Prepara-se o congresso do PSD.
Todos sabemos que existe uma paz podre à volta de Passos
Coelho. Por um lado ninguém quer estar com ele porque tem politicas
anti-sociais, por outro lado ninguém o quer defrontar porque todos esperam que
ele acabe de fazer o trabalho sujo que ninguém quer fazer.
Todos ali entrarão mudos e sairão calados, a não ser uma ou
outra justificação das politicas anti-sociais no discurso de Passos Coelho,
suportadas como sempre nas acusações das más politicas do governo anterior e a
promessa de que a luz ao fundo do túnel já brilha, não fosse ela uma miragem.
Vão arrastar-se por ali figurinos, entre os potenciais
presidenciáveis e os novos boys que levaram Passos ao poder, de resto o
Congresso mais parecerá um velório.
Rui Rio sabe disso. Recusando o “Taxo” que Passos já lhe
ofereceu para liderar o Banco de Fomento, conforme segurou outros como o
Santana Lopes na Misericórdia.
Este Rio prefere o (a)ssombro.
E será assim que decorrerá o congresso do PSD. Uma espécie
de morgue assombrada à espera do funeral, enquanto houver um velho do Restelo
que se recuse à eutanásia de uma espécie de cadáver nauseabundo, que fede por
todo o lado menos para os lados de Belém.
Rui Rio apoiado na fama que trás do norte, sabendo disso
tudo, sente o povo, lá para os lados do Porto, donde já nasceram tantas
revoltas e onde já roncam não ainda os tambores a não ser os da desgraça, mas roncam sim as entranhas dos pobres que se avultam pela calada da noite junto às
carrinhas da sopa dos pobres e pelas instituições piedosos, que Mota Soares
promete continuar a alimentar, à semelhança do velho regime.
Rio pretende
apresentar-se como um salvador da pátria após o descalabro de Passos Coelho.
Não está interessado a disputar a nível de concelhias o voto a voto das directas à liderança do PSD, pelas razões já alocadas.
Rui Rio quer antes ser o D. Sebastião daquele partido.
O homem que foi à Reunião de Bilderberg, com o António
Costa, sabe que ambos têm o apoio dos ricos e poderosos.
Não precisa de se ir esgrimir em
lutas de congressos. Sabe que tem é que esperar e preparar o terreno, começando
a mostrar-se e enviando umas farpas de vez em quando assombrando os Passos do governo.
Vai manter-se assim em “banho-maria”
conforme António Costa, prontos para avançar e cumprir os desígnios de Bilderberg,
que é manter a mesma politica comandada pelos senhores do FMI, Goldman Sachs, e
outros interesses secretos.
Se porventura acontecerem
dificuldades em formar governo, como na Grécia ou em Itália, juntam-se os dois
partidos do arco da governação e mantém-se o mesmo estado de coisas, que o povo
aguenta mais uns impostos.
De resto no congresso, toda a gente votará em Passos Coelho
de forma maquinal, numa espécie de voto de pesar.
Rui Rio não se candidatará, porque não quer e não precisa. Para
ele ainda é cedo. Ele ainda vai ter que reerguer o PSD à sua maneira e acercar-se
de novas pessoas e longe do pensamento actual. Vai ter que fazer tábua rasa no
PSD e para isso tem que esperar.
Ele será o homem em que se vai querer apostar numa nova
politica depois destas mediadas de destruição social.
Ele vai apresentar um discurso contrário ao Passos Coelho
porque todas as suas politicas estão errada e o futuro vai comprová-lo. No entanto
vão deixá-lo fazer o que se propunha fazer, que é servir o poder económico e
financeiro, baseado essencialmente no corte salarial e perda de direitos.
Rio virá com outras ideias depois de ganhar apoios dentro do
partido para depois mal este governo tombe ele aparecer como um criador
inteligente, apontando os erros do seu antecessor.
Mas ele que não se esqueça que algo pode acontecer. A
situação social está cada vez mais instável e o povo pode não estar pelos
ajustes e vai estar atento a este PSD, que já nos enganou e nos destruir a
nação com politicas desastrosas.
O eleitorado começa a ficar desconfiado, porque nada se pode
esperar daquele partido.
Começa a ser difícil enganar o povo escaldadas com falsas
promessas eleitorais.
Rui Rio vai esperar pelas próximas eleições. Depois pelo resto
que se seguirá que não será nada bom para ele. Terá que esperar e estar atento
aos sinais e ao pulsar do povo e do seu partido porque não é chegada ainda a
hora dele.
Vai ter que criar a sua própria legião e defender novas causas,
só assim triunfará no partido.
Passos Coelho enche o peito de ar convencido que vai
triunfar nas suas medidas politicas. Mas qualquer economista consciente sabe
que estas medidas aplicadas só resultam nos primeiros tempos, depois afunda
mais ainda a recessão, ou melhor a longa depressão que ninguém quer falar.
Mas os sinais estão aí, com a deflação a mostrar-se.
Por isso o PSD, está condenado nas próximas eleições e por
isso mesmo Rui Rio vai saber esperar pelo tombo do seu companheiro de partido e
quando ele for para pegar no partido, terá que apanhar destroços e quanto às
suas ideias e politicas fracassarão, que o povo já não confia.
Rio vai pagar caro pelas políticas do PSD no passado.
O povo está a acordar
e está a passar fome inclusive. Se despertar acabou-se este tipo de politicas
de pobreza e emigração. Além de que o país está falido e por causa destes
senhores que nos "e se" andaram a governar.
Rio pode vencer dentro do PSD, mas perde dentro do país.
Será sempre uma vitória amarga.
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