quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

O QUE LEVA À QUEDA DO PETRÓLEO?



O que leva a queda do petróleo?
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A fraca procura mundial devido ao baixo crescimento das economias.

Valorização do dólar perante as restantes moedas.
Não entendimento dos países da OPEP, para reduzir a produção devido à diminuição da procura que provoca aumento das reservas.
Aumento de produção por parte dos EUA com o petróleo e gás de xisto.
A falta de acordo da (AIE) Agência Internacional de Energia.
A pressão por parte da OPEP para com os países produtores não membros, para diminuírem também eles a sua produção.
A pressão da Arábia Saudita em possivelmente conluio com os EUA, que não se entende bem se é para provocar intencionalmente a baixa generalizada, arrastando a economia da Rússia para a recessão, provocando debilidades naquele país a nível de comércio internacional provocando fuga de capitais e investimentos.
Baixas na sua moeda (rublo) que se encontra em queda livre. Asfixiando economicamente a Rússia  com todas as restrições económicas e isolamento devido às sanções, levando a uma inflação galopante, que possa provocar uma contestação social interna e queda de Putin consequentemente.
A pressão sobre o vizinho Irão eterno inimigo destes dois países, enfraquecendo-o também deste modo.
Neste momento os EUA combinando a produção do petróleo com o de xisto, tornou-se no maior produtor do mundo, com a vantagem de uma moeda forte a ajudar.
Mas na queda do petróleo, que já há quem aposte na sua descida até aos 40 dólares por barril.
Isto poderá provocar debilidade económica em certos países fortemente dependentes do petróleo, como o caso de países africanos da costa ocidental, como Nigéria e mesmo Angola. Ou uma Venezuela e Brasil e até mesmo os países do médio oriente como o Iraque que precisam do dinheiro do petróleo para a sua economia como “do pão para a boca” para as politicas económicas e sociais para o seu povo, ávido delas.
 Naturalmente associado à queda do preço de petróleo provoca depois colateralmente prejuízos a outros níveis. O sector financeiro que apostou em fusões e aquisições, financiando-as acreditando num potencial económico dessas empresas que agora podem estar a braços com esses empréstimos, podendo provocar imparidades a nível bancário e sector financeiro que financiou com os chamados “junk bonds” que podem ser irrecuperáveis, levando mesmo a algumas falências.
Há quem diga que é para forçar os cortes do petróleo de xisto nos EUA. O certo é que no centro desta tramóia estão os EUA, com o seu inesperado aumento de produção, que veio desequilibrar o tabuleiro.
 Para a Europa de certo modo é bom a nível da industria, porque reduz a dependência dos preços elevados do petróleo desde que euro não enfraqueça muito, que duvido, mas vai provocar um fenómeno há muito temido, que é a ratoeira da deflação associado aos baixos salários, que será devastador para as empresas e consequentemente o desemprego agravado, enfim a recessão.
Tudo isto assenta num desequilíbrio de forças geopolíticas. Os Estados Unidos com o aumento de produção desequilibraram as forças, sendo assim necessário baixar preços para estancar a produção americana e retomar cotas antigas.
Como se diz que o petróleo de xisto nalgumas explorações como Eagle Ford, Texas, Dacota do Norte, etc, é lucrativo a partir do patamar dos 60 a 70 dólares, os produtores americanos estão assim limitados e sujeitos a possíveis prejuízos eliminando a prazo a concorrência americana.
Terão que esperar por melhores dias, enquanto a Arábia Saudita basta-lhe produzir com lucros a partir de 10 dólares, por ser de baixa profundidade para obterem lucro. E eles podem esperar. Mas atenção o avanço tecnológico permitiu maior rentabilização ultimamente. A velocidade de perfuração agora é muito maior e mais barata.
O Bank of América aponta o preço do barril para os 50 dólares.
Tirando a Arábia Saudita e mais um ou outro país vizinho como o Qatar, todos eles precisam urgentemente do dinheiro do petróleo, por isso será difícil reduzirem a produção, a não ser que se encontre um bom entendimento, que me parece difícil.
Por mim acredito que o preço se situe na casa dos 70 dólares o barril, mesmo que inicialmente caia até aos 40 ou 50. Mas como diz o ditado, “a ver vamos”, até porque o tempo do petróleo barato acabou, porque se uns podem produzir barato não podem produzir por muito tempo, porque cada vez está mais profundo e isso é incomportável.
Uma coisa é certa de forma como anda o mundo tão depressa ele pode ir para baixo como depois pode disparar para cima, basta acontecer algo. E pode acontecer a qualquer momento, basta olhar para as notícias.
Mas quanto a isso lá estará Putin para sentenciar todo o mal que está sofrendo…
Cuidado!

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