sábado, 17 de agosto de 2013

PASSOS COELHO "VALEU A PENA OS SACRIFICIOS"


“Valeu a pena, os sacrifícios não foram deitados pela janela”. Foi esta impiedade, proferida por Passos Coelho, no discurso da rentrée politica do Pontal.


São estas palavras de conforto que este destruidor de empregos deu aos vários casais com vidas despedaçadas e assolados com o infortúnio do aumento de 67,3% de casais desempregados.

“Valeu a pena” aos milhares de casais votados na miséria e jovens sem futuro, à conta desta política de retrocesso à imigração como tábua de salvação à fome que flameja em milhares lares.

Depois de ter assistido nestes dois últimos anos à completa destruição da economia portuguesa, das famílias e do emprego, das pequenas e médias empresas e do ataque feroz ao ensino público, à saúde, já nem falo do bando de malfeitores e carroceiros com o nome sujo na praça pública que vão circulando pelos altos cargos da Nação.

Depois de tudo isto visto e feito, fui verificar o que queria dizer a palavra “rentrée “ e encontrei no dicionário Priberam da língua portuguesa a palavra do dia ”REFALSADA”. (Falso, fingido, hipócrita, desleal, traidor e velhaco) que triste coincidência. Estava eu à procura de uma palavra e encontro o significado de um primeiro-ministro.

Passos Coelho, fingindo sair novamente para a rua, arranjou um espaço público mas vedado às pessoas, que não fossem do partido e convidadas com garantia que ali só iriam para bater magistralmente palmas a um discurso hipócrita, que aproveitou os resultados estatísticos para de uma forma velhaca anunciar a viragem da economia e o inicio do fim da recessão. Aproveitando assim os resultados económicos pontuais para se tentar expor ao povo ainda que de forma “refalsada”, tais foram as medidas de segurança.

De forma traidora à Constituição da Republica à qual fez juras, anunciou no seu discurso um bode expiatório, o Tribunal Constitucional, para espiar os seus ataques torpes destruidores de direitos conquistados e devidamente consagrados na lei fundamental, como entrave aos seus ataques aos direitos a uma vida digna, como os direitos a reformas e pensões, educação, saúde, etc., no reinicio de um trabalho escravo pago miseravelmente, a conta-gotas e intimidatórios com perdas de feriados aumento de cargas de trabalho semanal, no regresso ao neo-liberalismo puro e duro dos tempos da revolução industrial.

Passos Coelho no seu discurso, esqueceu-se de lembrar que já o ano passado anunciou ali a viragem da economia e prometeu melhorias.

Agora esquecendo as promessas, vem usando-se de estatísticas de um PIB de 1%, mas cauteloso, sabendo ele que vai pedir mais sacrifícios nos continuados ataques às pensões e reformas, ao emprego da função pública como a lei da mobilidade e sabe-se lá que mais.

Passos sabe que não pode gritar aos quatro ventos os dados das estatísticas, porque sabe que eles vão piorar, com a continuação das suas políticas recessivas de destruição, daí ele afirmar “Ninguém tome por adquirido que a crise acabou”, porque ele sabe que a crise vai continuar, mas continuando a esconder mordomias dos políticos em leis aprovadas pela surra.

Em campanha pré-eleitora,l deixou recado aos partidos da oposição nas autárquicas que será o PSD que estará em escrutínio nas eleições e não o governo.


As medidas de austeridade aplicadas por Passos Coelho, são apenas um ataque de neo-liberalismo fundamentalista que abomina o funcionalismo público e empresas do estado, que aproveitando-se da necessidade de reestruturação do estado lançou um ataque feroz a tudo que ainda resistia às políticas de destruição praticadas nas últimas décadas, fazendo dos funcionários públicos o seu alvo, ultrapassando em números e em tempo os objectivos da Troika, forçando o aumento de desemprego mas sabendo que abre portas à mão de obra barata, como objectivo de fundo.


Depois de tudo isto, o discurso do Pontal é na sua essência o discurso de um país tornado pobre, com uma linguagem fingida, dita de uma forma desleal à Nação que ainda acredita no discurso do coitadinho.



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