seus funcionários.
Só após derreter tudo sairá do
governo, não se importando com eleições e popularidades, garantido que terá o
seu lugar ao sol no privado de onde veio e para onde caminhará juntamente com
Gaspar, em qualquer lugar cimeiro como prémio de consolação, pelo trabalho sujo,
digo feito.
Quanto a Portas continua apostado
em “brincar às escondidas”, ora se esconde ora aparece, mas sempre com vontade
de “jogar ao livra” e fugir, para mais tarde se livrar num próximo governo,
enquanto seus pares jogam à "cabra cega", como criancinhas sem saber o que é a
vida de tanto desempregado que clamam pão na mesa.
No meio disto tudo, a minha
preocupação é só uma, após já ter deixado de acreditar quer num quer noutro o
meu problema agora é a baralhação que vai na minha cabeça.
Mas afinal, que é que esta
gente vai fazer?
Que vão tirar já o sei! Mas a
dada altura já não sei se vão tirar nos tais 10% das reformas, se vão tirar
dias de férias, se vão aumentar a carga horária para 40 horas semanais, se vão
aumentar os despedimentos na função pública, se vão alterar as regras de aposentação,
se as reformas vão para os 66 anos, se ainda vão mexer no que afinal já não
mexiam, que era o tal subsídio de férias e desemprego.
Estou completamente baralhado
e sinceramente já não sei o que querem fazer, com esta baralhação, entre o que
Portas diz que não quer, o que o Passos Coelho diz que vai ser e o que outros
ministros e secretários de estado dizem que tem que ser, não sei o que é e o
que não é, porque ora é ora não é.
Para mim já é tudo e já não
sei de nada.
Mas uma coisa sei, é que com
isto tudo nos querem baralhar e assim tudo será mais fácil ser aquilo que dizem que já não vai ser!
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