domingo, 20 de janeiro de 2013

SEGURO a PASSOS largos na refundação do Estado/estrago

O Secretário Geral do PS, passou ao ataque. Calculista como sempre, joga “Seguro” o José. Enquanto andou pela oposição do seu partido soube sempre esperar como uma “raposa manhosa” (não fosse essa aliada à charlatanice a principal característica da generalidade dos políticos).

Cego, surdo e mudo, pelos corredores do partido, soube esperar até que o lobo acabasse por sucumbir pelas políticas desastrosas, que além de arrogante e autoritário conduziu Portugal à desgraça que clamou pelo FMI, ”o fugitivo em Paris”. Claro está, José Sócrates, que bem podia dar título a uma a comédia, se não fizesse das nossas vidas uma verdadeira tragédia.

Mas ontem fiquei surpreendido, com a mudança de atitude do Seguro,. Provocou em Coimbra um verdadeiro comício como que se desse inicio à pré-campanha do PS às próximas eleições.

Bem sei que ainda se não fala à boca cheia desse cenário, mas lá tem a sua razão. Se não vejamos. Depois do discurso do 5 de Outubro, António Costa deu inicio à sua caminhada (não de carroça, mas com a bandeira às avessas) ao lado de um Presidente que teimosa mente, mantém uma atitude autista perante a nação, fazendo crer que aposta na estabilidade política em detrimento da instabilidade das nossas vidas. Até parece poético não fosse “de todo ” expressão coquete usada pelos governantes e uma estirpe social, que cada vez mais enriquece o nosso vocabulário, pelas várias vezes ditas nas televisões às quais assistimos com um ar de sofrimento “plasmado” no rosto (é só expressões chiques) às quais nos concatenamos (outra) como uns verdadeiros parolos que enriquecem o vocabulário para contrariar o empobrecimento geral.

Bem! Dizia eu, com António Costa a morder-lhe os calcanhares, nesse discurso tão eloquente no debate do “futuro de Portugal”, Seguro passou ao ataque porque assim se obriga. Das duas uma, ou se deixa agarrar por mais um lobo que espera a sua presa ou então tem é mesmo que fugir antes que seja abocanhado.

E foi isso que fez Seguro. Não muito “seguro” do momento, pois o governo ainda não está moribundo, (mas sabendo que sempre teve uma doença congénita, não fosse ela formada por um outro predador chamado Portas) e já começou a afiar as suas garras, não de abutre como esperava.

Assim perante governantes ignorantes e incapazes de resolver os problemas da nação, prepara-se mais um idêntico, para lhe dar continuidade.

Um partido amarrado ao acordo que fez com a Troika, é certo que não pode espernear muito, mas limitar-se a abster-se na Assembleia ou a não apresentar políticas alternativas está apresentado.

Mas ontem ele tentou dar um ar da sua graça, ensaiou mostrar que o seu partido é diferente. Que não é responsável pelas políticas seguidas nos últimos anos da desgraça nacional, das PPP´s, BPN, dos deficits e das obras megalómanas. etc.

Será que o PS além de defender a renegociação da divida que é por demais evidente não tem mais nada a apresentar ao país?

Claro que não, vai garantir que não faz promessas e coisa que o valha, porque sabe que o povo já não vai em promessas, mas também sabe que entre o desânimo de Sócrates e a raiva aos políticos que nos têm governado, o povo poderá ou não, vacilar entre a abstenção ou o voto de protesto noutros partidos, não fossem os portugueses esquecidos do mal que lhe fazem.

A levar em conta isso, e a analisar pelas sondagens perniciosas, digamos que chegou a vez de José galgar para a frente, sem ter tempo de olhar para o António atrás.

Tendo em conta que o governo decidiu debater o estado da nação na chamada "Refundação do Estado" à porta fechada, Seguro escancarou as portas a toda a gente.

Mas será que as ideias gastas do PS ainda enganam alguém?

Claro que sim!

Basta Seguro passar ao ataque, denunciando à boleia de outros partidos e da maioria dos cibernautas, que o relatório do FMI foi encomendado (porque o foi) e apresentado ao país, porque cobardemente o governo não tem coragem de destruir mais a vida dos portugueses, precisando de uma muleta para poder continuar esta politica de destruição social sem fim à vista.

Aliás as novas propostas do FMI, planeadas em pensamentos neo-liberais, com cortes a nível do trabalho e direitos sociais, como educação e saúde assente no apoio aos monopólios privados, combinados com a banca especuladora que continuam a sugar as nossas finanças, como agora o caso do BANIF, deixando para trás uma verdadeira aposta no apoio às pequenas e médias empresas, que poderiam funcionar como pilar na recuperação nacional, certa é a vontade inovadora dos portugueses, que levaria ao estancamento da sangria no mercado de trabalho e na asfixia do estado social.

O FMI e o governo apostam em cortes e mais cortes em direitos sociais, aumentando ainda mais os impostos como o anunciado ajustamento para cima nas taxas de IVA para produtos essenciais, em prejuízo de abaixamento da taxa de produtos que para a maioria se poderão tornar produtos de luxo, que cada vez mais só estão acessíveis a uma pequena franja de portugueses intocáveis nos seus impostos, à boa maneira dos nossos governantes.

Aproximar a taxa mínima de produtos essenciais à taxa máxima onde se incluem produtos supérfluos só vai cavar ainda mais o fosso entre ricos e pobres, num governo em que a principal preocupação é o regresso aos mercados especuladores, como se a economia fosse feita de números.

Mas este governo não se fica por aqui, a sua aposta parece também, agora que deixou os ricos intocáveis, em baixar fortemente o imposto sobre as empresas (IRC) com o argumento de maior competitividade, como se os empresários não assentassem os sues lucros em políticas de baixos salários e precariedade laboral, quando para o povo o FMI clama por menos escalões no IRS e menos benefícios fiscais, numa sangria até à última gota.

Sendo assim vai ser fácil fazer oposição, e como o povo é na maioria de memória curta, lá voltaremos ao alterne badalhoco da politica governativa.

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