quarta-feira, 27 de abril de 2011

É TEMPO DE PORTUGAL






Num momento em que se sente as entranhas intestinais a revolverem-se e o estômago a apertar mostrando que estão vazios, quantas almas se escondem na profundeza da sua timidez e fecham a sete chaves a vergonha que sentem, de não terem “mordo para trincar”.

Esta é a realidade nacional que começa a alastrar-se como uma teia que cresce, à qual como moscas antes fomos convidados à luxúria e ao despesismo, onde nos enleámos em créditos e mais créditos e para a qual fomos sugados e agora à espera que o aranhiço nos ataque sem forças para resistir.

Este Portugal que tanto se engrandece quando conta todos os seus feitos; dos novos mundos que demos ao mundo; dos nossos heróis, desde D. Afonso Henriques, a Vasco da Gama, Camões, Padeira de Aljubarrota, etc e agora deparamo-nos novamente à espera de novo do El Rei D. Sebastião, que venha para nos salvar, desta fossa onde fomos colocados por estes políticos da qual a história deste “nobre povo e nação valente” nunca se orgulhará.

Este povo que sempre comungou dos valores da fé cristã, onde inscreveu a solidariedade, como um dos princípios de Jesus Cristo, “dar de comer a quem tem fome e dar de beber a quem tem sede”, assim se reconhecerão como seus discípulos espalhando a caridade.

Este é o momento de ir ao encontro de quem precisa, como a causa mais nobre de qualquer cristão e ver no próximo como um irmão que necessita ser socorrido e partilhar com ele a comida, a saúde, as tristezas e alegrias e tirá-lo da solidão.

Mas também é tempo de sermos informadas e sabermos diferenciar os que precisam e purgar os oportunistas que não necessitam, aclareando-lhe as consciências e que saibam que roubar pão a quem carece é roubar vidas.

É altura de ganharmos também noção, que o mundo deu um salto extraordinário e que, se muita gente ficou desempregada, foi devido à evolução cientifica e tecnológica, levando ao aumento de riqueza e não pobreza, e que essa riqueza tem que ser distribuída de forma solidária como irmãos.

É tempo de sermos cristãos, ou não; mas é tempo acima de tudo de sermos solidários, nem que seja para mostrarmos aos Alemães ou Finlandeses que esses são os princípios que devem reger a humanidade.

É tempo de dizer aos nossos governantes, que não devem ser os pobres a pagar a crise, porque esses já não podem mais. Porque é tempo também de indignação de revolta e de luta por um sistema mais justo e mais solidário, como Cristo contra os Romanos.

É tempo acima de tudo de elevarmos as nossas consciências.

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