domingo, 5 de outubro de 2014

ENSAIO LEGISLATIVAS 2015


Numa espécie de encenação de Paulo Portas contra Passos Coelho, relativamente ao diferendo entre eles neste governo de coligação, relativamente à baixa de impostos que já teve direito a um “irrevogável” ato teatral tem agora a continuação numa segunda cena.

Se está bem ensaiado ou não, o certo é que já tem plateia e comentadores suficientes, esta ideia de descida de impostos.
Após a escolha de António Costa como candidato a 1º Ministro pelo PS, os protagonistas entraram em cena.
A peça são as próximas legislativas, em que os atores principais já subiram ao palco.
Neste ensaio geral aparecem os dois nesta cenografia de coligação a animar as hostes.
O figurinista Marques Mendes dá o mote, dizendo que as divergências entre PSD e CDS, relativamente à descida de impostos (IRS) e o facto de estarem um contra o outro, acredita o comentador que isso não vai ser motivo para a queda do governo, nem o fim da coligação. Até porque esta encenação já aconteceu antes e tudo continuou na mesma. 
Um a querer mostrar-se preocupado com a exaustão dos impostos e o outro receoso com as metas orçamentais, não passa de teatro.
No fundo são apenas jogadas políticas levadas a cabo por Portas a querer fazer de bonzinho da coligação.  
Na verdade se se desentendessem como diz Marques Mendes, seriam corridos pelo eleitorado no caso de eleições antecipadas. E isso eles sabem bem.
Portanto este desentendimento na moderação fiscal é apenas uma encenação teatral, que Portas sabe muito bem protagonizar.
O que é certo é que isto já é motivo para se verterem noticias sobre a hipótese do fim de coligação e   a queda do Governo.
Mas se está à espera que isso aconteça, desiluda-se.
Nenhum Governo de direita se demitiu até hoje e não era agora que isso ia acontecer.
Nem o caso “irrevogável”  de Portas deu motivo para isso por parte de Cavaco Silva e muito menos agora isso ia acontecer.
Os governos de direita têm objetivos concretos e desde que esses objetivos sejam seguidos como é o caso, não serão as manifestações nem o descontentamento de uns ou de outros que os vai demover.
Estes governantes têm pouca consciência dos malefícios dessa política, mas para já os resultados são sem problema de maior. Ainda não se nota.
Além demais que da parte dos partidos da governação, sente-se que há muita satisfação no trabalho feito e muita união que os leva agora a fazerem estes jogos de pré-campanha ao encenarem esta baixa de impostos, assistido com toda a passividade do eleitorado.
Mostram uma grande determinação e muito orgulho no trabalho feito, que certamente convencerá muita boa gente.
Mas toda esta encenação agora protagonizada faz parte do trabalho que se preparam para fazer, na baixa de impostos para o Orçamento de Estado de 2015, para ludibriar mais uma vez o povo.
Portanto preparem-se para a baixa de impostos em 2015. 
Nesta política de cortes que leva sempre a mais cortes, não se entende agora esta  baixa de impostos, só para colher votos. 
Vão colocar Portugal em maus lençóis, traduzindo um momento de inconsciência eleitoralista muito caro à nação.
Claro que haverá muita gente contra esta atitude eleitoralista! 
Mas do que se importam eles? 
Dá votos!

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